«O governo introduziu o medo nas
pessoas. As pessoas têm medo de falar». A denúncia do clima de medo instalado
em São Tomé e Príncipe é feita pela Organização Nacional dos Trabalhadores de
São Tomé e Príncipe.
O medo instalado no país inibe o
cidadão de ter voz, de pensar e pior ainda de discordar. «As pessoas têm receio
de participar na vida sindical», acrescentou João Tavares líder da ONTSTEP.
Democracia deixa de ter vida no
seio de um povo amordaçado pelo medo. «Não podemos ter um país livre,
independente, num regime democrático em que a pessoa não tem o direito de se
exprimir, não pode reivindicar os seus direitos», reforçou João Tavares.
Laivos ditatorias cada vez mais
evidentes, agudizam o medo social. «O sindicato pede encontros com os ministros
e simplesmente nos ignoram, temos casos dos ministérios da educação e da saúde»,
explicou o líder sindical.
Laivos ditatoriais, permitem que
eu mando, eu faço, eu decido. E tudo EU, e tudo se faz segundo a vontade do meu
EU. João Tavares acusou o primeiro-ministro Patrice Trovoada de querer até
substituir o sindicado nas negociações com a entidade patronal.
A SATOCAO empresa que entrou no
mercado nacional de produção e exportação de cacau pelas mãos de Patrice Trovoada
enquanto Primeiro Ministro, é um exemplo da ingerência de Patrice Trovoada. A
SATOCAO pretende despedir 300 trabalhadores. «O sindicato e o ministério do
trabalho estavam a negociar esse assunto com a Satocao, mas para a nossa
surpresa, as negociações passaram a ser diretas com o governo, pondo de parte o
sindicato. Isto é muito grave quando o governo deve jogar papel de árbitro para
mediar o conflito e não assumir para si o papel de resolução do conflito em
negociação unilateral com a empresa», denunciou.
Medo novamente a dominar a
sociedade são-tomense. Perigo a vista para a democracia.
Abel Veiga | Téla Nón
Na foto: Evaristo, PR fantoche,
junto a Patrice Trovoada, PM gerador do medo.
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