Macau,
China, 22 set (Lusa) -- O Tribunal de Última Instância de Macau recusou hoje o
pedido de recontagem dos votos apresentado por um candidato, que alegou
semelhanças entre o símbolo da sua lista e o de outra que concorria às eleições
legislativas.
"O
recorrente nunca apresentou reclamação, protesto ou contraprotesto no decurso
do apuramento, nem interpôs recurso gracioso perante a assembleia de apuramento
geral, [por isso] não estão preenchidos os pressupostos legais de interposição
do recurso contencioso", indicou o Tribunal de Última Instância (TUI), em
comunicado enviado hoje.
O
TUI referia-se ao pedido apresentado pelo líder da lista Nova Ideais de Macau
(lista 1), que se candidatou às legislativas de domingo e entregou na
quarta-feira um requerimento ao tribunal a pedir uma recontagem dos votos, para
recuperar a caução que pagou para concorrer.
Carl
Ching pediu ainda ao TUI que fossem contados novamente os votos de outra lista,
liderada pelo deputado Ho Ion Sang e que usava símbolos e cores semelhantes, o
que considerou poder ter gerado confusão entre os escrutinadores.
A
lista de Ching obteve 199 votos, abaixo dos 300 necessários para poder ser
reembolsada pela caução de 25 mil patacas (cerca de 2.600 euros), que pagou
para concorrer às eleições.
"Vão
ficar com o meu depósito, não quero que o dinheiro seja confiscado pelas entidades.
O dinheiro foi emprestado por outros, temos de o devolver", disse na
quarta-feira ao jornal Ponto Final.
Hoje,
a Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa (CAEAL) também se
pronunciou sobre o assunto, e, tal como o tribunal, considerou que, para pedir
uma reapreciação, o mandatário teria de ter apresentado uma reclamação durante
o ato de apuramento, o que não aconteceu.
ISG
// VM
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