Não é apenas um nome numa lápide
da base de um busto - é nome de mulher, de atriz, de empresária, mulher de
coragem, diretora do Teatro Nacional. Amélia Rey Colaço nasceu a 2 de março de
1898, precisamente há 120 anos.
Há mais de um século, ser mulher
podia ser dramático e Amélia Rey Colaço fez dessa condição uma arma e, por
isso, agora o diretor artístico do Teatro Nacional D. Maria II anuncia uma
bolsa para jovens companhias com o nome desta mulher, Rey Colaço, em dia de
aniversário. É o futuro escorado no passado.
"É uma bolsa para jovens
criadores e companhia emergentes que tenham até um máximo de cinco encenações e
que poderão concorrer e receber meios de produção, uma coprodução, espaços de
apresentação ou ensaios", explica Tiago Rodrigues.
A bolsa do D. Maria tem dois
parceiros - o Espaço do Tempo, em Montemor-o-Novo e o Centro Cultural de Vila
Flor, em Guimarães.
"Dar-lhe o nome de Amélia
Rey Colaço no dia em que se celebram os 120 anos do seu nascimento, é de alguma
forma, mais uma vez, contrariar a perceção de que Amélia Rey Colaço é só esse
nome lapidar, de estátua. É muito mais do que é isso. É um nome de risco, de
aposta corajosa nos mais novos e na experimentação".
No foyer do Teatro Nacional D.
Maria II, inaugura esta sexta-feira às 17h uma exposição de fotografias. "Amélia" tem
curadoria de Cláudia Madeira, Filipe Figueiredo e Teresa Flores, todos
especialistas em fotografia de cena.
José Carlos Barreto | TSF
Foto: Teatro Nacional D.
Maria II/DR
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