Uma
missão de mediação da crise política na Guiné-Bissau, composta por deputados de
alguns países da Africa Ocidental, apelou hoje aos atores guineenses no sentido
de respeitarem a constituição do país e ainda promoverem "um diálogo
inclusivo franco".
A
missão do comité interparlamentar para a paz do conselho de prevenção de riscos
de crise na Africa Ocidental terminou uma visita de quatro dias a Bissau onde
se encontrou, com o Presidente guineense, José Mário Vaz, com a direção do
Parlamento, do Supremo Tribunal de Justiça entre outros responsáveis políticos.
Lancine
Dasso, chefe da missão, afirmou que vieram a Bissau, a mando do comité
interparlamentar da UEMOA (União Económica e Monetária da Africa Ocidental)
para auscultarem as autoridades e avaliar os motivos do impasse político.
"Há
um grande défice de comunicação entre os atores políticos na Guiné-Bissau,
mesmo entre o Presidente da República, com o primeiro-ministro, entre os
dirigentes das instituições e de partidos", observou Lancine Dasso, que vê
no respeito da constituição e das leis como formula para ultrapassar a crise.
Lancine
Dasso entende que uma cimeira de alto nível entre os principais atores
políticos poderia ajudar a resolver "o impasse e o bloqueio", desde
que seja de forma "franca, inclusiva e patriótica", disse.
"Há
uma radicalização de posição. Cada parte pensa que tem a razão do seu
lado", sublinhou Dasso, para quem a situação na Guiné-Bissau "é
grave".
MB
// APN - Lusa
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