sexta-feira, 30 de junho de 2017

O PERIGO DOS CRITÉRIOS DE JOSÉ MÁRIO VAZ MANIFESTAM-SE DESCARADAMENTE



Chamam-lhe JOMAV para simplificar, talvez para poupar a saliva naquele país quente onde a água potável vale ouro, mas ele chama-se José Mário Vaz (na foto) e é presidente da República da Guiné-Bissau. Um alegado republicano que comporta a censura na comunicação social em altar. Isso mesmo demonstrou à boca cheia em pedido verbal aos jornalistas, efetuado na passada segunda-feira:  "Aos jornalistas vou pedir só uma coisa. Vamos fazer como faz Cabo Verde. Se eu falar coisas que coloquem a Guiné-Bissau mal lá fora, cortem", afirmou José Mário Vaz, segundo a Lusa, no DN.

Para já ignorávamos que Cabo Verde, alegado país mais democrático de África, segundo os “sábios” internacionais, tem jornalistas que também são censores e assim adulteram a profissão… Mas o que está agora em causa é a Guiné-Bissau e o tal JOMAV pseudo democrata e, por isso, concordante da censura.

Ora os critérios deste afamado presidente guineense que tem levado avante um mandato de tropelias antidemocráticas e esquizóides demonstram a sua falta de respeito pelos acordos internacionais e, principalmente, pela constituição da República a que ele preside, porque ali nada consta relativamente à legalização de qualquer espécie de censura. Antes pelo contrário, legitima a liberdade de informação e de expressão, entre outras.

A seguir as declarações do bastonário da Ordem dos Jornalistas, talvez um sindicato com um nome pomposo, onde se revela, nas declarações, contra os “cortes” sugeridos pelo PR defensor de inconstitucionalidades. As declarações são de afirmação contra a censura, contudo, na frase pronunciada, usa uma palavra em que lamenta não poder seguir a sugestão de JOMAV, ele diz que “infelizmente” os jornalistas não podem satisfazer o presidente no seu pedido de assumirem a tarefa de censores. Mas qual “infelizmente”? Felizmente, deveria dizer aquele sindicalista, perdão, bastonário, para que sem dúvidas se concluísse que estava do lado das regras democráticas e do que é expresso na constituição do seu país, a Guiné-Bissau. Com aquele "infelizmente" não colhe os 100%.

Ao que parece o assunto vai ter pano para mangas ou badana para toda a semana, o que na Guiné-Bissau pode significar meses ou até anos. Pior é que nestas andanças as grandes vítimas são as populações guineenses, isto porque uns quantos pseudo-iluminados, provavelmente com licenciamentos universitários saídos nas tampas premiadas de um qualquer detergente ou caixa de preservativos, se constituíram da elite e massacram permanentemente a sobrevivência e o quotidiano do povo guineense. Amílcar Cabral se visse o que ali acontece teria muito nojo de tais sebosos elitistas da política e de outros misteres do sistema putrefacto e a modos que ganzado que vigora na Guiné-Bissau.

Nem de propósito, num despacho da Lusa, ficamos a saber do recuo dos todos poderosos do regime guineense relativamente àquela agência de notícias. Para saber mais pode ler “Atividade da agência Lusa "não está suspensa" - Governo guineense" . 

E desenvolve:

"O ministro da Comunicação Social da Guiné-Bissau, Vítor Pereira, anunciou hoje, em declarações à agência Lusa, que o Governo guineense recuou na decisão de suspender a atividade da agência de notícias portuguesa naquele país.” A notícia completa-se no link acima, em Sapo 24.

A seguir as declarações do bastonário da Ordem dos Jornalistas e restante desenvolvimento, se continuar a ler.

MM | PG

Governo da Guiné-Bissau anuncia suspensão das atividades da Agência Lusa, RTP e RDP



O ministro da Comunicação Social guineense anunciou hoje a suspensão das atividades da RTP, da RDP e da Agência Lusa na Guiné-Bissau, alegando a caducidade do acordo de cooperação no setor da comunicação social assinado entre Lisboa e Bissau.

Segundo o ministro Vítor Pereira, as atividades vão ser suspensas à meia-noite de hoje (01:00 em Lisboa).

MSE // PJA // LUSA

Argumento da suspensão de RTP/RDP/Lusa é pretexto para silenciar vozes eventualmente críticas -- analista

O argumento apresentado pelas autoridades da Guiné-Bissau para suspender as atividades da RTP, RDP e Lusa a partir de sábado é "apenas um pretexto" para "silenciar vozes eventualmente críticas" ao regime "ilegal" do Presidente, disse hoje um analista guineense.

Em declarações à agência Lusa, o comentador político, poeta, jornalista, escritor e ainda vice-presidente da Associação de Escritores da Guiné-Bissau (AEGB), considera quem, independentemente de uma alegada caducidade do contrato, "não há razões válidas" para que o assunto não seja devidamente tratado no quadro de uma cooperação bilateral "que é histórica".

"O que está a acontecer com a RTP, RDP e Lusa enquadra-se num processo de subversão da ordem estabelecida. O Governo constitucional e eleito de Carlos Gomes Júnior foi derrubado com a fora das armas, com a participação de muitos civis que, hoje, aparecem novamente ou no poder ou na periferia desse poder", argumentou, referindo-se ao golpe de Estado de Abril de 2012.

"Há uma tentativa de silenciamento dos 'media' guineenses, há uma ordem praticamente dada pelo chefe de Estado (José Mário Vaz) para que os jornalistas guineenses enveredem pela autocensura e o que está a acontecer com a RTP, RDP e Lusa é exatamente a outra face da mesma moeda, que visa silenciar vozes contrárias e críticas e, sobretudo, não permitir que a verdade seja tratada com idoneidade, ética e deontologia", acrescentou.

No dia 26, José Mário Vaz pediu hoje aos jornalistas para contribuírem para a construção do país, evitando passar mensagens que ponham em causa a Guiné-Bissau: "A partir de agora peço aos jornalistas para passarmos só boas mensagens da Guiné-Bissau. Ajudarmos a Guiné-Bissau".

Hoje, em declarações à Lusa, Tony Tcheka lembra o "grande apoio ao serviço público" prestado por Portugal e pelos três órgãos de comunicação social portugueses presentes na Guiné-Bissau praticamente desde a independência na cobertura de conflitos, golpes de Estado e outros episódios do país, considerando que RTP, RDP e Lusa constituem um "exemplo inigualável e imbatível" da história guineense.

"Não há clareza por trás da decisão de usar este pretexto (de caducidade do acordo) para silenciar órgãos de comunicação social", frisou.

"Estamos perante uma situação, sobretudo até porque o próprio Presidente já admite convocar eleições antecipadas, para criar condições para que tudo seja feito, não pela força das armas, mas através de ações palacianas, que visam não só enfraquecer a oposição como a própria comunicação social. É um plano maquiavélico", afirmou.

Para o autor do livro de poesia "Noites de Insónia em terra Adormecida", a Guiné-Bissau tem um governo criado "à margem da lei, dos acordos internos (Constituição) e internacionais (Acordo de Conacri)".

"É uma atitude de desespero, mais uma jogada a ver se consegue passar impune pelo temporal que está a assolar a Guiné-Bissau, em que (o Presidente) está a passar pela chuva sem se molhar, apontando sempre o dedo aos outros", sustentou.

"Há um plano maquiavélico que prejudica o país e que tem estado a adiar o desenvolvimento da Guiné-Bissau. Todas as vozes, independentemente da cor política, devem-se levantar e opor-se a esta tentativa que configura, em última análise, um golpe de Estado palaciano", concluiu.

O ministro da Comunicação Social guineense anunciou hoje a suspensão das atividades da RTP, da RDP e da Agência Lusa na Guiné-Bissau, alegando a caducidade do acordo de cooperação no setor da comunicação social assinado entre Lisboa e Bissau.

Em conferência de imprensa, Vítor Pereira informou que a partir da meia-noite de hoje em Bissau (01:00 em Lisboa) ficam suspensas todas as atividades naquele país dos três órgãos portugueses até que o governo de Lisboa abra negociações para a assinatura de um novo acordo.

A Guiné-Bissau tem vivido uma situação de crise institucional desde as últimas eleições, com um afastamento entre o partido vencedor das legislativas e o Presidente da República, também eleito.

O atual Governo não tem o apoio do partido que ganhou as eleições com maioria absoluta e este impasse político tem levado vários países, entre os quais Portugal, e instituições internacionais a apelarem a um consenso.

PJA/JSD // VM // LUSA

Suspensão da RTP, RDP e Lusa constitui "uma limitação da liberdade de imprensa"- UE em Bissau

O representante da União Europeia em Bissau, Victor Madeira dos Santos, considerou hoje "uma limitação da liberdade de imprensa" a decisão do Governo guineense de suspender a atividade da RTP, da RDP e da Agência Lusa.

"Nós estamos atentos, em contacto uns com os outros [Bissau e Bruxelas] para decidir qual é a atitude a tomar, mas é evidente que isto é para nós uma limitação da liberdade de imprensa e que terá de ser tratada da maneira que merece", lamentou o representante da União Europeia (UE), em declarações à agência Lusa.

O ministro da Comunicação Social guineense anunciou hoje a suspensão das atividades da RTP, da RDP e da Agência Lusa na Guiné-Bissau, alegando a caducidade do acordo de cooperação no setor da comunicação social assinado entre Lisboa e Bissau.

Em conferência de imprensa, Vítor Pereira informou que a partir da meia-noite de hoje em Bissau (01:00 em Lisboa) ficam suspensas todas as atividades naquele país dos três órgãos portugueses até que o governo de Lisboa abra negociações para a assinatura de um novo acordo.

Victor Madeira do Santos acrescentou que a UE "está atenta" ao desenrolar da situação, estando aquela instituição em "contacto estreito" com o Governo de Portugal, ao nível das duas embaixadas, como ao nível da representação permanente e da sede da União Europeia em Bruxelas.

"Estão a decidir qual será a melhor atitude a tomar relativamente àquilo que aconteceu", disse.

Víctor Madeira dos Santos acrescentou ainda que a UE está "à espera" da primeira reação do Governo português para depois decidir-se se vai ser criada uma ação conjunta ao nível da UE ou se o Governo português vai continuar em ações bilaterais neste processo.

O governante adiantou ainda na conferência de imprensa que caberá aos responsáveis dos três órgãos de comunicação social portugueses a gestão concreta dos recursos no terreno, mas deixou claro que "a decisão de suspensão das atividades é explícita".

A suspensão das atividades, acrescentou o ministro, não tem qualquer relação com os conteúdos que os três órgãos difundem, mas salientou que Bissau considera que é necessário "revisitar e renegociar" as condições do acordo de cooperação, celebrado há 20 anos.

Desde a assinatura do acordo no domínio da comunicação social entre os governos de Bissau e Lisboa, ocorreram mudanças na sociedade e no panorama da própria comunicação social, explicou Vítor Pereira.

O governante explicou que, desde há 14 anos, Bissau tem tentado sentar-se à mesa das negociações com o Governo português, mas "sem sucesso".

O ministro guineense disse que não teve qualquer resposta da parte portuguesa à carta, pelo que manteve a decisão de suspender a atividade das empresas portuguesas, alegando que a parte guineense "fez todos os esforços" para evitar esta situação.

"Infelizmente todos os nossos esforços tiveram como resposta um preocupante e injustificável silêncio da parte portuguesa", referiu Vítor Pereira.

A Guiné-Bissau tem vivido uma situação de crise institucional desde as últimas eleições, com um afastamento entre o partido vencedor das legislativas e o Presidente da República, também eleito.

O atual governo não tem o apoio do partido que ganhou as eleições com maioria absoluta e este impasse político tem levado vários países, entre os quais Portugal, e instituições internacionais a apelarem a um consenso.

HYT (ALU/MB/MSE) // VM // LUSA

PR E GOVERNO DA GUINÉ-BISSAU IMPÕEM LEI DA ROLHA PARA SILENCIAR COMUNICAÇÃO SOCIAL



Governo português diz que suspensão da Lusa, RTP e RDP em Bissau é atentado à liberdade de imprensa


O Governo português classificou hoje como "um atentado à liberdade de expressão e à liberdade de imprensa" a intenção do executivo guineense de proceder à suspensão das atividades da RTP, da RDP e da Agência Lusa na Guiné-Bissau.

Em comunicado enviado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), o Governo português "lamenta profundamente a ameaça de suspensão das atividades da RTP, da RDP e da Agência Lusa em Bissau" e considera que "este tipo de ultimatos é inaceitável, especialmente quando se trata de dois países ligados por laços tão estreitos, como Portugal e a Guiné-Bissau".

"Tal intenção constitui igualmente um atentado à liberdade de expressão e à liberdade de imprensa, princípios expressamente consagrados na Constituição da República da Guiné-Bissau e igualmente garantidos através dos compromissos internacionais que a Guiné-Bissau assumiu no plano multilateral, incluindo no âmbito das Nações Unidas e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa", sublinha a nota do Governo português.

NVI // VM // LUSA

MATERIAL DE GUERRA DE TANCOS PARA O ESTADO ISLÂMICO? NUNCA SE SABE…




Este devia ser o Expresso Curto matinal no formato rigoroso do habitual, mas não. Já não são horas disso. Estamos quase na hora do lanche. Se bem que para muitos parasitas seja agora hora do pequeno-almoço. Isso é outro assunto, contudo não será agora que pegamos no spray antiparasitas. Adiante. Pois.

Ricardo Marques, do burgo do tio Balsemão Bilderberg, conhecido por Expresso e sei lá que mais, foi quem serviu o Curto que nos dá a possibilidade de estar para aqui a teclar. Boa tarde.

Ricardo traz novamente os fogos à baila, depois de uma citação em inglês para quem perceba. Pois. Até dá ganas de também preencher esta prosa com uma citação em tétum… Só para Ricardo ficar às aranhas, como tantos e imensos portugueses ficarão com o inglês ricardoide. Adiante, come back son, you're forgiven. Pois.

Por aqui, no PG, não estamos nessa de dar mais relevo a políticos badalhocos. Daqueles que fazem política sobre os cadáveres de 64 vítimas dos fogos e que até inventam suicídios. Passos Coelho é mesmo um grande porcalhão mental e político, um manipulador dotado de uma deslealdade e falta de respeito e decência para com todos que não são ele e talvez mais uns quantos amigalhaços. Adiante.

E então não é que agora (ou já há tempos?) se instalou em Portugal um circo a que vulgarmente chamam tropa e que é uma bandalheira? Bonito serviço… As chefias militares endoidaram e rasgaram o RDM? E também todos os preceitos escarrapachados para cumprir à risca a doutrina nem que lhe passe um mangalho pela boca? Desculpem este palavreado caserneiro mas é para ver se os tropas entendem alguma coisa do que aqui é escrito. É em português, não é noutras línguas. Certo?

Todo este minidesaforo porque ontem diziam que tinham roubado de uma unidade em Tancos cerca de 100 granadas e algumas munições de 9 milímetros (de guerra buracona). Afinal tudo foi atualizado. Para pior.

Citação (dos jornais em português): “Quarenta e quatro lança-granadas e quatro engenhos explosivos "prontos a detonar" foram roubados das instalações militares dos Paióis Nacionais de Tancos na quarta-feira, foram ainda roubadas 120 granadas ofensivas e 1500 munições de calibre 9mm (apenas autorizado a forças de segurança e militares) e 20 granadas de gás lacrimogéneo.”

Carago, é obra!

Foi declarado que as câmaras da segurança de videovigilância estão avariadas há um ano. Não há verba para as reparar ou a todo o sistema (não sabemos realmente qual a abrangência da avaria). Bandalheira. Chefias da treta. Generais pum-pum. E outros que tais.

Até apetece perguntar: se assim é porque não existe guarda permanente aos paióis? Agora já não se usa devido às novas tecnologias? E também não existem rondas in loco porque fazem as rondas por vídeo? Ai tão finos que os Maria Alice estão!

Claro que houve fugas da unidade sobre o estado da falta de vigilância, de controle, dos paióis. E claro que o material de guerra roubado só serve a grandes organizações do crime organizado e a terroristas, o que é praticamente a mesma coisa.

Claro que as chefias militares têm toda a responsabilidade pelo que aconteceu, começando pelas altas patentes e terminando nas intermédias-baixas. Uma bandalheira!

Não é a desculpa da falta de verbas para reparar o sistema de videovigilância que serve de justificação porque, assim sendo, existem militares, soldados, que podem fazer os turnos de guarda aos paióis em permanência, além das rondas que garantam a operacionalidade. Ou será que já não existem militares, soldados, cabos e sargentos, pelo menos, nas unidades militares?

Sabem que mais? O RDM e afins (Regulamento de Disciplina Militar), é impossível de cumprir. A essa conclusão chegou o tipinho que o escreveu… Que depois se suicidou porque afinal não tinha pedido autorização ao seu superior hierárquico para o escrever – é o que dizem. Mesmo sendo impossível de cumprir na totalidade existem procedimentos militares que praticamente nem precisariam de regulamentação porque qualquer pessoa sabe que material de guerra deve ser permanentemente guardado. Até um miúdo sabe que tem de tomar cuidadosamente conta da sua fisga, quanto mais militares profissionais!

Desculpem lá… Aqui há gato. Pois.

Sigam para o Expresso Curto. À vontade, porque esta tropa demonstra que está toda uma grande bandalheira… Até é provável que ande a fornecer material de guerra ao dito Estado Islâmico. Não? Ora, desde que se viu porcos a andar de bicicleta e homens com a cabeça na lua, mesmo lá na lua, juntamente com o resto do corpo, tudo é possível.

Mancebos, do general ao básico, mostrem que sabem andar na tropa.

Depois de escrito, soma e segue:

A lista negra do material de guerra “roubado” aumenta a conta-gotas… Ainda há mais? E porque não referem exatamente as quantidades, senhores generais pum-pum?

O Exército revelou que foi roubado mais material de guerra do que inicialmente se supunha. Entre o material roubado na quarta-feira dos Paióis Nacionais de Tancos estão "granadas foguete anticarro", granadas de gás lacrimogénio e explosivos, mas não divulgou quantidades.



MM | PG

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