quarta-feira, 24 de maio de 2017

O DIA DA ÁFRICA EM TORNO DA HISTÓRIA DE ANGOLA – NA UCCLA


Apresentação da obra “História de Angola - Da Pré-História ao Início do Século XXI” na UCCLA

No âmbito da comemoração do Dia de África, a UCCLA irá ser o palco da apresentação da publicação da 2.ª edição da obra “História de Angola - Da Pré-História ao Início do Século XXI” da autoria de Alberto Oliveira Pinto, no dia 25 de maio, às 18 horas.

O evento contará com a presença do autor, do Secretário-Geral da UCCLA, Vítor Ramalho, e de Jean-Michel Mabeko Tali, da Universidade de Washington. 

“A minha História de Angola. Da Pré-História ao Início do Século XXI pretende ser o livro inexistente durante os 40 anos que decorreram sobre a Independência de Angola, em 1975, e para o qual tanto fui desafiado, desde a década de 1990, por colegas dos Estudos Africanos, pela juventude angolana - da qual destaco os meus alunos -, e também por pessoas das mais diversas proveniências (Angolanos, Portugueses, estrangeiros): uma História de Angola condensada num só livro; um livro que, podendo ser um manual, contém algo mais do que o essencial sobre a memória do povo angolano; um livro que, não só pode servir ao leitor comum, como ao estudante - do ensino universitário, do secundário e mesmo do básico-, como ainda de instrumento de trabalho e consulta aos investigadores. Enfim, um livro destinado o povo angolano mas também ao mundo inteiro. Procurei fazer um manual da História de Angola, embora com questionamentos e aprofundamentos inevitavelmente subjectivistas próprios de um historiador. Não esgota, evidentemente, a História de Angola, mas acredito que serve de ponto de partida para os que a querem conhecer e estudar. Mas também funciona - e porque não dizê-lo? - como objecto lúdico de leitura, se é que há leituras lúdicas.”

Alberto Oliveira Pinto

Nota biográfica: 
Alberto [Manuel Duarte de] Oliveira Pinto nasceu em Luanda, Angola, a 8 de janeiro de 1962. Licenciou-se em Direito pela Universidade Católica Portuguesa, em 1986. É Doutorado e Mestre em História de África pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde colaborou como docente no Departamento de História. Lecionou igualmente noutras universidades portuguesas. Presentemente é Investigador do Centro de História da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e do CEsA - Centro de Estudos sobre África e do Desenvolvimento do Instituto Superior de Economia e Gestão. Como ficcionista publicou diversos romances e é autor de múltiplos livros de ensaio. Em 2016, foi presidente do Júri do Prémio Internacional em Investigação Histórica Agostinho Neto da Fundação António Agostinho Neto (FAAN). No mesmo ano foi, pela segunda vez, vencedor do Prémio Sagrada Esperança 2016 com o ensaio inédito Imaginários da História Cultural de Angola.

A entrada é livre 

Morada:
Avenida da Índia, n.º 110 (entre a Cordoaria Nacional e o Museu Nacional dos Coches), em Lisboa
Autocarros e Elétrico (Rua da Junqueira): 15E, 18E, 714, 727, 728, 729 e 751
Comboio: Estação de Belém
Coordenadas GPS: 38°41’46.9″N 9°11’52.4″W

A ÚNICA GEOESTRATÉGIA AO NÍVEL DO SÉCULO XXI


 Martinho Júnior | Luanda 

"Os gansos de cisnes selvagens (disseminados por toda a Ásia, mas não povoadores da Europa) são capazes de voar longe e com segurança, através dos ventos e das tempestades, porque eles se movem em bandos e se ajudam como se faz numa equipe." – extracto de uma das intervenções do Presidente Xi Jinping. 

1- Nos dias 14 e 15 de Maio realizou-se em Pequim o Fórum “Belt and Road” para a Cooperação Internacional, a única geoestratégia ao nível das potencialidades e exigências do século XXI, que por via da inclusão poderá eclipsar a hegemonia unipolar, incapaz de contrapropor algo similar.

A “Nova Rota da Seda” tem a China como trampolim e prevê o estabelecimento dum encadeado enorme de projectos entre os portos chineses do Pacífico e os portos europeus do Atlântico, quer por via marítima, quer atravessando a massa continental entre a Ásia e a Europa.

A “Nova Rota da Seda” é “inclusiva”, quer dizer: a multipolaridade está a ponto de entrosar todos os interesses elevando a fasquia dos relacionamentos económicos, comerciais, financeiros, sócio-políticos e culturais a um nível sem paralelo, nos termos duma “globalização” que nada tem a ver com o obsessivo domínio da hegemonia unipolar, que inexoravelmente se espera se irá diluindo, restando a sua memória enquanto referência dum modelo capitalista arcaico e mentor, no seu estertor, da pior espécie de barbaridades, caos e terrorismo.

2- Uma nova era carregada de esperanças para uma fatia maioritária da humanidade teve em Pequim a sua janela aberta, uma janela que não impedirá os povos de encontrar as melhores opções para os seus próprios projectos nacionais, para os seus próprios destinos, inclusive os indexados ao socialismo, à democracia paricipativa e ao desenvolvimento sustentável.

Face à “globalização inclusiva” a “civilização judaico-cristã ocidental” nada tem como contrapartida viável, pelo que o único remédio é mesmo incluir suas capacidades nessa geoestratégia que irá contribuir para mudar em definitivo os termos da globalização… e quanto mais tarde o fizer, mais nocivo para seus próprios interesses.

Os desequilíbrios contemporâneos tenderão a atenuar-se com uma geoestratégia dessa natureza, que implica um ambiente de paz cosmopolita, onde se poderão ir também espelhando os interesses das comunidades e dos povos.

3- Segundo Pepe Escobar, um jornalista esclarecido sobre o andamento dessa geoestratégia, “as grandes ideias por trás desse grande plano chinês, no entanto, ainda estão se perdendo em tradução.

Inicialmente, esta via expressa trans-asiática foi anunciada como One Belt, One Road (OBOR), uma tradução literal do chinês yi dai yi lu.

Agora, é a Iniciativa de Cinturão e Estrada (BRI), mas que ainda não vai até o Ocidente, mesmo que a China tenha tentado adicionar um pouco de soft power nela, na tentativa de ‘vender’ o Belt and Road para crianças de língua inglesa.

Eu fiz a cobertura dessa nova estrada da seda desde que ela foi anunciada pela primeira vez, em 2013.

A ideia começou no Ministério do Comércio e depois se desenvolveu como uma extensão natural da campanha Go West - focada no desenvolvimento da província ocidental de Xinjiang - lançada em 1999.

O Ministério do Comércio agora reitera que a OBOR/BRI é um plano global e não apenas ligado à presidência Xi Jinping.

A cúpula de Pequim tenta retratar como o seu ambicioso conceito de comércio livre se tornou uma visão compartilhada win-win multilateral que conecta toda a Eurásia. Ou, para colocá-lo de forma mais simples, globalização Mark II. Ou 2.0”…

No Fórum recente realizado em Pequim, sob os auspícios do Presidente chinês Xi Jinping houve uma atracção de interesses provenientes de todo o mundo, desde os Países Não Alinhados, aos europeus e até dos Estados Unidos, representados por Matt Pottinger, Assistente Especial do Presidente e Diretor Sénior para o Leste Asiático no Conselho de Segurança Nacional.

Como a Federação Russa é incontornável nas ligações este-oeste, o Presidente Putin e oMinistro das Relações Exteriores, Segey Lavrov, destacaram-se pels suas interveções, importantes em relação à espinha dorsal dageoestratégia e para as derivas enunciadas desde já: Paquistão e Turquia.

A Federação Russa é fundamental para as articulações que possibilitam a integração dos componentes da Ásia Central, do Mar Cáspio, do Irão, da Turquia e, mais a ocidente, da Bielorrússia.

Segundo ainda Pepe Escobar, “a maioria dos países do ocidente ainda precisa de um meteorologista para ver em que direção o vento está soprando. E muitos meios de comunicação ocidentais gostam de rejeitar a OBOR/BRI tratando-a como uma conspiração, um esquema ou uma tentativa chinesa de cercar a Eurásia.

Apenas um líder do G7 esteve em Pequim – o primeiro-ministro italiano, Paolo Gentiloni, muito empenhado em investigar as ligações simbióticas entre o programa da indústria italiana 4.0 e a iniciativa madeireira China Made in China/2025.

Angela Merkel pode ter recusado o convite para a cúpula; mas não importa, porque os industriais alemães estão todos com o OBOR/BRI”…

A 1 de Janeiro deste ano, partiu de Zengzhou em direcção a Londres o comboio inugural da Nova Rota da Seda do século XXI…

Segundo o RussiaToday de 5 de Janeiro de 2017: “operado por la Corporación de Ferrocarriles de China, el tren partirá desde la estación de Yiwu, en la provincia oriental de Zhejiang, para recorrer durante 18 días los más de 12.000 kilómetros que lo llevarán hasta Londres.

Antes de su destino final, el tren chino de carga deberá pasar por Kazajistán, Rusia, Bielorrusia, Polonia, Alemania, Bélgica y Francia”…

Conforme o Presidente Xi Jinping: "a Grande Eurásia não é um arranjo geopolítico abstrato; sem exagero, é um projeto verdadeiramente civilizatório, voltado para o futuro."

À hegemonía unipolar, só resta paulatinamente e em relação ao futuro, pôr fim aos termos dum domínio anglo-saxónico avassalador e desequibrador, integrando uma “globalização inclusiva”que abarcará irreversível e inexoravelmente os próprios territórios que compõem o espaço físico-geográfico da “civilização judaico-cristã occidental”…

A NATO já está obsoleta e nem o Presidente Trump, com todo o arsenal estado-unidense, poderá evitá-lo de facto, muito menos fazendo uso de qualquer tipo de argumento ou cosmética!

A consultar de Martinho Júnior:
JOGO DE CINTURA RUSSA ENTRE ATRACÇÃO E REPULSÃO – http://paginaglobal.blogspot.pt/2017/04/jogo-de-cintura-russa-entre-atraccao-e.html
A GEOESTRATÉGIA RUSSA RESPONDE À HEGEMONIA UNIPOLAR – http://paginaglobal.blogspot.com/2014/02/a-geoestrategia-russa-responde.html
A RÚSSIA NA BATALHA PELO ESPAÇO A NORTE DO MAR NEGRO – http://paginaglobal.blogspot.com/2014/03/a-russia-na-batalha-pelo-espaco-norte.html

A consultar:
China pone en funcionamiento el primer tren de carga con destino a Londres – https://actualidad.rt.com/actualidad/227690-china-funcionamiento-primer-tren-londres
China to invest heavily in Belt and Road countries – http://www.chinadaily.com.cn/cndy/2017-05/13/content_29328683.htm
The Belt and Road Initiative – A road map to THE FUTURE – https://beltandroad.hktdc.com/en/belt-and-road-basics

Ilustrações: O símbolo do “Belt and Road Inniciative”; Mapa da abrangência inicial da geoestratégia; O Presidente Xi Jinping no Fórum; Foto oficial de Xi Jinping e Putin.

DESCENTRALIZAR A EDUCAÇÃO E MAIS PORTUGUÊS NAS ESCOLAS TIMORENSES




Especialistas timorenses recomendam escolas com autonomia e mais português no currículo. Ao mesmo tempo, as agências internacionais, com agendas estruturadas, prejudicam a implantação da língua portuguesa em Timor-Leste.

O ensino da língua portuguesa logo no início dos primeiros anos de escolaridade, com carga horária semanal muito mais intensa, e a existência de escolas timorenses com mais autonomia em respeito pelos princípios de democraticidade e de participação defendidos na lei de bases da educação, para além de fortes críticas às agências internacionais que querem “aniquilar a língua portuguesa em Timor-Leste”, foram algumas das recomendações e preocupações enunciadas no Seminário que ocorreu no dia 3, no Auditório do Arquivo e Museu da Resistência Timorense (AMRT), em Díli.

Língua Portuguesa em Díli, sessão de abertura

A sessão de abertura deste Seminário, promovido pela Embaixada de Portugal em Díli, e no âmbito da Semana da Língua portuguesa que decorre de 2 a 6 de Maio na capital timorense, contou com a presença do Ministro da Educação de Timor-Leste, António da Conceição, e do Embaixador de Portugal em Díli, Manuel Gonçalves de Jesus.

O Director da Unidade de Produção e Disseminação do Conhecimento da Universidade Nacional de Timor Lorosa´e (UNTL), Vicente Paulino, no âmbito da comunicação que apresentou, intitulada, «Cultura e Língua Portuguesa em Timor-Leste: assimilação histórico-cultural, cooperação, tensões e implicações no ensino», teceu sérias críticas aos governantes timorenses afirmando que a falta de “consistência política” dificulta a consolidação do português e contribui para “a tensão linguística no país”.

Vicente Paulino sobrepôs que os problemas começaram quando se decidiu incluir na Constituição da República o português como língua oficial, em conjunto com o tétum, e que ao nível do sistema educativo devia-se “ter adoptado o português como única língua de instrução”, tendo formulado sérias críticas às organizações internacionais que têm um programa anglo-saxónico conhecido por S.O.S. a ser realizado em todo país.

Neo-liberalismo prejudica países frágeis e vulneráveis

Azancot de Menezes, Assessor Nacional do Departamento do Currículo do Ensino Superior do Ministério da Educação, que apresentou uma comunicação com o tema «Elementos essenciais da Escola eficaz e autónoma. Uma perspectiva em contexto global e local», criticou de forma contundente o “neo-liberalismo hegemónico que prejudica os países do hemisfério Sul e em particular as Nações frágeis e mais vulneráveis como Timor-Leste”, referindo que há “agências internacionais com agendas estruturadas a interferir nas decisões soberanas do país e a prejudicar gravemente a implantação da língua portuguesa”.

Azancot de Menezes, especialista em educação, e antigo pró-reitor da Universidade de Díli, em relação à organização e ao funcionamento do sistema educativo, sustentou que no “respeito pela descentralização da educação”, a escola timorense deve “evoluir para uma instituição mais aberta, atenta às dimensões fundamentais que caracterizam uma escola eficaz e autónoma”.

No entender do assessor nacional do Ministério da Educação, o director escolar “deve ser mais líder e menos gestor”, acrescentando que a eficácia do líder “resulta da sua concentração nas pessoas, em ouvir, em mobilizar o contributo dos voluntários, alargando o círculo de decisão”.

Assumindo-se como “acérrimo defensor das teorias críticas do currículo”, Azancot de Menezes afirmou que a decisão política que obrigou à “diminuição da carga horária do ensino de língua portuguesa nos primeiros anos de escolaridade foi um grave erro e teve como único objectivo aniquilar a inserção da língua portuguesa no país”.

Tendo recomendado que o “processo de desenvolvimento do currículo em Timor-Leste deve ser implementado com o envolvimento de professores, alunos, família, comunidade e outros agentes educativos porque as escolas devem estar organizadas para a aprendizagem reflexiva”.

Benjamim Corte-Real e Dulce Turquel

Também foram oradores no evento Benjamim Corte-Real, Director do Instituto Nacional de Linguística, com a apresentação do tema «O ensino da língua portuguesa em Timor-Leste – Espaços a conquistar», e Dulce Turquel, Directora e Fundadora da empresa ABUT, com o tema, «Percursos inclusivos e criativos de resposta a necessidades sociais e culturais».

O linguista Corte-Real advogou que “é preciso informalizar a língua portuguesa, levá-la às aldeias, através da poesia, do teatro e de outras acções”, e defendeu que a “Igreja pode e deve ter um papel mais activo” nesta matéria.

Numa linha de raciocínio similar conducente à implantação da língua portuguesa, Dulce Turquel, na sua comunicação, partilhou a experiência da ABUT na divulgação e consolidação do português em Timor-Leste através de actividades lúdicas e dos tempos livres, e na aposta e divulgação de livros em língua portuguesa junto da população mais jovem.

Neste Seminário, moderado pelo professor universitário senegalês Samba Ndiaye, com auditório completo, estiveram presentes diplomatas, representantes da Presidência da República e da Igreja, da Fundação Oriente de Díli e da Escola Portuguesa Ruy Cinatti, professores nacionais e estrangeiros, estudantes universitários timorenses e moçambicanos, funcionários do Ministério da Educação, jornalistas, e o Director do Banco Nacional Ultramarino (BNU), entre outros membros da sociedade civil e militar.


* Professor Universitário e Secretário-Geral do Partido Socialista de Timor (PST)

M. Azancot de Menezes, Díli | Também colabora no Página Global

APONTAMENTOS DA HISTÓRIA ANGOLANA | por Martinho Júnior


NA BARRAGEM DE CALUEQUE E NO ÂMBITO DA BATALHA DO CUITO CUANAVALE, FOI DESFERIDO O GOLPE QUE OBRIGOU AO FIM DO "APARTHEID"!

Martinho Júnior | Luanda 

Em Calueque, as forças progressistas angolano-namibianas-cubanas, tornaram possível duma vez por todas, passar-se da linha da frente informal de meados da década de 60, (Dar-es-Salam - Lago Tanganika - Brazzaville), para a poderosa Linha da Frente que esteve desde logo na origem da constituição da SADC, com o derrube do "apartheid" e as independências da Namíbia e do Zimbabwe, bem como com a democratização representativa na África do Sul, que obrigou ao fim do “apartheid” em finais da década de 80 do século XX...

Nesses 20 anos a internacional fascista sofreu duros reveses na África Austral e só com o capitalismo neoliberal, por via da "civilização cristã ocidental", conforme o preconizado pelo "Le Cercle", tem conseguido "salvar" alguma coisa do que teria sido um autêntico desastre não fosse o peso e as “mãos livres” da hegemonia unipolar e seu cortejo de vassalos!

Os governos portugueses do após 25 de Novembro de 1975, têm feito muito para alimentar essa"salvação", mas precisamente 100 anos depois da morte do rei Mandume, os angolanos venceram uma luta de séculos, que lhes criou pela primeira vez a capacidade de por si próprios, ciosos de unidade, independência e soberania, finalmente, progredir contra o subdesenvolvimento crónico que os arrasta para a cauda dos Índices de Desenvolvimento Humano à escala global!

O Plano do Cunene, do âmbito do Exercício ALCORA pesa ainda em muitos aspectos do presente, que se reflectem em questões que se prendem à assimilação aos procedimentos sócio-culturais vigentes no espaço “judaico-cristão-ocidental”, num mundo globalizado onde a hegemonia unipolar tarda no seu domínio em África!

Angola e a Namíbia têm agora uma oportunidade única de em paz, dando sequência aos pesados sacrifícios consentidos, construir o que for mais importante para resolver os problemas dos seus povos, que passa pela ocupação do espaço vital, pelo acesso à água (e a água do rio Cunene é muito importante para todo o norte da Namíbia) e pela criação de projectos que tragam energia em benefício do desenvolvimento sustentável comum!


No Cunene os angolanos estão a reabilitar as barragens, a revitalizar a agricultura e a pecuária e a ir mais longe: impõe-se a construção da barragem de Baynes e as ligações do Caminho de Ferro de Moçâmedes com o Caminho de Ferro de Benguela e com os Caminhos de Ferro da Namíbia, que esperam pela ligação junto à fronteira a norte de Tsumeb!

A barragem tem sido reabilitada, mas aqui coloco algumas fotos sobre ela e os acontecimentos decisivos da batalha do Cuito Cuanavale por via do golpe de Calueque, onde os MIG 23 tripulados por cubanos experientes, “acabaram com a diversão”! 

Fotos: vista aérea da barragem de Calueque; um MIG 23 da FAPA-DAA que alterou o domínio do espaço aéreo em toda a frente sul angolana face ao “apartheid”: alguns dos estragos provocados pelo bombardeamento à barragem.

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