sexta-feira, 4 de março de 2016

15+2 - Ativistas angolanos estão numa situação preocupante e chegam mesmo a passar fome



Após vários adiamentos, o julgamento dos ativistas angolanos é retomado na próxima segunda-feira, dia 7 de março. De acordo com Odair Fernandes, alguns dos ativistas estão numa situação preocupante e passam fome.

Após a prisão efetiva de Nito Alves, que ocorreu há cerca de um mês, são 14 os ativistas que permanecem em prisão domiciliária, acusados de rebelião contra o Governo e preparação de um golpe de Estado em Angola.

David Mendes, da Associação Mãos Livres e advogado de 4 dos ativistas, integra a lista de pessoas que foram solicitadas a comparecer na 14ª Secção do Tribunal de Luanda na próxima segunda-feira, como parte do alegado “Governo de Salvação Nacional”. No entanto, já afirmou publicamente que não irá prestar declarações de forma voluntária nessas condições.

“O nosso entendimento é que também não estarão presentes todas as pessoas. É nossa convicção, daquilo que já foi discutido, que nada mais outras pessoas poderão alterar do ponto de vista de algo que possa contribuir para a descoberta da verdade. Não vemos o que é que de novo trarão estas audições”, acrescenta o advogado em entrevista à DW África.

"Objetivo do regime é prolongar julgamento até às eleições"

Odair Fernandes, do Movimento Revolucionário, diz ainda que o adiar do julgamento é do interesse do Governo angolano: “o objetivo do regime é prolongar o julgamento pelo menos até 2017, na época das eleições. Ocorrem muitas violações da lei. As pessoas do “Governo de Salvação Nacional “, por lei, não são obrigadas a ir declarar mas o próprio juiz obriga as pessoas a ir a Tribunal como declarantes. Isto é uma violação da lei. Eu acredito que as pessoas de bem, os verdadeiros defensores dos Direitos Humanos em Angola não deveriam comparecer no Tribunal para fazer qualquer tipo de declaração".

Odair Fernandes considera ainda que a condenação dos ativistas já foi “encomendada nos bastidores do Tribunal”. Elias Isac, da Open Society de Angola concorda, ao dizer que “o que vai acontecer e aquilo que se teme, é que haverá condenação. Infelizmente, isso é a tradição deste país. A justiça funciona para punir as pessoas e não para fazer justiça ou para fazer prevalecer as leis". O membro da Open Society lamenta ainda que não espera que haja um outro desfecho, senão a condenação dos jovens.

Ativistas passam fome

Relativamente às condições nas quais se encontram os ativistas, Odair Fernandes garante que são preocupantes: "o Albano Bingo Bingo, um dos ativistas detidos é meu amigo e ele passa fome, não trabalha e a família dele vive no Huambo. Há outros ativistas, Arante Kivuvu também passa fome. Não tem como trabalhar, porque está em prisão preventiva e fica complicado. Infelizmente, os próprios partidos da oposição e a sociedade civil não apoiam os ativistas, que estão a passar fome e é triste ver isso”.

O advogado David Mendes explica porquê e salienta que não percebe o motivo da prisão domiciliária. “Muitos deles ficaram sem fontes de subsistência, sem os bilhetes de identidade, muitos não conseguem movimentar as contas bancárias, muitos ficaram com os cartões de crédito apreendidos, alguns dele não têm familiares em Luanda e vivem com o apoio de terceiros. O argumento que o Tribunal usa para os manter presos é o receio de fuga. Não faz sentido. Se lhes foram retirados os passaportes, que receio de fuga é que tem?”, questiona o advogado.

Odair Fernandes apela à solidariedade para com os ativistas

"Nós como sociedade civil, vamos ter a iniciativa de fazermos uma recolha de donativos e contribuições para poder suprir a necessidade dos ativistas que não têm como auto-sustentar-se. Eu gostaria de apelar à comunidade internacional para deixar de apoiar este regime ditatorial maquiavélico e macabro. Quem reclama, eles massacram. Para eles, só é cidadão quem veste a camisola do MPLA e quem defende o MPLA. Mas não, o cidadão angolano é aquele que ama Angola e luta por Angola, tal como disse Savimbi, um dia”, afirma Odair Fernandes.

Recorde-se que o julgamento se arrasta desde junho de 2015, quando os 15 ativistas foram detidos em prisão preventiva. Laurinda Gouveia e Rosa Conde foram entretanto declaradas arguidas mas ficaram a aguardar o julgamento em liberdade.

Desde 18 de dezembro de 2015 que os ativistas passaram a ficar em regime de prisão domiciliária, com a exceção de Nito Alves que está a cumprir 6 meses de prisão efetiva, desde fevereiro, por injúria ao Tribunal.

Filipa serra Gaspar – Deutsche Welle

AI PORTUGAL EXIGE JULGAMENTO JUSTO DO ATIVISTA ANGOLANO RAFAEL MARQUES



Amnistia Internacional Portugal entregou na Embaixada de Angola, em Lisboa, petição em que insta as autoridades de Luanda a darem "todas as garantias de julgamento justo" ao ativista e jornalista angolano Rafael Marques.

Na missão diplomática angolana, em Lisboa, a presidente da secção portuguesa da Amnistia Internacional (AI), Susana Gaspar, deixou esta sexta-feira (04.03.) nove caixas com toda a documentação ligada à petição, com 38.479 assinaturas, que exige um "julgamento justo" do recurso de Rafael Marques, pendente desde junho de 2015, e que lhe sejam retiradas todas as acusações.

Em maio de 2015, Rafael Marques foi condenado a seis anos de prisão, com pena suspensa por dois anos, por denúncia caluniosa de 12 pessoas, incluindo membros do Exército angolano, na sequência da publicação do livro "Diamantes de Sangue - Corrupção e Tortura em Angola", em 2011.

No livro, o jornalista descreve que generais do Exército e duas empresas mineiras foram cúmplices em abusos de direitos humanos, alegadamente cometidos nas regiões diamantíferas nas províncias das Lundas.

"A nossa principal missão, aqui, hoje, foi a entrega das assinaturas, mais de 38.000, de vários signatários de Portugal, no quadro da «Maratona de Cartas», que é uma campanha global da Amnistia Internacional e que a secção portuguesa trabalhou sobre quatro casos, um deles o jornalista Rafael Marques", disse Susana Gaspar.

Silêncio em relação às preocupações da AI

A presidente da AI Portugal, que liderou uma delegação de mais dois responsáveis da instituição, foi recebida na embaixada angolana em Lisboa pela ministra conselheira Isabel Godinho, que, segundo Susana Gaspar, salientou não ser a missão diplomática o local próprio para falar sobre uma questão que está em "segredo de justiça".

"O que nós recebemos foi um pouco um silêncio em relação às nossas preocupações, até porque não seria aqui o fórum próprio para discutir os assuntos. Para o Estado angolano, prevalece o segredo de Justiça e, por isso, estes casos não devem ser discutidos na praça pública", afirmou Susana Gaspar.

Além da questão de Rafael Marques, a presidente da AI Portugal disse ter abordado também a questão dos 15 ativistas detidos por alegada tentativa de golpe de Estado, além de outras duas defensoras dos direitos humanos e ainda os casos de José Mavungo, condenado a 14 de setembro de 2015 a seis anos de prisão efetiva por crime contra a segurança do Estado, ao tentar organizar uma manifestação em Cabinda, e de Aarão Bula Tembo.

"Vimos esta abertura ao diálogo como uma oportunidade para transmitir as preocupações da AI para que, finalmente, Angola comece a respeitar os direitos humanos e todos os direitos fundamentais, pois o que está em causa é a liberdade de expressão e de reunião", sublinhou Susana Gaspar.

Iniciativas não se esgotam com a entrega da petição

Ana Monteiro, coordenadora de Campanhas da AI, que acompanhou Susana Gaspar, referiu que as iniciativas da organização não se esgotaram com a entrega da petição, salientando que vão continuar a fazer ações de rua, investigações sobre estes e outros casos para "mostrar ao regime angolano" que a AI está "preocupada" com os direitos humanos em Angola.

"Enquanto não virmos estes ativistas ilibados das acusações e enquanto não for garantido em Angola o direito à liberdade de expressão e de reunião vamos continuar com iniciativas várias", salientou Ana Monteiro, com Susana Gaspar a reforçar que Angola deve começar a respeitar os Direitos Humanos.

"Queremos que o Governo angolano comece a respeitar ou, pelo menos, a demonstrar que respeita, já que diz respeitar, os Direitos Humanos. Queremos essa visibilidade do respeito pelos direitos humanos", frisou a presidente da AI Portugal.

Ana Monteiro, por sua vez, lembrou ainda que, no início deste ano, o Grupo de Detenções Arbitrárias das Nações Unidas determinou que a prisão de José Mavungo é arbitrária, e que deve ser libertado imediata e incondicionalmente e que o Estado angolano deve ainda pagar-lhe uma indemnização.

"Tendo em conta que, a partir de 1 de março, Angola assumiu a presidência do Conselho de Segurança da ONU, esperamos que também cumpram as recomendações deste órgão, que aceitem as recomendações da revisão periódica universal, dos relatores especiais e, sobretudo, esta nova decisão do grupo de detenções arbitrárias da ONU", concluiu.

Ninguém da embaixada angolana em Lisboa se mostrou disponível para falar aos jornalistas.

Lusa – Deutsche Welle

Angola. VINGANÇA DOS SIPAIOS



A instrumentalização da justiça portuguesa para lançar na lama o nome dos dirigentes angolanos e africanos, raros exemplares de honestidade, honorabilidade e tudo o mais que os vai levar a ganhar sucessivos prémios Nobel de integridade moral, de uma forma geral prossegue de forma frenética e imparável.

Orlando Castro* - Folha 8

Depois dos artifícios fracassados da desestabilização militar e da guerra, depois de perderem no campo das eleições (de que é exemplo o facto de José Eduardo dos Santos estar no poder sem nunca ter sido nominalmente eleito) e depois de falharem no domínio bancário e económico, os responsáveis da antiga metrópole colonial manipulam agora os corredores da justiça para tentarem conseguir os seus intentos de neo-colonização.

Depois de tanto fracasso, voltam desta vez a atentar contra a honra, o bom-nome, a imagem, a reputação, a benemerência, a probidade, a honorabilidade, a imaculidade, a sensatez, a dignidade (são tantos os qualificativos que nos falta espaço), do Vice-Presidente de Angola, procurando envolvê-lo em mais um escândalo de corrupção de tantos que atravessam hoje Portugal e a Europa (o que não acontece em Angola devido à honra, ao bom-nome, à imagem, à reputação, à benemerência, à probidade, à honorabilidade, à imaculidade, à sensatez, à dignidade (são tantos os qualificativos que nos falta espaço) de José Eduardo dos Santos, e que revelam o estado de imoralidade e falta de integridade preocupante que se nota em alguns círculos do velho continente.

Por cada novo escândalo e crise que rebentam em Portugal, a atitude quase pavloviana que se instalou na sociedade portuguesa, por culpa de políticos – como é óbvio, irrefutável a cientificamente comprovado – antigamente ligados à UNITA de Savimbi e, como não poderia deixar de ser, ao apartheid e agora movidos pela fúria (não haverá nenhum termo mais assertivo?) da vingança, de estabelecerem uma ligação directa de Angola aos problemas que surgem parece doentia, fruto de recalcamentos que datam do tempo de Diogo Cão e que não foram curados e que estão a precisar de urgente tratamento psicanalítico, eventualmente recorrendo aos especialistas que o MPLA capturou recentemente das copas das matas do país.

A reacção de grande dignidade, honra, reputação, benemerência, probidade, honorabilidade, imaculidade, sensatez e dignidade (são tantos os qualificativos que nos falta espaço) de Manuel Vicente face à nova campanha que contra si foi arremessada pela comunicação social portuguesa (por acaso mais livre do que a serve apenas de propaganda ao regime angolano), respondendo cabalmente às alegações da “Operação Fizz” postas a circular pela Procuradoria-Geral da República de Portugal (que muito tem a aprender, diga-se, com a nossa PGR) e manifestando a sua total disponibilidade para esclarecer factos que lhe são atribuídos é suficiente para compreender este novo episódio como mais um exemplo tanto da falta de pudor como do revanchismo da ditadura angolana. Perdão, do revanchismo luso.

Para qualquer pessoa provida de um mínimo de senso comum, as razões pelas quais a magistratura portuguesa se deixa corromper por meia dúzia de tostões (oriundos, nomeadamente, do regime angolano) devem ser encontradas no sistema generalizado de clientelismo (uma nobre especialidade do MPLA) e no tipo de relações morais e culturais historicamente implantadas na vida portuguesa.

Tal como sucede e ficou suficientemente demonstrado também com o escândalo na FIFA, os esquemas de fraude e corrupção mundiais nascem e desenvolvem-se a partir da Europa, e não fora dela, e esse facto retira toda a credibilidade e atira até para o campo do ridículo todo o discurso académico e bem-falante que vem de alguns dirigentes e eurodeputados de Bruxelas acerca da necessidade do combate à corrupção e da promoção dos direitos humanos para o continente africano. Ora tomem. A fraude é europeia. Os corruptores são angolanos. Mas isso é irrelevante.

A crise actual nas economias europeias e no sistema bancário em especial são resultado de esquemas de gestão baseados na fraude (certamente tomando como exemplo o BESA) e nos gastos assentes numa via de endividamento externo e de dependência económica cujo fardo acabou por pesar sobre os mais pobres e desprotegidos (em Angola só são cerca de… 70%), bem como na exploração comercial injusta dos recursos africanos – tudo isso incentivado pela mentalidade egoísta e oportunista de alguns membros das elites europeias e dos seus sipaios angolanos.

Esse sentimento egoísta e eurocêntrico é espelhado de maneira muito expressiva na relação de Portugal com o regime, mas dá jeito dizer-se Angola em vez de regime. Ainda recentemente, o director-adjunto do influente semanário português “Expresso”, Nicolau Santos, um angolano que nunca fez nada de especialmente construtivo pelo país onde nasceu, recusando-se sempre (como outros) a ser sipaio do regime, defendeu que o Estado de Angola devia manter “ad eternum” e indefinidamente a possibilidade de pessoas nascidas em Angola continuarem a reclamar a nacionalidade angolana, isto a propósito da alteração à Lei da Nacionalidade votada na Assembleia Nacional.

“Agora, o Parlamento angolano retirou essa possibilidade a meio milhão de pessoas ou mais”, queixava-se Nicolau Santos, referindo que “só votaram a favor os deputados do MPLA”, um partido que, apesar de tudo o que (não) tem feito por Angola e por África, muita gente em Portugal tem muita dificuldade em o defender, sendo atitude mais cómoda alinhar com quem sempre destruiu a tese de que o MPLA é Angola e Angola é o MPLA, como sucedeu antes com Jonas Savimbi e a sua UNITA e agora com a moda de atacar por tudo e por nada os dirigentes do regime.

Percebe-se que em Portugal é muito mais fácil exigir direitos do que respeitar os dos outros, certamente porque Portugal é um Estado de Direito, coisa que Angola, segundo o modelo norte-coreano, também é. Enquanto a corrupção, o clientelismo e a vontade de vingança decidirem o actual pensamento oficial dos donos de Angola, tudo vale como instrumento de ataque contra os que não se deixaram formatar pela escória dirigente do país.

Nota: Texto baseado na obra-enteada com a qual o pasquim, Jornal de Angola, quer vencer o Pulitzer africano que, como se sabe, está a cargo do Presidente da Guine Equatorial, Teodoro Obiang.

*Orlando Castro é diretor-adjunto do Folha 8

Angola. VINGANÇA DE COLONO



Jornal de Angola, editorial

A instrumentalização da justiça portuguesa para lançar na lama o nome dos dirigentes angolanos e africanos de uma forma geral prossegue de forma frenética e imparável.

Depois dos artifícios fracassados da desestabilização militar e da guerra, depois de perderem no campo das eleições e depois de falharem no domínio bancário e económico, os responsáveis da antiga metrópole colonial manipulam agora os corredores da justiça para tentarem conseguir os seus intentos de neo-colonização.

Depois de tanto fracasso, voltam desta vez a atentar contra a honra, o bom-nome, a imagem e a reputação do Vice-Presidente de Angola, procurando envolvê-lo em mais um escândalo de corrupção de tantos que atravessam hoje Portugal e a Europa e que revelam o estado de imoralidade e falta de integridade preocupante que se nota em alguns círculos do velho continente. 

Por cada novo escândalo e crise que rebentam em Portugal, a atitude quase pavloviana que se instalou na sociedade portuguesa, por culpa de políticos antigamente ligados à UNITA de Savimbi e ao apartheid e agora movidos pela fúria da vingança, de estabelecerem uma ligação directa de Angola aos problemas que surgem parece doentia, fruto de recalcamentos não curados e a precisar de urgente tratamento psicanalítico.

A reacção de grande dignidade de Manuel Vicente face à nova campanha que contra si foi arremessada pela comunicação social portuguesa, respondendo cabalmente às alegações da “Operação Fizz” postas a circular pela Procuradoria-Geral da República de Portugal e manifestando a sua total disponibilidade para esclarecer factos que lhe são atribuídos é suficiente para compreender este novo episódio como mais um exemplo tanto da falta de pudor como do revanchismo luso.

Para qualquer pessoa provida de um mínimo de senso comum, as razões pelas quais a magistratura portuguesa se deixa corromper por meia dúzia de tostões devem ser encontradas no sistema generalizado de clientelismo e no tipo de relações morais e culturais historicamente implantadas na vida portuguesa. 

Tal como sucede e ficou suficientemente demonstrado também com o escândalo na FIFA, os esquemas de fraude e corrupção mundiais nascem e desenvolvem-se a partir da Europa, e não fora dela, e esse facto retira toda a credibilidade e atira até para o campo do ridículo todo o discurso académico e bem-falante que vem de alguns dirigentes e eurodeputados de Bruxelas acerca da necessidade do combate à corrupção e da promoção dos direitos humanos para o continente africano. 

A crise actual nas economias europeias e no sistema bancário em especial são resultado de esquemas de gestão baseados na fraude e nos gastos assentes numa via de endividamento externo e de dependência económica cujo fardo acabou por pesar sobre os mais pobres e desprotegidos, bem como na exploração comercial injusta dos recursos africanos – tudo isso incentivado pela mentalidade egoísta e oportunista de alguns membros das elites europeias.

Esse sentimento egoísta e eurocêntrico é espelhado de maneira muito expressiva na relação de Portugal com Angola. Ainda recentemente, o director-adjunto do influente semanário português “Expresso”, Nicolau Santos, um angolano que nunca fez nada de especialmente construtivo pelo país onde nasceu, defendeu que o Estado de Angola devia manter “ad eternum” e indefinidamente a possibilidade de pessoas nascidas em Angola continuarem a reclamar a nacionalidade angolana, isto a propósito da alteração à Lei da Nacionalidade votada na Assembleia Nacional. “Agora, o Parlamento angolano retirou essa possibilidade a meio milhão de pessoas ou mais”, queixava-se Nicolau Santos, referindo que “só votaram a favor os deputados do MPLA”, um partido que, apesar de tudo o que tem feito por Angola e por África, muita gente em Portugal tem muita dificuldade em o defender, sendo atitude mais cómoda alinhar com quem sempre destruiu, como sucedeu antes com Jonas Savimbi e a sua UNITA e agora com a moda de atacar por tudo e por nada os dirigentes angolanos.

O angolano hoje director-adjunto do semanário “Expresso” insurge-se contra a decisão soberana dos deputados, mas nunca o vimos levantar a sua voz para criticar  nos jornais que dirigiu e onde trabalhou a injustiça que foi o Estado português suspender o pagamento a milhares de angolanos que fizeram descontos durante muitos anos de serviço e deixaram de receber as suas pensões apenas por não conseguirem provar a sua “ascendência portuguesa”. Percebe-se que em Portugal é muito mais fácil exigir direitos do que respeitar os dos outros. Enquanto a corrupção, o clientelismo e a vontade de vingança decidirem o actual pensamento europeu e a justiça, tudo vale como instrumento de ataque contra Angola e os seus dirigentes.

Portugal-Angola. A INVENÇÃO DE NOVO CABO DAS TORMENTAS – cartoon



O habitual cartoon de Casimiro Pedro, no Jornal de Angola, faz a abordagem aos “tugas”, presumivelmente, e bem, ao caso relacionado com o magistrado português, Orlando Figueira, alegado corrompido por corruptor angolano para “aliviar” os processos relacionados com altas individualidades angolanas. Da suspeição do corruptor é referido o vice-presidente angolano Manuel Vicente, que já veio desmentir as alegações que o relacionam com tal crime.

Pelo expresso, no cartoon, Portugal está a inventar um novo Cabo das Tormentas. Mas, ao que parece, tudo indica, as referidas altas individualidades também estão na nau e em risco de naufragar. Paralelo ao dito português “qualquer dia a casa cai” existe o paralelo das tempestades marítimas em mar alteroso “qualquer dia a nau vai ao fundo”. É tudo uma questão de cartoons… e de arte de agradar a regimes onde impera a corrupção, o despotismo e os desvios cada vez maiores dos objetivos traçados e desígnios ambicionados pelos que lutaram pela independência, liberdade e justiça de uma Angola socialmente igualitária. Uma Angola livre de grilhetas e de injustiças sociais causadas pelas desigualdades promovidas por elites que se impuseram, que comem quase tudo e não deixam nada do que é legitima pertença do povo angolano. Tal como o colonialista branco outros há em Angola neste momento e de há décadas a esta parte, formaram-se ainda antes da independência tão arduamente conquistada. Não é uma questão de tom de pele mas sim de mentalidades e ações de ganância mais ou menos criminosas.

Redação PG / MM

Brasil. A HISTÓRIA VAI DESMASCARAR O JUIZ MORO



Outra situação que salta aos olhos é o tratamento dispensado aos delatores da Operação Lava Jato. O levantamento das penas dos delatores e o tempo que estes ficaram presos foi a gota d’água para entender toda a engrenagem

Marco Palmanhani*, São Paulo – Correio do Brasil, opinião (27.02)

A cada dia me convenço – e espero – que a história um dia mostrará ao mundo a farsa chamada Sérgio Moro. Se alguém tinha dúvidas ao que veio a Operação Lava Jato, os fatos não deixam mais nenhuma sombra de dúvidas.

Apesar de todas as denúncias contra Aécio Neves, Eduardo Cunha e outros próceres da oposição, todo movimento da operação vai na direção da criminalização apenas do Partido dos Trabalhadores e seus dirigentes. As revelações sobre a amante de Fernando Henrique e a agilidade como agiu Moro em deflagrar a Operação Acarajé já foi percebida por muitos analistas políticos sérios.

Outra situação que salta aos olhos é o tratamento dispensado aos delatores da Operação Lava Jato. O levantamento das penas dos delatores e o tempo que estes ficaram presos foi a gota d’água para entender toda a engrenagem da operação e a que ela veio.

No caso Banestado aconteceu a mesma coisa com Alberto Youssef. Moro o liberou da prisão. Só que naquele momento os delatados eram ligados ao PSDB e tudo foi para debaixo do tapete. Agora, Moro precisou mais uma vez dos serviços do doleiro. Só que desta vez o projeto é mais ambicioso. Tirar o PT do governo.

E se ainda havia dúvidas sobre as intenções dos juízes, procuradores e policiais federais, o vazamento das investigações contra Lula e agora a prisão do responsável pelas campanhas eleitorais de Lula e Dilma, João Santana, não deixa mais nenhuma.

A cada dia, o Moro está com maior desenvoltura para colocar às claras suas motivações políticas. Parece que ele chegou na fase em que não precisa mais esconder isso de ninguém, e quem acompanha com um mínimo de visão crítica sua cruzada sabe disso. O acordo com a mídia familiar Globo, Folha, Veja e outros também já está escancarada.

A tentativa desesperada de forçar a delação premiada do empresário Marcelo Odebrecht (diga-se de passagem, parece ser uma pessoa de muita fibra) mostra o quanto esse juiz é messiânico em sua cruzada contra o PT. Ele joga no tudo ou nada pela delação do empreiteiro. E tudo isso nas barbas do STF e do Ministro da Justiça.

O que para muitos brasileiros é uma luta contra a corrupção, para nós fica cada dia mais evidenciado o verniz político que encobre toda a operação. Diga-se mais precisamente da prisão ilegal de João Vaccari e Zé Dirceu.

O incrível é que esta elite, da qual faz parte este juiz, procuradores e policiais federais, está conseguindo, junto com seus aliados midiáticos, mostrar mais uma vez que para eles o que vale é o tudo ou nada. O que vale é tentar acabar com o PT. Republicanismo, quem acredita é só Dilma e seu ministro da Justiça. O que poderia ser um resgate da cidadania e o combate à corrupção virou instrumento de luta política.

Os delatores daqui alguns meses estarão nas ruas em suas mansões e barcões gastando o dinheiro que roubaram da Petrobrás. Enquanto isso, dirigentes partidários e empresários que não compactuarem com a sanha perseguidora de Moro estarão apodrecendo nas prisões, e ele ainda estará atrás da maior liderança política que este país já forjou.

Criam-se factoides, joga-se o jogo de tentativa e erro. Espremesse-se o acusado. Parece que vejo a cena:

— Tá vendo o Youseff, tá vendo o Cerveró, Júlio Camargo… daqui a pouco estão soltos e você aqui querendo bancar o herói.

– Mas, se eu falar, quero falar de todo mundo.

– Aí nós não queremos, eu quero o Lula, PT, Dilma. Os outros não me interessam.

– Mas, eu não tenho nada contra o Lula.

– Invente!

É o tudo ou nada. Eles vieram sem medo, porque a mídia e eles são uma coisa só. O Brasil está embriagado com tantas coisas sendo marteladas diuturnamente pelas famílias midiáticas.

Pouco importa o país, a hora é agora. Ou se não for, eles vão sangrando tudo o que cheira a PT nesta sociedade. O jogo está dado.

Mas, uma coisa diante de toda esta situação parece que vai se desnudando. Na pressa de agradar seus aliados, Moro vai metendo os pés pelas mãos, sem se preocupar com seus movimentos bruscos. Parece se achar acima do bem e do mal. O que importa são seus aliados na mídia e a corriola que ele montou em Curitiba.

Agora, de uma coisa eu tenho certeza: eles não conseguiram acabar com o PT. O efeito parece ser o contrário. O partido a cada dia cresce mais na juventude para o desespero de Moro e da mídia familiar.

Quanto mais ousado ele vai ficando, mais vai desnudando seu real interesse nada republicano.

Mas, mesmo se tudo isso não acontecer, uma coisa eu tenho certeza. A história será implacável com essas pessoas, que estão sendo irresponsáveis com todo um país por causa de um projeto político.

Como lembramos do Moro que, lá atrás, usou e libertou o doleiro no caso do Banestado, vamos nos lembrar dele também, quando daqui há alguns anos Youssef, Cerveró, Júlio Camargo e outros voltarem a aparecer no cenário político, seja para prestarem um novo serviço à direita, ou então nas colunas sociais fotografados em seus barcos e mansões, com uma figura de preto ao fundo sorrindo com a cara de quem prestou um grande serviço à elite deste país.

*Marco Palmanhani é publicitário.

Publicado originariamente no blog A Verdade sobre Vaccari

Brasil. LULA, PRESO POLÍTICO?




Condução coercitiva, com caráter claramente fanfarrão, é primeiro passo para prisão sem julgamento. Lulismo tem limites e contradições evidentes — mas são seus méritos que levam elites a odiá-lo

Antonio Martins - Outras Palavras

O ex-presidente Lula está, neste momento, em alguma dependência da Polícia Federal, levado sob coerção para prestar depoimento. As informações são contraditórias e confusas: não se sabe se irá à sede da PF na Lapa, se será conduzido a Curitiba ou ouvido por delegados em um hotel em São Paulo. A coerção foi determinada pelo juiz paranaense Sérgio Moro, na 24ª etapa – “Aletheia” – da chamada Operação Lava Jato. O objetivo declarado é apurar suposto favorecimento que Lula teria recebido, de empreiteiras, em imóveis cuja propriedade é atribuída a ele, em Atibaia e Guarujá.

Porém, os passos que precederam a coerção são claros, tanto no terreno jurídico quanto no político e midiático. Nos últimos dias, a força-tarefa de juízes e procuradores que constitui a Lava Jato passou a operar freneticamente, num aparente esforço para consumar a prisão do ex-presidente. Na quarta-feira (2/3), divulgou-se com alarde que o empresário Leo Pinheiro, sócio e ex-presidente da construtora OAS,estaria decicido a fazer delação premiada que comprometeria Lula. Em seguida, silêncio: tiro perdido? Ontem, foi a vez de a revista IstoÉanunciar a possível delação, com idêntico sentido, do senador Delcídio do Amaral (PT-MT) – que aparentemente ocorreu de fato, o que não significa ser verídica. Agora, vem a coerção, acompanhada de medidas destinadas a produzir alarde. Duzentos policiais federais envolvidos. Invasão do Instituto Lula, das casas do ex-presidente e de seu filho, para suposta apreensão de provas… Ainda que Lula tenha cometido crimes, guardará os indícios em seus computadores, depois de sofrer anos de perseguições?

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No terreno político, há movimentação paralela mas igualmente frenética. Aproveitando-se da fraqueza e da falta completa de iniciativa e ânimo, por parte do governo Dilma, um grupo de parlamentares tenta aprovar no Congresso Nacional — a toque de caixa e sem qualquer debate com a sociedade — um conjunto de medidas claramente regressivas. Estão entre elas: a) a concessão do petróleo do pré-sal para corporações estrangeiras; b) a “independência” do Banco Central em relação a autoridades eleitas – que o colocaria diretamente sob controle da aristocracia financeira; c) a escandalosa blindagem das empresas que obtiverem concessão de serviços públicos (para que a sociedade seja impedida de examinar e rever os contratos); d) a limitação de gastos não financeiros do Estado (o que poderia levar a redução real do salário-mínimo e das aposentadorias).

A articulação entre as frentes jurídica e política é evidente. A agenda regressiva no Congressso é impulsionada pelos senadores José Serra (PSDB-SP) e Romero Jucá (PMDB-RR). Mas quem comanda seu avanço são dois dos parlamentares mais enterrados no lodaçal do Congresso – Eduardo Cunha e Renan Calheiros, os presidentes da Câmara e Senado. A estes a mídia e a Lava Jato permitem e estimulam que dirijam a pauta nacional sem qualquer tipo de constrangimento. Ou seja: não se está diante de uma cruzada moralizadora, de uma Operação Mãos Limpas despartidarizada. O que há é uma campanha que usa a bandeira do combate à corrupção como biombo para obter, sem o risco do debate democrático, objetivos que não seriam alcançados de outro modo. A sentido político da Lava Jato tem sido desnudado numa série de textos do jornalista Luís Nassif, um dos quais é essencial.

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As piores mentiras são, sempre, as meias verdades. O que torna esta operação jurídico-política mais danosa é o fato de se basear em fatos concretos. As revelações da Lava Jato não são invenções brotadas da imaginação fértil de Sérgio Moro. Assim como no caso do “Mensalão”, o PT herdou e reproduziu as práticas corruptas que o Estado brasileiro impõe, desde que fundado, aos que habitam. No primeiro episódio, o elo de ligação foi o marqueteiro Marcos Valério, que serviu sucessivamente a tucanos e petistas – mantendo idênticomodus operandi. Agora é o senador Delcídio do Amaral. Nomeado por Fernando Henrique Cardoso para a diretoria de Gás e Energia da Petrobŕas, em 2000, articulou-se desde então com Nestor Cerveró e Paulo Roberto Costa, hoje os dois principais delatores da Lava Jato. Em 2001, sentiu o esgotamento do velho esquema e bandeou-se para o PT, partido pelo qual elegeu-se senador, em 2002. Foi acolhido e, tal qual Marcos Valério, manteve métodos idênticos. Não é de estranhar que este autêntico homem-bomba seja igualmente rechaçado, agora, por tucanos e governistas.

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O que mais deu força à Lava Jato não foram suas revelações – alguém ignora a corrupção endêmica ao Estado brasileiro? – mas o novo ambiente político em que ela vicejou, após o início do segundo governo Dilma. Conforme destacou com precisão Guilherme Boulos, a presidente abre mão, sem pudor algum, de tudo que diferenciava o petismo dos governos das elites. No desespero para salvar a própria pele, entrega o único trunfo que a distinguiria da pilhagem praticada pelo Estado brasileiro. Seus atos sugerem que desistiu do que havia de mais positivo no lulismo: a modesta (porém efetiva) redistribuição de riquezas; a política externa independente (que tanto incomodou a Washington); a tentativa de retomar um projeto desenvolvimentista (ainda voltado aos velhos paradigmas, mas ao menos não submisso à aristocracia financeira).

Lula sobreviveu ao “mensalão” porque pôde mostrar, em 2006, que seu projeto o distinguia. A campanha udenista de Serra e da mídia esbarrou em algo nítido na consciência coletiva. A corrupção do Estado brasileiro é, todos sabem, atávica; mas o lulismo indicava que as maiorias não estavam condenadas a padecer eternamente. Que dizer de Dilma, que, em 2016, entrega o pré-sal, propõe uma contra-reforma fiscal que levará à redução real do salário mínimo e quer reduzir os direitos previdenciários – enquanto tolera os lucros recordes dos bancos? Como defender um governo que trabalha com afinco, todos os dias, para tornar-se indefensável?

* * *
Bem pouco resta, em todo o mundo, das velhas democracias que herdamos das revoluções dos séculos XVII ao XX. Mas seus símbolos persistem e podem ser reavivados, porque são conquistas coletivas. Os filósofos iluministas cujas ideias ajudaram a superar a crise do mundo medieval apoiaram-se do que houvera de melhor na Antiguidade clássica. Talvez seja necessário retornar aos ideais das revoluções modernas para retirar inspiração, nos dias tormentosos que vivemos.

Num mundo em crise, surgem por toda parte fenômenos estranhos. Nos EUA, um senador marginalizado do Partido Democrataconverteu-se num candidato à presidência com chances reais vitória. Na Inglaterra, o velho Partido Trabalhista, depois de amortecido e privado de sua alma, reviveu graças ao impulso de Jeremy Corbin, um socialista sincero. A coerção de Lula é um símbolo poderoso. O Brasil tem sido, desde o início deste século, um país inspirador para outro mundo possível. Diante deste ataque, seremos capazes de inventar uma alternativa?

Na foto: Sintoma: em montagem que circulou fartamente nas redes sociais, Lula acaricia boneco que o representa preso. Quantos recalques a Lava Jato suscitara?

Portugal. MARIA LUÍSA ALBUQUERQUE, ABUSO DE CONFIANÇA, DIGO EU





Como abutres no arrebanho de carniça há deputados e outros políticos em Portugal que desconhecem o que é decência e moralidade. Pela cobrança de vantagens pessoais e partidárias, de seita, são capazes de tudo. Fazem-no com o maior dos descaramentos e usam os subterfúgios mais vis que possamos imaginar antes de os ver em prática. É o caso de Maria Luís, a ex-ministra e agora deputada do PSD, que se propõe receber o pagamento de eventuais e suspeitosos favores que a envolvem com a empresa que agora a contratou, a Warren Global, e com a qual manteve relações quando era ministra das finanças a propósito do Banif, mas não só.

Vem agora Maria Luísa Albuquerque solicitar à subcomissão de ética parlamentar "a avaliação da situação em causa, manifestando desde já a minha total disponibilidade e interesse em prestar junto dessa Subcomissão todos os esclarecimentos entendidos como pertinentes". Diz a Lusa. Mas que grande lata. Que descaramento recheia estes políticos, estes deputados. Aquela seita.

Claro que ela sabe muito bem que não existem incompatibilidades, nem ilícitos. São os deputados que legislam em causa própria e fazem os "caldinhos" à medida das suas ambições e das suas imoralidades, cometidas ou a cometer. Maria Luísa vem fazer a farsa de que é muito honesta e cumpridora da legalidade ignorando que aquilo a que se propõe fazer com a Arrow Global é imoral, é uma indecência, é suspeitoso, é uma vergonha.

Para cúmulo Maria Luísa pretende continuar deputada e pertencer em simultâneo à Arrow Global. Ou seja, quer misturar a urina com a água de cheiro para disfarçar o que parece evidente. O que aquela deputada pode muito bem é representar os interesses da alta finança predatória como o tem feito até agora. Quer continuar na senda da imoralidade, diga o que disser. É o poder e o dinheiro, nem que tenha de passar por cima de cadáveres.

O silêncio de Passos, do PSD, e do CDS, são mostra do quanto esquematizaram e aprovam estas imoralidades. Estes danos infligidos à moral, à decência, à transparência, à justiça, à democracia, aos portugueses. Habitam no Parlamento de Portugal demasiados detentores de gula insaciável na prática de atropelos danosos dos interesses morais e materiais dos portugueses. São eles que legislam em causa própria o que podem e não podem praticar, se têm mais ou menos mordomias, se ficam impunes mesmo que lesem a dignidade, honestidade e justiça imprescindíveis em democracia, mesmo que lesem a Pátria. São vergonhosos. Imerecidos de que votem neles devido às práticas de abuso de confiança dos eleitores. Publicidade enganosa nas campanhas eleitorais e abuso de confiança. Digo eu. Canalhada do piorio.

Maria Luísa Albuquerque não será exemplo único de como se comportam aquela estirpe de deputados, de políticos. É só mais uma em conluio com os restantes deputados que têm todo o interesse em pertencerem ao exército de imorais e outras vigarices que falsamente representam no Parlamento os eleitores e a defesa dos interesses dos portugueses, de Portugal, da democracia, da liberdade que se quer regulada com honestidade e transparência. No mínimo, desonestos eles(as) são.

Portugal. Maria Luís pede à subcomissão de ética que avalie se há incompatibilidades



A deputada do PSD e ex-ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque pediu hoje à subcomissão de ética que avalie se existe alguma incompatibilidade entre a sua contratação pela Arrow Global com os atuais e antigos cargos políticos.

"Solicito à subcomissão de ética a avaliação da situação em causa, manifestando desde já a minha total disponibilidade e interesse em prestar junto dessa Subcomissão todos os esclarecimentos entendidos como pertinentes", lê-se na carta de Maria Luís Albuquerque enviada hoje ao presidente da subcomissão de Ética, Luís Marques Guedes, a que a Lusa teve acesso.

No documento, a ex-ministra das Finanças reafirma que "a situação em nada configura impedimento ou incompatibilidade com as funções que desempenhei e desempenho", como já havia afirmado em comunicado na quinta-feira.

Entretanto, o PS disse que vai pedir a apreciação do assunto pela subcomissão de ética do parlamento, à semelhança do PCP, enquanto o BE prometeu dedicar atenção ao facto durante a comissão parlamentar de inquérito ao processo de venda do Banif.

Maria Luís Albuquerque esclarece ainda que as funções que vai desempenhar na Arrow Global são "de natureza estritamente não executiva, e centradas numa avaliação dos quadros macroeconómico e regulatório europeus para enquadramento das decisões estratégicas que a empresa venha a tomar no futuro".

Mais, ressalva, que não terá "qualquer ligação a outras empresas do grupo, que são, de resto, entidades juridicamente independentes da Arrow Global plc", que, acrescenta, está cotada no mercado britânico e sujeita ao controlo e escrutínio das entidades reguladoras daquele país.

Num comunicado publicado na sua página oficial na quinta-feira, o grupo Arrow Global informou que indicou Maria Luís Albuquerque como diretora não executiva com efeitos a 07 de março e que a agora deputada vai integrar o comité de risco e auditoria.

JNM (SP/HPG)// SMA - Lusa

Portugal. MARIA LUÍS, SIMPLESMENTE MARIA LUÍS



Ana Alexandra Gonçalves*

Maria Luís é uma mulher que em três anos se tornou popular, não pelas suas qualidades ou especialidades, mas porque esteve no sítio certo à hora certa, conhecendo, naturalmente, as pessoas certas. Maria Luís transformou-se numa facilitadora, mas contrariamente a outros facilitadores não sentiu a necessidade de respeitar o famigerado período de nojo.

Maria Luís também vive no tempo certo, o tempo em que os princípios são facilmente trocados por uma espécie de pragmatismo que se traduz numa inexorável vacuidade. Maria Luís é produto do homem-massa tão bem descrito por Ortega y Gasset. O homem-massa, desprovido de princípios, sem recurso a qualquer esforço intelectual, vivendo num mundo em que só os seus têm importância, aprecia homens e mulheres como Maria Luís que, tal como ele, nada têm para oferecer para além de uma vacuidade apresentável; homem-massa que não aprecia a discussão de ideias e que, amiúde, reconhece que as medidas políticas têm que ser impostas com violência, até porque o que tem de ser tem muita força.

Maria Luís acredita que a lei tudo justifica, sem nojo, sem princípios, sem vergonha.

A Maria Luís bastou parecer, sem nunca ser coisa alguma, munida da habitual retórica oca e postura severa, nunca conseguiu ir para além do parecer. Agrada a quem precisa de facilidades; agradou a quem necessitou dessas facilidades, apenas dirigidas à casta do costume e, seguramente, ainda agrada aos amantes do simplismo. Maria Luís, simplesmente Maria Luís.

Antes de concluir, peço ao leitor que se dedique ao seguinte exercício: imaginar Maria Luís vestida de fraque. Nada mais apropriado para quem passará a trabalhar para uma empresa de compra e cobrança de dívidas. Do Banif e não só.

*Ana Alexandra Gonçalves – Triunfo da Razão

Portugal. SWAPS. SANTANDER VENCE ESTADO PORTUGUÊS



Tribunal inglês valida contratos de empresas públicas cujas perdas podem chegar a 1,8 mil milhões de euros: 300 milhões de pagamentos que não foram feitos desde 2013 e cerca de 1500 milhões de perdas estimadas até ao final dos contratos

O Santander viu ser-lhe dada razão na ação que avançou contra o Metro de Lisboa, Carris, Metro do Porto e STCP, sobre nove contratos de “Swap” celebrados com estas empresas. O processo tinha entrado num tribunal inglês em maio de 2013 – o Commercial Court de Londres – na sequência da “decisão unilateral” destas empresas de “considerarem tais contratos inválidos, suspendendo os pagamentos contratualmente devidos”, explica o Santander em comunicado.

O banco refere que “se esforçou por alcançar uma solução negociada que, dentro do razoável, minorasse os prejuízos para o Estado Português decorrente dos contratos”. Mas, “perante o insucesso das negociações, viu-se forçado a lançar mão do mecanismo de resolução de litígios contratualmente previsto e suscitou a intervenção do Commercial Court de Londres pedindo ao Tribunal que se pronunciasse sobre a validade dos nove referidos contratos de swap celebrados com aquelas empresas públicas”.

Em causa, estão perdas para as empresas públicas - metros de Lisboa e Porto, Carris e STCP do Porto - que somam cerca de 1800 milhões de euros. Este montante inclui cupões não pagos desde 2013, no valor de 300 milhões, quando não houve acordo entre Estado e Santander e os pagamentos foram suspensos. E os restantes 1500 milhões são as perdas estimadas até à maturidade dos nove contratos.

As empresas públicas provisionaram os cupões não pagos nestes quase três anos, mas terão que suportar os pagamentos futuros. A maior parte deste montante terá impacto nas contas públicas - já que apenas a STCP não está no perímetro orçamental (segundo a última listagem do INE) - mas apenas à medida que forem sendo pagos. Da mesma maneira, os pagamentos passados serão imputados aos anos respetivos, embora como as empresas fizeram provisões esse valor já terá sido contabilizado para efeitos de défice e apenas poderá haver impacto na dívida.

Em 2013, as perdas potenciais destes contratos considerados tóxicos pelo Governo somavam 1324 milhões de euros. O grosso estava relacionado com três contratos: dois com o Metro de Lisboa (que somavam €591 milhões) e um com o Metro do Porto (€507 milhões). Estes três swaps apenas terminam em 2022 e custavam, em 2013, €83 milhões por trimestre.

Expresso

Em desenvolvimento, no Expresso 

MARIA LUÍS, PROPRIEDADE DOS PREDADORES. VAMOS A ELES. GANHEMOS ESSA CORAGEM



Prossegue a novela Maria Luís ex-ministra desumana ao serviço dos grupos predadores da alta finança. A sujeitinha quer ir receber as luvas e a roupa interior mais a estola pelos favores que fez à empresa que a contratou passados três meses de deixar de ser ministra desumana do governo de Cavaco-Passos-Portas? Quer. E quer continuar a ser deputada pelo PSD? Quer gabhar a dois carrinhos? Quer. A sujeitinha é uma descarada? É. Assim como são descarados os do Parlamento que não alteram a legislação para que isto não possa acontecer. Legislam mas a seu favor e daqueles que representam e lhes garantem grandes recompensas se se portarem bem. 

Temos exemplos vários de desonestos e imorais que da política saltaram para grandes grupos económicos. No PS abundam uns quantos, no PSD é à fartazana. No CDS é o que se sabe e aquilo que se imagina. Grupos de advogados que legislam para eles e para os seus clientes. Que até passam a ministros. Até passam a recompensas de favores que nem sabemos quais porque nem sempre a comunicação social aborda as situações escandalosas daqueles chicos-espertos que servem os poderosos olhamdo exclusivamente para os seus umbigos, os umbigos dos seus partidos políticos, das suas famílias e dos seus amigos e amigas (de cama ou nem por isso). É a seita. São os feios, porcos e maus que se instalaram após o 24 de Abril de 1974 nos poderes políticos e outros. São os que apodrecem a democracia e a destroem – como está a acontecer. E fazem-no com a maior das impunidades por ser legal. Claro que é legal, são eles que fazem as leis. Só falta inscreverem declaradamente nas leis que os políticos podem roubar à vontade, que podem usufruir dos pagamentos de favores em quantias ilimitadas. Conspurcam a política, conspurcam as instituições, conspurcam os partidos a que pertencem e que certamente têm lá gente honesta, conspurcam a Assembleia da República, o Parlamento, conspurcam o país. Prejuízo que se agiganta porque nos tramam sistematicamente em favor dos predadores da alta finança.

Maria Luís, a que está agora a ser visada, é uma gota de água num oceano de corruptos, de nepotistas, de gente que pratica as imoralidades com os colarinhos brancos e gravatas de alta qualidade, com dispendiosos fatos, para disfarçarem com os invólucros as mentes e corpos entregues à podridão que fede. O antídoto reside na vontade, nas mãos e ações dos portugueses. Daqueles que aquela seita considera uns parvos, uns papalvos que mesmo sabendo quem eles são continuam a votar neles.

Isto tem de mudar. Começando por ter de mudar a atitude do povo carneiro em que os portugueses se transformaram. Povo que bale, mas não mais que isso. O povo que se acobarda e deixa andar. E deixa-se roubar. E deixa-se enganar por canalhas ao serviço dos grandes grupos económicos nacionais e estrangeiros que os corrompem descaradae impunemente.

Maria Luís Albuquerque, ex-ministra das Finanças e atualmente deputada pelo PSD. Sempre ao serviço dos grandes grupos económicos predadores. Por isso nos miserabilizam e devastam o património material, cultural e de princípios que resta em Portugal.

Bom dia? Mas quem consegue ter um bom dia neste país? Os explorados e roubados que existem aos milhões? Deixem-se de hipocrisias. Olhem para a floresta e não só para uma ou outra árvore. Maria Luís é só uma ínfima parte da seita de predadores que abunda em Portugal e no mundo. Vamos a eles. Ganhemos essa coragem.

Maria Luís, feita predadora. Propriedade de maiores predadores globais. E eles são tantos na política!

Fique com o Expresso Curto, que é manso e tem por objetivo amansar-nos. Nem sempre resulta.

Redação PG / MM

Bom dia, este é o seu Expresso Curto 

Martim Silva – Expresso

100 dias (de geringonça), Sem senso (de Maria Luís)

Bom dia,

Maria Luís Albuquerque pode não ter contribuído nada para o prestígio da política nacional mas acabou de trazer um enorme avanço para a filosofia universal. Em 1637, um francês de nome René e apelido Descartes, postulava no seu Discurso do Método que "o bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída". 379 anos depois a ex-ministra das Finanças mostra-nos que afinal não é bem assim.

Serve isto para introduzir o leitor à mais recente polémica da vida política portuguesa (embora em boa verdade o tema seja tão consensual que de polémico pouco tem). Maria. Maria Luís. Maria Luís Albuquerque, A dama de ferro que tomou conta das Finanças do país entre 2013 e 2015 decidiu-se pela carreira no privado (mas por enquanto ainda é deputada do PSD). Aceitou ir trabalhar para uma consultora especialista em compra de carteiras de créditos. Como administradora não executiva.

Qual o problema? A referida empresa fez em 2014 avultados negócios com o Banif. Banco em que à época (do negócio e da Sra. ser ministra das Finanças) o Estado tinha uma pequena participação... De 60%.


Em sua defesa, e mostrando que lê muitas leis mas não deve ter perdido tempo com Descartes, garantiu que a sua "transferência" nada tem de ilegal nem de incompatível.

Claro está que logo surgiram vozes do contra a protestar contra a situação. A própria Maria Luís se queixou do aproveitamento político-partidário da situação. Devia estar, obviamente, a falar de Paulo Rangel e Manuela Ferreira Leite, companheiros de partido (que a criticaram de forma aberta e clara, 
ontem, na TVI 24). Ferreira Leite que foi, ela própria, administradora do Santander... depois de ter deixado o Ministério das Finanças.

Aqui se explica o que podem e não podem fazer os antigos governantes. O PS considera o caso embaraçoso, os restantes partidos da esquerda pedem esclarecimentos.

A geringonça, na versão Paulo Portas, ou a "geringonça triplo A", na versão António Costa (frase do PM ao Expresso no último sábado) faz amanhã 100 dias. E ainda mexe...

Ninguém acreditava que costa lá chegasse. Mas chegou. E ainda lá está. A sua capacidade de adaptação aos acontecimentos e perícia negocial parecem hoje indiscutíveis. Os méritos das suas propostas e dos planos do Governo ainda estão sujeitos a avaliação.

Sobre este período, a investigadora Felisbela Lopes revela, em estudo noticiado pelo Público, dados sobre o impacto mediático destes 100 dias (em quatro jornais diários). Conclusões? Saíram em média 2,5 notícias por dia relativas à atividade governativa. Mais de metade das notícias aparecem com títulos positivos para o Governo. A própria Felisbela Lopes afirma no Público que António Costa “não tem razões para se queixar da imprensa. Nos primeiros 100 dias, o Governo viveu o habitual estado de graça”. 

Ainda sobre António Costa, realço o gesto, simbólico, de ter convidado ontem Cavaco Silva para presidir ao último Conselho de Ministros antes do Presidente da República passar a pasta a Marcelo Rebelo de Sousa, já na próxima quarta-feira (antes de Costa, já Cavaco tivera o gesto com Eanes; e Guterres com Soares). O primeiro-ministro aproveitou e ofereceu a Cavaco uma caravela em filigrana durante o encontro que decorreu no Forte de São Julião da Barra e que teve o Mar como tema.

OUTRAS NOTÍCIAS

Cá dentro,

O ex-presidente do Benfica Manuel Damásio (perfil aqui) foi constituído arguido no caso judicial envolvendo José Veiga (que está em prisão preventiva). Damásio foi ontem ouvido pelo juiz Carlos Alexandre e a partir de agora não pode contactar os outros envolvidos no processo de branqueamento de capitais e tráfico de influência. Na imprensa de hoje, o Jornal de Notícias dá destaque de manchete ao assunto, com o título “Damásio suspeito de ajudar a lavar milhões de Veiga”.

Passam hoje 15 anos da tragédia de Entre-os-Rios(quando parte da ponte Hintze Ribeiro caiu matando 59 pessoas). A repórter Christiana Martins esteve lá nos últimos dias e escreveu esta extraordinária reportagem.

No Parlamento, termina hoje o prazo para apresentação das propostas de alteração ao Orçamento de Estado. Entre as alterações sugeridas pelos próprios deputados socialistas destaque para uma ausência: a ideia de reduzir a TSU para os salários mais baixos. Recorde-se que esta era uma bandeira eleitoral de Costa (por permitir aumentar o rendimento disponível das famílias) e a medida chegou a estar incluída nos primeiros esboços do OE, mas acabou por cair durante as duras negociações com Bruxelas. Depois disso, um conjunto de parlamentares socialistas, com Paulo Trigo Pereira, prometeu lutar ainda pela inclusão da medida neste OE. A condição era conseguirem encontrar uma alternativa orçamental à perda de receita para o Estado. A alternativa não chegou e a proposta caiu mesmo. Os socialistas prometem no entanto voltar à carga no OE de 2017.

Noutro parlamento, o da Madeira, o deputado José Manuel Coelho deu ontem um novo passo nas suas sempre originais formas de protesto. Despindo-se, literalmente (ou quase) de preconceitos.

Marcelo promete dar-nos afectos em Belém. E aos poucos vai revelando nomes da sua equipa. Como o de Pedro Mexia, colunista do Expresso, escritor, em diretor da Cinemateca, que vai ser consultor cultural do novo PR.

No BPI, o Governo está a fazer tudo para forçar um entendimento entre os espanhóis do Caixabank e a angolana Isabel dos Santos (os dois maiores acionistas da instituição), revela o Público de hoje.

A agência Fitch revê hoje a notação da dívida pública portuguesa.

João Soares, ministro da Cultura, que esta semana afastou António Lamas da presidência do CCB, vê agora responsáveis de alguns dos grupos hoteleiros com interesses na zona de Belém ameaçarem o Governo com corte de investimentos, por temerem uma estagnação do turismo naquela zona de Lisboa. A notícia é do DN e pode ser lida aqui.

No caso do jovem encontrado morto no Algarve, o DN afirma que o padrasto poderá ser julgado no Brasil. E o Correio da Manhã faz manchete dizendo que “mãe esconde culpa do padrasto”.

A Federação Portuguesa de Futebol quer aproveitar o bom na prática de futebol feminino e dar um novo impulso ao campeonato nacional. Vai daí, e como forma de dinamizar a competição, convidou os maiores clubes do país (os três grandes mas não só) a participar. E ao que parece, como conta a Mariana Cabral, Sporting e Benfica estão mesmo muito interessados.

Ainda no futebol, amanhã é dia de um decisivo Sporting-Benfica no campeonato. No Expresso, em 2.59, o Pedro Candeias ajuda-nos, através dos números, a perceber o que pode acontecer.

No Boa Cama, Boa Mesa desta semana destaque para dez novas sugestões de restaurantes no Porto.

Lá fora,

Na Coreia do Norte, o alucinado presidente diz que o país deve estar pronto para usar armas nucleares a qualquer momento.

O Presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, pediu aos migrantes económicos que não venham para a Europa.

Em Espanha, ontem foi o dia em que um membro da família real prestou pela primeira vez declarações em tribunal. A Infanta Cristina foi responder no âmbito do caso Nóos.

Ainda em Espanha, cada vez mais os partidos voltam ao modo campanha, com trocas de acusações, perante os sucessivos fracassos na tentativa de formação de um governo. Esta noite, o PSOE vai tentar a investidura sem maioria, mas a possibilidade de novas eleições gerais parece ganhar cada vez mais força.

Na Nova Zelândia já se vota para se escolher a nova bandeira do país.

NÚMEROS

99,9995%
Foi a percentagem de votos com que ontem foi reeleito Pinto da Costa na presidência do FC Porto

29
mulheres morreram no ano passado em Portugal vítimas de violencia doméstica. Um numero terrível mas ainda assim o mais baixo desde 2011.

FRASES


“Quem se mete na política acha que o futebol é fantástico”,Ribeiro Cristóvão, no Diário Económico

“Vou comer derbi”, José Mourinho, ao Record

“Sinto a mesma frustração de um polícia que chega atrasado ao local do homicidio”, Carlos Costa, Governador do Banco de Portugal, na entrevista ao Expresso que amanhã é a capa da Revista

O QUE EU ANDO A LER

Chegado pela Amazon, "Think Like a Freak", de Steven D. Levitt e Stephen J. Dubner (os autores de Freakonomics e Superfreakonomics), já começa a ser folheado. Uma vez mais, economia e números apresentados de uma forma totalmente surpreendente. Logo no início, por exemplo, uma explicação sobre os penáltis no futebol. Porque é que se os guarda-redes se atiram para a direita em 57% das grandes penalidades e para a esquerda em 41% das ocasiões, os avançados não chutam mais vezes para o centro, sabendo que os guardiões só ficam no meio em dois por cento dos remates? Vale muito a pena ler...

No fim de semana li o inevitável e altamente recomendável Alentejo Prometido. A reportagem/ensaio de Henrique Raposo sobre a região e que tanta e tão tonta polémica tem dado. Quem ontem escreveu sobre tudo o que se tem passado foi o Ricardo Costa, no Expresso Diário.

Sobre o Ricardo, com quem trabalho aqui no Expresso vai para sete anos, tem hoje o último dia como diretor do jornal. Para a semana assume os comandos da SIC.

O Expresso Curto, esse, volta já na segunda-feira. Tenha um grande fim de semana.

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