NA
BARRAGEM DE CALUEQUE E NO ÂMBITO DA BATALHA DO CUITO CUANAVALE, FOI DESFERIDO O
GOLPE QUE OBRIGOU AO FIM DO "APARTHEID"!
Martinho Júnior | Luanda
Em
Calueque, as forças progressistas angolano-namibianas-cubanas, tornaram
possível duma vez por todas, passar-se da linha da frente informal de meados da
década de 60, (Dar-es-Salam - Lago Tanganika - Brazzaville), para a poderosa
Linha da Frente que esteve desde logo na origem da constituição da SADC, com o
derrube do "apartheid" e as independências da Namíbia e do
Zimbabwe, bem como com a democratização representativa na África do Sul, que
obrigou ao fim do “apartheid” em finais da década de 80 do século
XX...
Nesses
20 anos a internacional fascista sofreu duros reveses na África Austral e só
com o capitalismo neoliberal, por via da "civilização cristã
ocidental", conforme o preconizado pelo "Le Cercle", tem
conseguido "salvar" alguma coisa do que teria sido um
autêntico desastre não fosse o peso e as “mãos livres” da hegemonia
unipolar e seu cortejo de vassalos!
Os
governos portugueses do após 25 de Novembro de 1975, têm feito muito para
alimentar essa"salvação", mas precisamente 100 anos depois da morte
do rei Mandume, os angolanos venceram uma luta de séculos, que lhes criou pela
primeira vez a capacidade de por si próprios, ciosos de unidade, independência
e soberania, finalmente, progredir contra o subdesenvolvimento crónico que os
arrasta para a cauda dos Índices de Desenvolvimento Humano à escala global!
O
Plano do Cunene, do âmbito do Exercício ALCORA pesa ainda em muitos aspectos do
presente, que se reflectem em questões que se prendem à assimilação aos
procedimentos sócio-culturais vigentes no espaço “judaico-cristão-ocidental”,
num mundo globalizado onde a hegemonia unipolar tarda no seu domínio em África!
Angola
e a Namíbia têm agora uma oportunidade única de em paz, dando sequência aos pesados
sacrifícios consentidos, construir o que for mais importante para resolver os
problemas dos seus povos, que passa pela ocupação do espaço vital, pelo acesso
à água (e a água do rio Cunene é muito importante para todo o norte da Namíbia)
e pela criação de projectos que tragam energia em benefício do desenvolvimento
sustentável comum!
No
Cunene os angolanos estão a reabilitar as barragens, a revitalizar a
agricultura e a pecuária e a ir mais longe: impõe-se a construção da barragem
de Baynes e as ligações do Caminho de Ferro de Moçâmedes com o Caminho de Ferro
de Benguela e com os Caminhos de Ferro da Namíbia, que esperam pela ligação
junto à fronteira a norte de Tsumeb!
A
barragem tem sido reabilitada, mas aqui coloco algumas fotos sobre ela e os acontecimentos
decisivos da batalha do Cuito Cuanavale por via do golpe de Calueque, onde os
MIG 23 tripulados por cubanos experientes, “acabaram com a diversão”!
Fotos:
vista aérea da barragem de Calueque; um MIG 23 da FAPA-DAA que alterou o
domínio do espaço aéreo em toda a frente sul angolana face ao “apartheid”:
alguns dos estragos provocados pelo bombardeamento à barragem.
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