sábado, 23 de dezembro de 2017

2018: Guiné-Bissau entra no Ano Novo com olhos postos nas legislativas

A Guiné-Bissau vai entrar em 2018 bloqueada num impasse político e com os olhos postos nas eleições legislativas e no congresso do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), previsto para final de janeiro.

Com os atores políticos guineenses a não conseguirem ultrapassar a crise política criada pelo afastamento de Domingos Simões Pereira, candidato do PAIGC eleito primeiro-ministro nas legislativas de 2014 e demitido pelo Presidente guineense um ano e meio depois, o país entra no ano novo com os partidos a posicionarem-se para as legislativas.

O foco vai estar centrado no congresso do PAIGC, que deverá realizar-se entre 30 de janeiro e 04 de fevereiro, e na sua futura liderança, com vários atores políticos a posicionarem-se para apresentar candidatura à presidência do partido, apesar de nenhum ainda o ter admitido oficialmente.

A única exceção é Domingos Simões Pereira, que já assumiu que é recandidato.

O grupo dos 15 deputados expulsos do PAIGC, depois de terem chumbado o programa de Governo do partido, anunciou que quer retornar ao partido e que vai participar no congresso.

E, apesar de não haver garantias, o antigo primeiro-ministro guineense Carlos Gomes Júnior poderá regressar ao país, especulando-se à volta de uma candidatura à presidência do PAIGC, ou à Presidência da República.

Outro partido que se prepara para o embate é o PRS (Partido de Renovação Social), que se tem mantido do Governo e tem assumido esperanças de vencer as próximas legislativas.

Apesar de já ter realizado o seu congresso, os órgãos diretivos do partido ainda não foram tornados públicos, o que também tem criado alguma especulação sobre a sua unidade.

A comunidade internacional tem insistido na necessidade de serem organizadas eleições livres, justas e transparentes em 2018, mas o Coletivo dos Partidos Políticos Democráticos afirmou já publicamente que não vai aceitar eleições organizadas pelo atual Governo, que considera "inconstitucional e ilegal".

Lusa | em Diário de Notícias

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