segunda-feira, 13 de março de 2017

TRAFULHAS HÁ MUITOS, SEUS PALERMAS!


Boa tarde. Pois podem dizer que devíamos ter chegado mais cedo. Dizer podem, mas então digam lá como é que usando de total disponibilidade para o Página Global conseguíamos ter aquilo com que se compram os melões. Estão a ver. É que o dia só tem 24 horas e trabalho remunerado, mesmo que só de vez em quando, não há ou há pouco. Por esse motivo é que não saudamos com um bom dia mas sim com uma boa tarde. A manhã foi para... os melões. A não ser que fossemos uma cambada de trafulhas e assim o dinheiro de "boas remunerações" até caía das nuvens para as nossas contas bancárias - ou de familiares e amigos. Ora, ora, mas isso é coisa de trafulhas. Dirão vós. Pois é... Olhem, agora por trafulhas vamos trazer a seguir uns inocentes que estão acusados ou a ser investigados por alegadas operações dignas de trafulhas. Escolhemos dois. Um ex-primeiro-ministro e um ministro. Assim, de uma assentada, gente fina é outra coisa. Ora vamos lá.

Hoje é dia de São Sócrates. As letras garrafais nos jornais trazem Sócrates que vai hoje ser ouvido. Está bem. Esta novela já dura há tanto tempo que até dá para desconfiar do próprio sistema de justiça e se não haverá por ali intenções político-partidárias. Esquemas. E daí talvez não. Certo é que José Sócrates se tem batido por estar inocente. Também é certo que o prenderam antes de o ter investigado e acusado e daí terem-no julgado. O ex-PM passou um ano entre grades e depois vá de o pôr cá fora porque a barra estava pesada para os que ordenaram que ele estivesse entre grades sem uma acusação limpa, clarinha e plausivel. Quem ordenou foi um chamado super-juiz (com esta eu embirro). Então ele leu nos canhenhos que primeiro prendia-se o cidadãos e depois é que se investigava? Onde leu isso? Juiz? Super?. Pomos dúvidas.

Porém isso não iliba Sócrates de ter feito trafulice. Talvez sim, talvez não. Mas provem. Porra! Hoje segue a "novela", Sócrates volta a ser ouvido. Sócrates declara que está inocente. Sócrates diz que é perseguição política...

E diz mais. Aqui, já a seguir. Mas só depois de trazermos o segundo caso de trafulha ou eventual trafulha, o tal que era só ministro: Miguel Macedo, ex-ministro de Passos Coelho no devastador governo que nos tem tramado e levado muitos à miséria e à fome dos tempo do Oliveira Salazar. Miguel Macedo também se diz inocente. Pois. Aliás, nas prisões há uma maioria de cidadões inocentes que só estão lá porque a justiça é uma injustiça. Adiante.

Miguel Macedo e os helicópteros. Uma história que vem a seguir a Sócrates neste arrazoado de palavras a que chamam um texto. É?

Já agora, só para ficarem avisados, no texto a seguir fala-se de outros eventuais trafulhas: Granadeiro, Bataglia, Rui Mão de Ferro (ena!), Santos Silva... e etc. São muitos. Todos inocentes. É o que dizem. Pois.

Ora vão lá ler. Encham-se de paciência. Adeus, até ao nosso regresso. Com ou sem trafulhas.

MM / PG

José Sócrates: Novo interrogatório é uma “encenação para as televisões”

Joana Almeida – Jornal Económico

O antigo primeiro-ministro vai ser interrogado, pela terceira vez, no âmbito da investigação ao caso 'Operação Marquês', em que está indiciado por corrupção, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais.

O antigo primeiro-ministro José Sócrates já chegou ao Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) para ser interrogado, pela terceira vez, no âmbito da investigação ao caso ‘Operação Marquês’. José Sócrates, indiciado por corrupção, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais, diz estar a ser vítima de uma “campanha de difamação maldosa” e afirma que esta chamada a tribunal se trata apenas de uma “encenação para as televisões”.

À entrada do DCIAP, em Lisboa, José Sócrates negou ter recebido 18 milhões de euros do antigo presidente do Banco Espírito Santo (BES): “Nunca recebi dinheiro de ninguém”.

Quanto aos supostos novos dados obtidos em buscas feita durante o verão passado à Portugal Telecom (PT) e a vários administradores pelo Ministério Público, que denunciam os crimes de que está acusado, o ex-líder do PS garante que prestará todos os esclarecimentos para que seja conhecida “a verdade”. José Sócrates fala numa acusação “insegura”, com a finalidade de o difamar e de fazer “encenação para as televisões”.

“Venho aqui defender-me. Quem tem de dar explicações é o Ministério Público”, reitera. “Quem está seguro [do recurso], ou acusa ou cala-se”.

Na ‘Operação Marquês’, cujo principal arguido é José Sócrates, estão também referenciados 25 arguidos – 19 pessoas e seis empresas, quatro das quais pertencentes ao Grupo Lena.

A vasta lista de arguidos inclui nomes como Armando Vara, ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos, Carlos Santos Silva, empresário e amigo do ex-primeiro-ministro, Joaquim Barroca, empresário do grupo Lena, João Perna, antigo motorista de Sócrates, Paulo Lalanda de Castro, do grupo Octapharma, Henrique Granadeiro e Zeinal Bava, ex-administradores da PT, o advogado Gonçalo Trindade Ferreira e os empresários Diogo Gaspar Ferreira e Rui Mão de Ferro e o empresário luso-angolano Hélder Bataglia.

DESPACHADO SÓCRATES VAMOS AO MIGUEL MACEDO

O texto seguinte foi retirado de Luso PT mas a fonte foi o jornal Público, desconhecemos a data a que se refere mas sabemos que o assunto é atual. Escolhemos, não por acaso, sim porque sobre trafulhas ou alegados trafulhas fazia bem o par. Um do Partido Socialista, outro do Partido Social Democrata. A nós, leigos, este caso de Macedo parece mesmo evidente que ele foi trafulha. Mas lá está, não devemos julgar ninguém e muito menos condená-lo, sem que a verdade e as culpas lhe sejam justamente atribuidas. Pois. Por isso dizemos que "parece mesmo evidente que ele foi trafulha". Vamos a ver. Se calhar o melhor é esperarmos sentados. Não sabemos se são ou não, uns e outros, todos trafulhas. O que sabemos é que trafulhas há muitos, seus palermas!

Miguel Macedo e o caso dos altos voos de helicópteros que todo nós pagamos mas...

MM / PG

MIGUEL MACEDO E O NEGÓCIO DE 46 MILHÕES DOS HELICÓPTEROS

Ex-ministro Miguel Macedo terá enviado caderno de encargo do concurso ao antigo sócio Jaime Gomes, semanas antes da sua publicação.

O Ministério Público e a Polícia Judiciária estão a investigar no âmbito do chamado processo dos vistos gold o concurso para um privado assegurar a operação e manutenção dos seis helicópteros pesados do Estado, os Kamov comprados em 2006 pelo Ministério da Administração Interna.

A informação foi avançada quinta-feira pelo Correio da Manhã e confirmada pelo PÚBLICO, que apurou que o inquérito está perto de ser finalizado já que a acusação terá que ser proferida até meados deste mês para que o único arguido que ainda está em prisão preventiva, o antigo presidente do Instituto dos Registo e Notariado, António Figueiredo, não seja libertado.

Na origem da suspeita está um e-mail que o ex-ministro da Administração Interna Miguel Macedo terá enviado ao seu antigo sócio Jaime Gomes, ambos arguidos na referida investigação, com o caderno de encargos do concurso público internacional, semanas antes da publicação do mesmo, em Julho de 2014.

Isso mesmo é assumido pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal, que dirige esta investigação, no pedido de levantamento da imunidade parlamentar de Miguel Macedo enviado à Assembleia da República em Junho. Na informação é referido que o então ministro da Administração Interna disponibilizou ao empresário e ex-sócio o caderno de encargos do concurso antes da sua publicitação, sem referir o negócio em causa.

O concurso foi adjudicado em Dezembro do ano passado à Everjets, uma empresa que à época era detida pelo empresário de Vila Nova de Famalicão, Pedro Silva, dono de um importante grupo textil, o grupo Ricon. Houve quatro empresas que apresentaram propostas ao concurso, tendo a Everjets apresentado o valor mais baixo: 46.077.120 euros.

Na altura, contudo, vários concorrentes estranharam o comportamento dos responsáveis da empresa, já que estes não chegaram a levantar o caderno de encargos do concurso, não foram inspeccionar os aparelhos que queriam operar, nem tiveram qualquer dúvida sobre as regras do concurso.

O presidente da Heliportugal, Pedro Silveira, que concorreu através de uma empresa em que tem uma participação, estranhou o comportamento. “Nós fizemos mais de 100 perguntas, a ENAER terá feito cerca de 80 e os búlgaros à volta de 60. Eles nem sequer levantaram o caderno de encargos, nem foram inspeccionar as aeronaves que estavam obrigados a operar se ganhassem”, afirma o empresário ao PÚBLICO.

As duas empresas têm aliás um longo historial de litígios, tendo Pedro Silveira apresentado uma queixa-crime, que ainda está a ser investigada pelo Ministério Público, por falsificação de documentos no âmbito de um outro concurso público, neste caso para o fornecimento de 25 helicópteros de combate a incêndios.

Em Julho, o empresário fez uma outra de denúncia à Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) que envolvia a Everjets no âmbito da operação dos Kamov. Em causa estava o facto de administrador responsável pela Heliavionicslab, a empresa que a Everjets subcontratou para assegurar a manutenção dos helicópteros, ter alegadamente falseado as habilitações para obter uma licença de manutenção em aeronaves.

A Everjets emitiu esta quinta-feira um comunicado onde garante que, “no referido concurso, como em outros em que participou, sempre cumpriu escrupulosamente todas as regras e normas legais”. A empresa diz que concorreu “em condições de igualdade com todos os outros concorrentes” e, realça, “sem recorrer à intervenção do Jaime Couto Alves [Gomes]”, pessoa que o conselho de administração da empresa diz “não conhecer e com quem não tem relações”.

Há que referir, contudo, que os administradores da empresa foram entretanto substituídos, havendo novos responsáveis. Pedro Silva deixou a administração da empresa em Fevereiro, segundo o site do Ministério da Justiça que publica os actos societários on-line. O director operacional da empresa, o comandante José Pereira, manteve-se na empresa. O PÚBLICO contactou esta quinta-feira Pedro Silva, mas este alegou estar ocupado e nunca mais atendeu o telefone. Também o comandante José Pereira se disse impossibilitado de falar com o PÚBLICO, devido a alegadas más condições na ligação porque se encontrava no estrangeiro.

Na nota, a Everjets esclarece ainda “não é obrigada a levantar o caderno de encargos” e diz ser alheia a “quaisquer movimentações ou interesses de ordem político-partidária ou eventuais ajustes de contas entre quem quer que seja”.

A empresa garante que “nada tem a ver com os processos referidos nem com quaisquer alegadas irregularidades e lamenta que o seu bom nome esteja a ser prejudicado na praça pública”. Não responde, no entanto, à pergunta do PÚBLICO, sobre se algum dos profissionais da empresa foi ouvido ou constituído arguido no âmbito da investigação conhecida como vistos gold.

Fonte: Público - em Luso.pt

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