O
deputado federal Jair Bolsonaro, presidenciável de extrema direita às eleições
de 2018 vem se declarando como candidato “patriota e nacionalista”. No entanto,
Em Manaus/AM, onde esteve no dia 14 de dezembro, o reacionário militar da
reserva fez diversas declarações de cunho nitidamente direitista e entreguista,
o que demonstra que não passa de pura demagogia o fraseado supostamente
“patriótico” do candidato preferencial dos coxinhas.
Numa
dessas declarações, o deputado candidato questionou se o Brasil ainda tem
a soberania sobre a Amazônia. “Será que a Amazônia ainda é nossa”?, indagou.
“Hoje em dia, ouso dizer que dificilmente a Amazônia é nossa” , completou (Folha
de S. Paulo Online, 14/12/17). O candidato bufão ainda comparou as terras
indígenas a “zoológicos”.
Ainda
falando sobre o tema , o candidato direitista e bravateiro disse que para
“salvar ao menos parte da Amazônia, é preciso buscar parcerias com países
democráticos como os EUA para a exploração dos recursos minerais” (idem).
As
declarações de Bolsonaro em Manaus – assim como outras que quase diariamente
são tornadas públicas – revelam que detrás de uma retórica puramente demagógica
de defesa dos “interesses nacionais”, oculta-se um programa de entrega do país
e de ataques à soberana nacional em favor dos grandes grupos capitalistas
estrangeiros.
A
exemplo dos seus colegas de farda da caserna, que ameaçam o país com uma
intervenção militar golpista (também fazendo uso de declarações supostamente
nacionalistas e de defesa do país contra a ameaça “comunista”), Bolsonaro não
diz uma só palavra sobre a criminosa operação dos golpistas usurpadores contra
o patrimônio público e a economia nacional. Nenhuma declaração contraria
à privatização da Eletrobrás e outras estatais; à liquidação da soberania nacional
no tocante as jazidas petrolíferas do pré-sal que estão sendo doadas às grandes
petroleiras internacionais; e a entrega da base militar de Alcântara, no
Maranhão, para o controle dos norte-americanos.
Nas
intenções de voto para presidente da república, Bolsonaro vem aparecendo em
segundo lugar, ostentando percentuais entre 15% a 20% das intenções de voto,
muito distante do primeiro colocado, o ex-presidente Lula, que tudo indica
sairia vitorioso do pleito ainda no primeiro turno. A situação, no entanto,
caminha velozmente no sentido do aprofundamento da crise do regime político e
não há qualquer garantia de que o calendário eleitoral será cumprido e
respeitado pela direita golpista.
A
direita e seu projeto de destruição e entrega do país deve ser combatida na
luta do dia a dia da classe operaria e do movimento de massas. Esta luta deve
ser travada cotidianamente e nunca deve estar subordinada ao calendário
eleitoral da burguesia e seu regime de fome e miséria. Os ataques e a ofensiva
da direita reacionária, do candidato coxinha Bolsonaro e dos militares
golpistas somente poderão ser rechaçados através da luta contra o golpe de
Estado.
Em
Diário Liberdade | de Causa
Operária
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