segunda-feira, 28 de agosto de 2017

PORTUGAL | Venham lufadas de ar fresco



Manuel Carvalho da Silva* | Jornal de Notícias | opinião

Vamos caminhando para o fim de um verão carregado de tragédias e ventos estiolantes. Diversificados descuidos humanos, a persistência em políticas centradas em objetivos de lucro ou ganhos políticos imediatos, o abandono de valores democráticos na organização da sociedade e do trabalho em contínuas cedências ao neoliberalismo, são as causas fundamentais do duro sofrimento que os povos (incluindo o português) experimentam neste delicado período histórico que vivemos.

Ao iniciarmos um novo ano de trabalho, há que buscar lufadas de ar fresco que reponham esperança e confiança no futuro. A discussão do Orçamento de Estado (OE) deve ser feita com esse objetivo, o que pressupõe uma identificação profunda entre o que se inscreve no OE e as políticas propostas para tratar dos problemas concretos das pessoas, das empresas e organizações, da sociedade no seu todo.

Há setores da economia que têm andado bem mas mostram défices que urge tratar. A ideia de o desenvolvimento do país poder assentar na monocultura do turismo e do imobiliário vem sendo demasiado tolerada e assenta muito no prosseguimento de políticas de baixos salários. Nas últimos meses, escutei, em várias zonas do continente e na Madeira, queixas de empresários sobre o "esgotamento da mão de obra disponível", designadamente no subsetor da restauração. Isto só é possível por duas razões: não existência de suficiente valorização do trabalho aí prestado e atraso na definição de novas estratégias empresariais, face às possibilidades do setor.

QUATRO “PÉROLAS” DO PORTUGAL RESSABIADO, SEM TIRAR NEM PÔR




Mário Motta, Lisboa

Neste mês de Agosto temos trazido muito pouco sobre Portugal ao Página Global, isso repete-se hoje. Para remediar vamos oferecer-lhe quatro “pérolas” com mau odor do Portugal ressabiado, inseridas nos títulos da informação online, basicamente no Notícias ao Minuto. Escolhemos intencionalmente uns títulos que poderá visitar e melhor se inteirar sobre o que preenchem.

Começamos com Duarte Marques, do PSD, deputado, antes pinchador e abana bandeiras em tom laranja. Disse ele: “Suspeitas de fogo posto dão jeito a muita gente”

Pois claro, senhor Duarte, imberbe e arraçado de potencial ignorante. Não será de seu tempo mas a direita do pós 25 de Abril de 1974 produziu muitos incendiários e bombistas para desestabilizar o país… Indo mais perto e por bem rebuscámos a definição de quem é Duarte Marques. Quase que dizem em Luso PT que o sujeito é clone de Passos Coelho, mas que desses há lá muitos. E então saibam quem é quem: 

"Duarte Marques é deputado na Assembleia da República, eleito pelo PSD. É também uma figura que o partido pretende lançar para a fila da frente, já que se trata de alguém que tem aparecido muito nos meios de comunicação social. É, sem dúvida, uma aposta do seu partido. E isso não é de admirar, não senhor. Duarte Marques espelha na perfeição a cultura do seu partido. É superficial. É perito em afirmar o que quer que lhe venha à cabeça, sem nunca sustentar as afirmações. É obcecado pelo partido socialista. É perito em distorcer a verdade com singular superficialismo. É mentiroso. Inculto. Abestalhado. É um perfeito laranja podre."

Bem damos pelo odor a podridão.


Claro que sim. Para fazer de Portugal uma imensa plantação de eucaliptos? Ir mais longe para poder rezar por muito mais tempo? Para quê? Bem, não vale fazer mais campanha eleitoral aproveitando-se das desgraças, dos fogos, das vítimas… Esse vale tudo é hediondo, senhora.


O fulano é um exagerado, mentiroso, manipulador, frustrado, perigoso. De vómitos. Lá está ele, um produto made in PSD que clona Passos Coelho a eito. E depois dá no que dá, vide Duarte Marques e outros. De salientar ainda que para Passos dar é palavra desagradável, proibida. O contrário acontece com tirar, que é uma das suas palavras preferidas sempre que corresponde a tirar ao povo, aos que trabalham. Conforme o fez por quatro anos de péssima memória.

Em Castelo de Vide vai acontecer um evento do PSD: Universidade de Verão do PSD terá Cavaco como 'cabeça de cartaz' 

Cavaco ainda mexe. Lemos mal e foi selecionado este título que em nada interessa. Fica aqui por ser “curioso” e versar a realidade daquela cabeça. O que lemos assim de repente foi: “terá Cavaco como cabeça p’ra trás”. Certamente de cabeça no tempo em que ele era um salazarista convicto e um PIDE atarefado a informar em “defesa do estado”… fascista. Um bufo, sem tirar nem pôr.

Timor-Leste | Casal português está chocado por condenação em Díli num processo de "mentira"



Díli, 24 ago (Lusa) - Um casal de portugueses condenado hoje a oito anos de prisão por um tribunal timorense declarou-se "chocado" com a sentença, num processo que dizem ter-lhes roubado três anos de vida, saúde, estabilidade económica e o bem-estar da família.

"Esta mentira roubou não só a nossa vida, como também a vida das nossas crianças, a vida da nossa família, mas também a confiança das pessoas que amam este país", escrevem Tiago e Fong Fong Guerra numa mensagem enviada à Lusa.

"Nada temos para devolver a Timor-Leste. Porque nada roubámos, não temos nem nunca tivemos em nossa posse nenhum valor nem nada que pertença a Timor. Tudo o que temos e tivemos é do conhecimento do tribunal, comprovado por documentos emitidos pelas devidas entidades e autoridades", notam ainda.

A mensagem enviada por correio eletrónico é a primeira reação do casal depois de um coletivo de juízes do Tribunal Distrital de Díli os ter condenado a oito anos de prisão efetiva e ao pagamento de uma indemnização de 859 mil dólares por peculato.

O casal está retido há quase três anos em Díli impossibilitado de sair do país tendo vivido a quase totalidade desse período - enquanto aguardavam pelo julgamento - longe dos filhos que estão com os avós em Portugal.

"A Justiça Timorense já nos tirou três anos de vida, a nossa saúde, a nossa estabilidade emocional e económica e, principalmente, o bem-estar da nossa família e dos nossos filhos", escrevem.

Na nota o casal considera-se bode expiatório num processo em que "a verdade deixou de ser relevante" e em que por ser "preciso culpa alguém" se escolheram os dois portugueses.

Tiago e Fong Fong Guerra, que assinam a declaração, explicam que sempre confiaram que o Tribunal de Díli "veria claramente que a história criada pelo Ministério Público não corresponde à verdade", como dizem ter-se demonstrado no julgamento.

"Nenhuma prova incluída no processo, nem nenhuma testemunha corroborou a tese criada pelo Ministério Público ou confirmou qualquer dos factos que alega. Somos inocentes e o tribunal tem em sua posse as provas dessa inocência", escrevem.

O casal Guerra diz que nos últimos anos sempre fez tudo para colaborar com a justiça, fornecendo todos os documentos que comprovam a sua inocência, acabando por ser confrontados com uma sentença que "segue exatamente a história montada pelo Ministério Público, nuns casos ignorando as provas documentais e, noutros, fazendo interpretações dos documentos sem qualquer sentido".

"Esta decisão do tribunal de Díli é chocante para nós. Temos a forte sensação que estamos a ser acusados, perseguidos e discriminados por termos tido a má sorte de nos cruzarmos com um burlão profissional que a todos enganou, incluindo a nós, e é preciso um bode expiatório", refere, confirmando que vão recorrer do caso.

Os dois portugueses foram julgados pelos crimes de peculato, branqueamento de capitais e falsificação documental sendo central ao caso uma transferência de 859 mil dólares (792 mil euros), feita em 2011 a pedido do consultor norte-americano, Bobby Boye.

Boye foi um consultor pago pelo governo norueguês e posteriormente pelo governo timorense e que chegou a ser coarguido neste processo.

O tribunal deu como provado todos os factos da acusação considerando que os arguidos pretendiam com esta operação apropriar-se do dinheiro, dissimulando-o como fundos próprios para exonerar-se da sua responsabilidade criminal.

Considerando falso o alegado conluio com Boye, o casal diz que ter sido "enganado e usado" pelo consultor, da mesma forma que foram os Governos da Noruega e de Timor-Leste.

"O mais inacreditável é que, segundo os autos do processo, quem apresentou a denúncia deste caso ao Ministério Público foram as mesmas pessoas responsáveis pelo contrato de Bobby Boye, que junto com outros funcionários do Ministério das Finanças estavam informadas sobre tudo o que ele fazia, enquanto nós nada soubemos do que se passava até tudo vir a público. Como é possível sermos nós, que nada sabíamos, acusados e condenados?", escreve, referindo-se a um processo que consideram "kafkiano".

ASP // EL

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E ainda histórico sobre Timor-Leste

MACAU: Dois tufões em quatro dias, 10 mortos e 200 feridos, muita destruição



Governo de Macau cria comissão de resposta a catástrofes após tufão Hato

O Governo de Macau criou hoje uma comissão de resposta a catástrofes, na sequência da passagem do tufão Hato, que causou dez mortos, mais de 200 feridos e um rasto de destruição.

Num despacho publicado, em Boletim Oficial, pelo chefe do Executivo, "é criada a Comissão para a Revisão do Mecanismo de Resposta a Grandes Catástrofes e o seu Acompanhamento e Aperfeiçoamento".

A comissão tem como objetivo "rever o atual mecanismo de gestão de crises, designadamente a previsão meteorológica, a coordenação dos trabalhos de proteção civil, a coordenação da divulgação de informações, bem como o estado das respetivas infraestruturas".

Além disso, a comissão terá como função "apresentar um plano geral sobre a gestão de crises no futuro, visando potenciar os efeitos sinergéticos da gestão de crises, designadamente no que respeita à uniformização do planeamento, da ação e da divulgação de informações, como forma de elevar a capacidade de resposta a crises, e assim, proteger efetivamente a segurança da vida e dos bens dos residentes".

Segundo o despacho, a comissão vai rever o impacto dos danos causados pelo Hato, o tufão mais forte em 50 anos, que atingiu Macau na quarta-feira e causou centenas de incidentes, incluindo quedas de árvores, de reclames, andaimes e inundações. Quatro dias depois, o território voltava a sentir uma nova tempestade, o Pakhar, que causou oito feridos.

Será também função desta comissão reforçar "o grau de atenção dispensada para a consciencialização de crises na sociedade" e as "capacidades em termos de previsões meteorológicas atempadas e precisas", entre outras tarefas.

A comissão é presidida pelo chefe do Executivo e composta pelos cinco secretários, pelo comandante-geral dos Serviços de Polícia Unitários e o diretor-geral dos Serviços de Alfândega.

ISG // EJ | Lusa

MOÇAMBIQUE | Por quê tanto “protecionismo”?



@Verdade | Editorial

Quando o Presidente da República, Filipe Nyusi, nas suas habituais e infrutíferas visitas às instituições públicas ou/e de Estado, a esperança era de que alguma coisa seria feita de modo a tirar nas instituições visitadas do marasmo em que se encontra. Note-se que, em mais uma das visitas, o Chefe de Estado encheu a boca para dizer que é preciso quebrar o mito que as Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) são a companhia de bandeira. Porém, pelos últimos acontecimentos tudo indica que não passou de mais uma conversa para os jornalistas anotarem e reportarem.

O Governo moçambicano, pois, continua a fazer vista grossa para a preocupante situação em que as LAM se encontram mergulhada há vários anos. A cada ano que se passa a situação tende a ficar pior a todos os níveis. O exemplo mais revoltante e irresponsável e que de certo modo mostra a incompetência, é o facto de recentemente o Governo ter avalizado, mais um, empréstimo de mais de meio bilião de meticais para a empresa restaurar as suas operações e apoiar a tesouraria, ascendendo, assim, a 5,1 biliões as dívidas das LAM à banca nacional.

As LAM são, sem dúvidas, campeãs em dívidas e problemas. Não é apenas a má gestão que caracteriza a dita companhia de bandeira. A empresa debate-se com problemas relacionados com atrasos de voos, cancelamentos sem nenhuma explicação, e os problemas mecânicos (as desculpas que têm sido mais invocadas) nos aparelhos das LAM que se transformaram no pão de cada dia.

É sabido que há sensivelmente dois anos as LAM encontravam- se em situação de falência técnica, tendo parado de pagar aos seus fornecedores entre 2014 e 2015 acumulando dívidas superiores a 1,6 bilião de meticais. Essa realidade parece não ser argumento suficiente para que o Governo moçambicano tome medidas com vista reverter a situação que, a breve trecho, estará numa situação insustentável.

Mas, por as LAM tratarem-se de uma vaca leiteira das figuras ligadas ao partido Frelimo, o Governo da Frelimo continua a endividar o Estado de modo a “mamar” tranquilamente à custa do sofrimento do povo moçambicano. Tudo indica que o Executivo de Nyusi está à espera de uma fatalidade para tomar medidas sérias.

Como já referimos noutras ocasiões, um Governo que respeita os seus cidadãos e que se preocupa com o seu bem-estar já teria intervencionado nas Linhas Aéreas de Moçambique.

MOÇAMBIQUE | Agressores tentam roubar armas de comando policial em Nampula



Agente é morto e outro fica gravemente ferido em ataque contra o Comando Distrital da Polícia da República de Moçambique em Mogovolas. Autoridades garantem que calma foi restabelecida, mas medo paira entre a população.

Pelo menos seis homens armados atacaram na madrugada do último domingo (27.08) o Comando Distrital da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Mogovolas, na província de Nampula. Um polícia foi morto e outro ficou gravemente ferido.

Segundo o porta-voz da Polícia moçambicana em Nampula, Zacarias Nacute, os agressores disseram que queriam denunciar um crime que ocorrera recentemente, antes de iniciar o ataque às instalações policiais.

"No momento em que os indivíduos efetuaram os disparos acabaram atingindo mortalmente um dos nossos colegas e outro contraiu ferimentos e está a receber tratamento no Hospital Central [de Nampula]", afirmou.

Zacarias Nacute acrescentou que a intenção dos malfeitores era de se apoderarem de armas e munições pertencentes à polícia, mas a ação fracassou. Apenas um suspeito foi detido.

Angola | A VITÓRIA DA BARATA



Há um mês escrevi aqui que, face à dimensão da fraude anunciada, o papel do povo angolano nestas eleições não era escolher um novo Presidente, Governo ou Parlamento, mas apenas obrigar o MPLA a tornar flagrante o seu roubo nas urnas. O povo angolano cumpriu exemplarmente.

João Paulo Batalha | Folha 8 | opinião

Se há coisa que o processo eleitoral e a forma vergonhosa como decorre a contagem dos votos demonstram é que o MPLA, que exerce uma mão de ferro sobre Angola, as suas infra-estruturas e as suas instituições, já não tem hoje qualquer poder na sociedade angolana. Manda nas coisas, mas já não comanda as pessoas. Continua a exercer, cego, os seus vícios – como o vício da soberba que o fez cantar vitória antes sequer que a própria domesticada CNE começasse a contagem dos votos. Mas a soberba choca cada vez mais de frente com a realidade. Às primeiras indicações que mostravam um luta renhida entre MPLA e UNITA, o regime suspendeu a contagem, para mais tarde colocar a CNE a anunciar, de forma patética, resultados que não tinham passado pelo crivo de qualquer centro de escrutínio, ao arrepio da lei.

Ninguém, em Angola ou no mundo, pode olhar com o mínimo de distanciamento para este processo e concluir que ele é outra coisa que não um roubo. Descarado e atabalhoado. Flagrante. A missão da cidadania em Angola está cumprida: o voto não mudou o regime; desmascarou-o. Resta agora saber o que fará a oposição: depois de esgotadas as instâncias de recurso num sistema judicial que é um mero secretariado do poder vigente, assumirá os seus lugares num Parlamento roubado, ou juntar-se-á à sociedade civil para contestar mais este crime por todas as formas pacíficas que estiverem ao seu alcance?

ANGOLA | Uma "prenda de aniversário" para José Eduardo dos Santos



Bureau Político do MPLA enviou mensagem de parabéns ao Presidente cessante, José Eduardo dos Santos, e destacou a "vitória decisiva" que os eleitores angolanos acabam de dar ao partido. Oposição tem uma visão diferente.

O chefe de Estado angolano faz 75 anos esta segunda-feira, 28 de agosto, e o Bureau Político do partido no poder, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), enviou-lhe a habitual mensagem de parabéns.

Este é último aniversário de José Eduardo dos Santos como Presidente da República, depois de quase 38 anos no cargo.

"Neste momento de festa, o Bureau Político expressa a sua profunda gratidão por tão excelente trabalho realizado, em que deixa como legado uma Angola totalmente pacificada e reconciliada, numa altura em que os seus filhos acabam de dar, com base nos dados provisórios, mais uma vitória decisiva ao MPLA, o partido do coração do povo angolano, que acaba de vencer, convincentemente, as eleições gerais de 2017", lê-se na mensagem citada pela agência de notícias Lusa.

Em jeito de balanço, o Bureau Político elogiou ainda as "qualidades de patriota consequente [de José Eduardo dos Santos], que soube manter a soberania da pátria angolana", enfrentando "todas as invasões militares externas e as vergonhosas ingerências políticas de todo o tipo".

Angola | ACEITAR TRÊS VEZES AS MESMAS KIBIONADAS (MENTIRAS) DO MPLA… NEM PENSAR!



Fernando Vumby | opinião

A Oposição não deve aceitar por nada deste mundo mais uma kibionada (mentira, manipulação) deste tamanho, pois tudo e toda razão está do seu lado.

E digo mais, melhor do que recorrer aos tribunais nacionais por não passarem de uma autentica farsa, devem recorrer ás instâncias internacionais utilizando toda influencia que tenham junto de organizações, governos europeus e americano especialmente ate porque não estou a ver outra saída de momento tirando aquelas que fazem parte dos planos ( B & C ) que alguns naturalmente devem perante tal situação.

Todo este trungungo do MPLA em não aceitar aquilo que é aceitável e inevitável  ate porque os factos falam por si mesmos se atribuindo vitoria onde ela não existiu, só  apanhou de surpresa aqueles que sempre ignoraram as potencialidades criminosas deste regime.

Creio que ninguém por este país inteiro ao longo destes anos todos escreveu mais do que eu, de que confiar neste regime do MPLA  é o mesmo que masturbar um morto e esperar pacientemente  a sua ejaculação.

Importa não esquecer que toda a trajetória e percurso do MPLA é marcado por manipulações e mentiras, e mentir até  mesmo a si próprio, isto já nem constitui  para eles como a pior mentira  que se pode cometer.

Mentir, mentir e mentir sempre, manipular e manipular sempre para não assumir as suas próprias fraquezas, a falência dos seus sonhos, a tristeza e decepções por serem tão incompetentes e não conseguirem ser honestos - isto já é utilizado pelo MPLA como uma espécie de arma de combate para não deixar outros governarem o país.

Inutilmente eles se iludem ate a si mesmos com as manipulações e mentiras  que criam, pois no fundo das suas consciências, se é que ainda as têm,  o que duvido, há um peso muito grande que os vai corroendo cada vez mais e assim vão  acabando  por morrer pela boca como morrem os peixes.

A maioria dos angolanos votantes ao negarem o seu voto ao MPLA provou estar mais atento e ter consciência de que o padrão da campanha do MPLA, todo ele, foi baseado em mentiras e em truques de bandidagem já caducos que não convence nem mesmo ao mais idiota deste planeta .

Fórum Livre Opinião & Justiça  - Fernando Vumby

Angola no pós-eleições: a habitual confusão pós-eleitoral, que Portugal não está a ajudar...




Nota: Este texto estava, inicialmente, a ser escrito directamente no Facebook; mas dada a sua já longa extensão preferi, antecipando a outros que já estão escritos (do antes e do depois das eleições, incluindo, intervenções minhas em órgãos de informação estrangeiros), colocar aqui, tal como estava a ser escrito na referida página social:

1. A confusão pós-eleitoral do Pais, parece estar a vingar com os partidos da Oposição a anunciarem que vão recorrer para o Tribunal Constitucional por não reconhecerem os resultados da Comissão Nacional de Eleitoral (CNE - cujos dados que ainda lá estão são de 25 de Agosto das 18:48 horas, conforme imagem); e que Portugal aparece para não só não ajudar, como parece estar a complicar...

A CNE diz que já há resultados quase definitivos e estes, ainda que provisórios, dão a vitória - com tangencial maioria qualificada (150 para 146) - ao MPLA e, por extensão eleição de João Lourenço como Presidente;

A Unita, através do presidente Isaias Samacuva alerta - afirma, e com propriedade porque só no dia 6 de Setembro haverão resultados eleitorais definitivos, ainda que sujeitos a eventuais recursos, como tudo parece indicar - que ainda não há Presidente e que os apuramento que fez das cópias das actas indicam resultados diferentes dos apresentados pela CNE;

A CASA CE - Mobilização Nacional em Declaração, que já aqui reproduzi parte, afirma não reconhecer os resultados divulgados pela CNE - e tal como a UNITA diz ter contagens bem diferentes - pelo que vai solicitar a sua impugnação ao Tribunal Constitucional.

Acresce-se que me recordo de ter lido que a APN (Aliança Patriótica Nacional), quase na mesma altura que o declarava, anunciar o não acolhimento à declaração de vitória do MPLA, apesar do seu líder já ter saudado João Lourenço como Presidente (como já li nestas páginas sociais);

Da FNLA-Frente Nacional de Libertação de Angola não vi qualquer comentário sobre o acto eleitoral (talvez eu estivesse distraído...);

O Partido da Renovação Social (PRS) através do seu secretário de informação, Humilde Samarina, tal como a UNITA e a CASA-CE, contesta os resultados provisórios anunciados hoje pela CNE, que só atribuem ao partido a eleição de dois deputados o que "não correspondem à verdade".

ANGOLA | Que novo Presidente após 23 de agosto?



O próximo dia 23 de agosto vai ditar um novo Presidente para Angola, depois 38 anos de poder de José Eduardo dos Santos. Os desafios que o país enfrenta são elevados, como o prova a recente descida do ‘rating’ da dívida pública anunciada pela agência de notação financeira Fitch. 

Plataforma Macau, 19.08.2017

A queda do preço do petróleo, a ausência de diversificação, o poder excessivo dos militares 15 anos após o fim da guerra civil e a falta de peso da classe média e da sociedade civil na gestão do país são os fatores que os analistas apontam como os mais perigosos para a estabilidade de Angola. Mas acima de tudo, a permanência de José Eduardo dos Santos à frente do Movimento para a Libertação Popular de Angola (MPLA) e o peso dos seus familiares em empresas decisivas para a economia angolana serão fatores que o novo Presidente angolano terá de enfrentar logo e início.

Alguns especialistas avaliam que o próximo Presidente angolano, que emergirá das eleições gerais de 23 de agosto, poderá enfrentar dificuldades em governar devido ao poder de José Eduardo dos Santos, que permanecerá como líder do MPLA até 2018. “José Eduardo dos Santos quer afastar-se da Presidência, mas quer manter algum poder sobre a máquina do Estado e sobre o motor económico e político do país”, diz João Paulo Batalha, presidente da associação Transparência e Integridade.

DESCANSO NO PG ENQUANTO EM ANGOLA O MPLA RENOVA VITÓRIA - PORQUE SERÁ?



Por alguns dias (4) suspendemos as publicações no Página Global, consideremos que foi um período de descanso. Notamos que a assiduidade dos que nos visitam foi quase a mesma em todos esses dias em que faltámos. Resta-nos pedir desculpa mas facto foi que esta paragem soube muito bem, sobretudo a quem todos os dias marca aqui presença para editar a matéria que depois fica à vossa disposição.

A partir de hoje, de agora, vamos procurar recuperar algumas partes das atualidades recentemente passadas e que aqui não viram a sua publicação. É o caso das eleições angolanas, em que o MPLA venceu por margem confortavelmente maioritária. Não é de admirar, tem sido sempre assim. É indubitável que o MPLA tem realmente a preferência da maioria dos angolanos que vivem ou sobrevivem em Angola. Isso independentemente de enorme falta de transparência do regime até agora liderado por José Eduardo dos Santos. Também o défice democrático foi ponto de desonra daquele regime - como noutros - no que se refere à liberdade de expressão e à influência que exerce sobre o aparelho da justiça, entre outros, não respeitando a separação de poderes. Mas, mesmo assim, a maioria dos angolanos não demonstra confiar nos partidos que são oposição.Porque será?

No dizer de muitos angolanos, até de alguns que aqui emitem as suas opiniões, tudo se deve a trapaças do MPLA, a golpes eleitorais. Ao que parece nunca um desses golpes demonstrou que a quantidade de votos trapaceados retirariam os poderes ao MPLA e bastariam para proporcionar a partidos opositores assumirem legitimamente o poder... Porque será?

Outros casos ocorridos na atualidade destes últimos dias merecem ser repescados e serem abordados no PG. Vamos fazer os possíveis por os apresentar.

Boas férias, aos que ainda estão de férias.

PG

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