O
Governo timorense informou hoje ter iniciado o processo para a adesão ao Banco
Asiático de Investimento em Infraestruturas (BAII), entidade que partiu de uma
iniciativa da China e que foi fundada em 2015 com 50 países membros.
Em
comunicado divulgado hoje, o executivo explica que o Conselho de Ministros
deliberou na terça-feira autorizar "o Ministério das Finanças a dar início
ao processo de Adesão de Timor-Leste ao Banco Asiático de Investimento em
Infraestruturas".
O
texto não refere qual é o calendário previsto para o processo de adesão ao
BAII, entidade que conta com o Brasil e Portugal entre os seus países
fundadores.
O
acordo constitutivo do BAII foi assinado em junho do ano passado, formalizando
a primeira instituição financeira internacional proposta pela China, onde este
país terá 30,34% do capital e 26,06% dos votos.
Este
é o primeiro banco de desenvolvimento internacional proposto pela China, há
quase dois anos, e para o qual o estado chinês contribuirá com 29.780 milhões
(27.045 milhões de euros) dos 100.000 milhões de dólares (90.816 milhões de
euros) estipulados como capital base do BAII.
Mais
de dois terços do capital (75%) do banco serão distribuídos entre os países
asiáticos e o restante pertencerá aos outros membros fundadores, entre os quais
a Alemanha, Austrália, França, Reino Unido, Suíça e outras grandes economias,
segundo a imprensa oficial chinesa.
Cinquenta
e sete países de cinco continentes estão aprovados como membros fundadores do
BAII, mas sete aguardam ainda a respetiva "autorização interna",
segundo explicou na altura a imprensa oficial chinesa.
Visto
inicialmente em Washington como um concorrente ao Banco Mundial e ao Fundo
Monetário Internacional, duas instituições sedeadas nos Estados Unidos e habitualmente
lideradas por norte-americanos e europeus, o BAAI acabou por suscitar a adesão
de mais de vinte países fora da Ásia, da Austrália à Alemanha. Das grandes
economias mundiais, apenas os Estados Unidos e o Japão ficaram de fora.
O
ministro chinês das Finanças garantiu que o novo banco "adotará as boas
práticas internacionais" e irá "operar de forma profissional,
eficiente, transparente e limpa".
Segundo
estimativas citadas na imprensa chinesa, as necessidades da Ásia Pacífico no
domínio das infraestruturas ao longo da próxima década rondarão os 8 biliões de
dólares (8.000.000.000.000 de dólares)
ASP
(JOYP) // FV - Lusa
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