O
Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, acusou quinta-feira a Resistência
Nacional Moçambicana (Renamo) de cometer atrocidades, apelando ao principal
partido da oposição, "para não matar a esperança do povo".
"Moçambique
vive hoje atrocidades perpetradas pela Renamo no centro do país, provocando
mortes e sofrimento aos moçambicanos", disse Nyusi, citado pelo jornal O
País, principal diário privado moçambicano, na cerimónia de graduação em
licenciatura de estudantes do Instituto Superior de Ciências de Saúde (ISCISA),
no âmbito da presidência aberta que realiza na capital moçambicana.
"Enquanto
o vosso empenho (enfermeiros) é para acrescentar o valor à vida, reduzindo as
mortes e sofrimento, há quem provoca mortes, matando e dificultando a vida dos
moçambicanos", afirmou Filipe Nyusi.
Moçambique
tem conhecido um agravamento dos confrontos entre as forças de defesa e
segurança e o braço armado da Renamo, além de acusações mútuas de raptos e
assassínios de militantes dos dois lados.
O
principal partido da oposição recusa-se a aceitar os resultados das eleições
gerais de 2014, ameaçando governar em seis províncias onde reivindica vitória
no escrutínio.
As
delegações do Governo moçambicano e da Renamo voltaram a reunir-se na
quinta-feira pela terceira vez, desde a retoma de conversações entre as duas
partes na semana passada, visando preparar as condições de um encontro entre
Filipe Nyusi, e o líder da Renamo, Afonso Dhlakama.
As
duas partes anunciaram na segunda-feira ter chegado a consenso sobre a proposta
de agenda e os termos de referência do encontro, mas não adiantaram pormenores
sobre o conteúdo do entendimento.
PMA
// JMR - Lusa
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