Afirmando que o ex
primeiro-ministro tem as “mãos sujas de sangue”, os familiares de Nino Vieira e
de outros políticos e militares assassinados em 2009 enviaram carta ao PGR
exigindo que seja feita justiça.
Os familiares de dirigentes
políticos e militares guineenses assassinados em 2009 insurgiram-se, numa carta
dirigida ao Procurador-geral da República, contra o regresso ao país do
ex-primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior.
Em carta a que a Lusa teve
acesso, os familiares do ex-Presidente "Nino” Vieira, do ex-chefe das
Forças Armadas Tagme Na Waié e dos ex-governantes Hélder Proença, Baciro Dabó e
Roberto Cacheu acusam Carlos Gomes Júnior de ter fugido de procedimentos
judiciais em Portugal quando foi viver para Cabo Verde, na sequência de uma
alegada carta rogatória do Ministério Público guineense enviada à justiça
portuguesa, com o intuito de o inquirir sobre os assassínios em Bissau.
Para estes familiares, os mortos "precisam que lhes seja feita
justiça".
"Carlos Gomes Júnior é um
homem de mãos sujas de sangue do general João Bernardo 'Nino' Vieira, general
Tagme Na Waié, major Baciro Dabó, Helder Proença, e Roberto Ferreira
Cacheu", lê-se na carta.
Esta é uma ação que surge na
sequência do regresso
à Guiné-Bissau do antigo primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, que estava
exilado em Portugal, desde 2012, quando sofreu um golpe de Estado. No entanto,
os mesmos familiares esclarecem que não são contra o regresso do
ex-primeiro-ministro ao país, apenas querem que ele seja levado à justiça.
"Consciência tranquila"
Carlos Gomes Júnior, hoje
recebido em audiência pelo Presidente guineense, José Mário Vaz, disse estar de
"consciência tranquila" e pronto para responder à justiça se for
convocado. "Se houver alguma coisa da qual sou passível de responder
à justiça, porque não", respondeu Gomes Júnior, em declarações aos
jornalistas.
Lusa em Deutsche Welle
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