O
narcisista e fanfarrão Trump deve proporcionar o tão esperado espetáculo da
queda-livre do corrupto e mais belicista Império da história: subproduto da
democracia fajuta, melhor que o dinheiro pode comprar dos Estados Policialescos
da América que ainda encantam algumas vítimas da grande mídia de idiotização em
massa
Edu
Montesanti*
A
queda definitiva do agonizante é apenas uma questão de tempo. Uma leitura do
livro Ascensão e Queda das Grandes Potências deixará esta ideia bem clara ao
leitor, sem nenhuma dúvida, e segundo as impressões deste articulista: o tombo
será mais feio que o dos outro impérios ao longo da história. A grosso e
resumido modo: quanto maior o tamanho do coqueiro, maior o tombo do coco.
Pois
o narcisista e fanfarrão Donald Trump deve proporcionar o tão esperado
espetáculo da queda-livre do corrupto e mais belicista Império da história,
como nenhum outro que se tenha conhecimento.
Para
além do tamanho e da imagem equivocada que a América "livre" e
"poderosa" faz de si, à diferença, por exemplo, do final da II Guerra
quando o Império britânico ruiu de vez e o norte-americano emergiu como tal, o
mundo estava destroçado pelo maior conflito da história, moral, política e
economicamente.
Hoje,
o mundo está cada vez mais multipolar por nações que além de fortalecer e
ultrapassar o combalido Tio Sam em diversos quesitos importantes - inclusive
militarmente -, muitos desses países enxergados pelo esquizofrênico Império
norte-americano como inimigos, ameaças, concorrentes, estão se unindo -
desejando abertamente aliança com Washington, que se recusa a isso em nome do
retorno a um mundo unipolar.
Em
relação às últimas eleições presidenciais dos Estados Policialescos Unidos
da América, qualquer candidato seria um personagem a ser contado dentro de uns
anos sobre o declínio definitivo do Império que, na realidade, vive profunda
crise alimentar, laboral, no campo das liberdades civis e direitos humanos em
geral.
Poucos
sabem, mas os EPUA foram condenados pela ONU, no ano passado, pelo tráfico de
crianças, sob conivência estatal [leia: Tráfico de crianças nos Estados
Unidos sob conivência estatal (http://port.pravda.ru/busines/03-02-2016/40316-trafico_criancas-0/)],
e por manter campos de concentração também para pequeninos imigrantes, o
lixo descartável no paraíso do capital que, nos EPUA têm estado privados até de
advogados devendo responder perante a "Justiça" norte-americana
sozinhos, enquanto aguardam a deportação da sociedade aberta e livre pintada
pelos grandes meios de imbecilização das massas [leia: EUA nega
advogado a milhares de crianças deportadas de campos de
concentração (http://port.pravda.ru/mundo/10-04-2016/40754-eua_nega-0/)].
Muito
pouco se diz, mas Barack Obama foi o presidente que mais deportou imigrantes na
história dos EPUA. Sua afilhada nas últimas eleições, a psicopata Hillary
Clinton, até pela psicopatia por que sofre além da própria linha política, era
fria e calculista: como o inquilino anterior da Casa Branca, o Nobel da Paz que
palrava com a habilidade de poucos em direitos humanos, Killary falava
em direitos femininos, possuía ódio racial e religioso mais velado. George W.
Bush (filho) foi quem iniciou uma grande cerca na fronteira com o México: a
mesma mídia comercial que demoniza Trump hoje, não lembra disso.
O
potencial para o mal desta personalidade e práticas maleficamente veladas é
evidentemente muito maior, enquanto Trump é a mesma face da mesma moeda
imperialista, preconceituosa, fascista, porém fanfarrão e, talvez, vítima do
próprio narcisismo do qual padece.
Killary tinha
total apoio do establishment, do lobby sionista, dos grandes meios de
desinformação, da indústria armamentista e petrolífera. Mas, enfim, Trump é uma
tragicômica consequência da "democracia" norte-americana, subproduto
do próprio establishment dos Estados Policialescos Unidos, e de
seu showrnalismo (título do livro do brilhante jornalista José Arbex
Júnior).
Com Killary,
a queda do Império, pela frieza e calculismo da senhora da guerra, por sua
habilidade ímpar de manipular e de jogar, a grande queda do Império estaria
fadada, muito provavelmente, a médio prazo (talvez para além de seus quatro
anos, ou se reeleita para o final de seus oito anos na Casa Branca).
Por
outro lado, e desde a campanha presidencial isso parecia muito claro, com Trump
que diz e faz abertamente o que seus antecessores fizeram de maneira mais
silenciosa, dissimulada, o declínio definitivo da hegemonia dos EPUA está
bastante apressado.
Reconheça-se:
Trump faz afirmações e toma atitudes de muito abertas e politicamente
incorretas, embora não sejam nenhuma novidade nos porões do poder e entre a
própria sociedade norte-americana que, de aberta, não tem absolutamente nada
(outro mito facilmente dissolúvel).
Contextualizando
a frase do historiador britânico de excelente memória, Eric Hobsbawm em Era
dos Extremos, se para o poeta o Thomas Stearns Eliot "o mundo
acabará com uma bomba ou com uma lamúria", os Estados Policialescos Unidos
da América certamente encontrará um fim com os dois.
Sobretudo
dentro de casa, o coveiro Trump trata de produzir importantes
aprofundamentos no buraco norte-americano desde o início de seu
"governo democrático", diante do silêncio conivente e até sob
alegres aplausos de parte de uma opinião pública desonesta e
excessivamente hipócrita que se crê a polícia do mundo.
Vão
todos ser enterrados na vergonha da história, e é altamente aconselhável que os
nada criativos setores reacionários oxigenem-se, apressem-se na elaboração das
desculpas, e encontre também os culpados, no que eles são precários mestres em
fazer: a "ditadura" do Maduro cujo governo rompeu com a ditadura do
FMI, e com o Consenso de Washington? O "napoleônico" Putin cujo
grande crime é defender a soberania e os interesses do povo russo? O "enlouquecido"
Jinping, cuja economia nacional logo superará à dos EPUA, e seu exército é o
maior do mundo
*Edu Montesanti |
Pravda.ru | Foto: AP
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