A 44ª Cúpula do G7 entra neste
sábado (9) em seu segundo e último dia, depois de um início na cidade turística
canadense de La Malbaie, em que se ouvia muito ruído, mas até agora com poucos
resultados.
247, com Prensa Latina - Os
líderes do G7 reunidos no hotel Fairmont Le Manoir Richelieu conduziram o
encontro sem abordar os temas mais complicados, pois são demasiadas as tensões
geradas pelo crescente protecionismo dos Estados Unidos em detrimento de seus
históricos parceiros.
Segundo observadores que se
encontram no local, as piores previsões de um enfrentamento aberto se mitigaram
momentaneamente depois de um almoço de trabalho e a chamada foto de família com
os quais começou o encontro de alto nível.
Durante a jornada, o presidente
dos Estados Unidos, Donald Trump, teve seu encontro bilateral com o anfitrião,
o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau, e conversou com o presidente
francês, Emmanuel Macron.
Apenas 24 horas antes, na rede
social Twitter, Trump, tinha atacado os dois líderes: "Digam ao
primeiro-ministro Trudeau e ao presidente Macron que estão cobrando tarifas
alfandegárias altas aos Estados Unidos e criando barreiras monetárias. O
superávit comercial da União Europeia com os Estados Unidos é de 151 bilhões de
dólares (...) Espero vê-los amanhã".
Para os observadores, o ambiente
mais calmo se instalou porque na sexta-feira (8), falou-se de perspectivas
econômicas e inteligência artificial, sem tocar em aspectos como o comércio ou
as mudanças climáticas que são temas considerados explosivos.
Neste sábado, os chefes de Estado
e governo vão debater sobre as relações comerciais, tema que deixa Trump
isolado dos seus parceiros da União Europeia, Canadá e Japão.
Mas o governante republicano não
verá o fim da reunião, porque avisou que sairá antes.
Estados Unidos, Canadá, Alemanha,
Reino Unido, França, Itália e Japão integram o grupo cujo peso econômico
representa cerca de 64 por cento da riqueza mundial.
Alguns antecipam que está sendo
feita uma tentativa de consenso em torno de uma declaração final assinada pelos
sete líderes (Angela Merkel, da Alemanha, Justin Trudeau, do Canadá, Donald
Trump, dos Estados Unidos, Emmanuel Macron, da França, Giuseppe Conte, da
Itália, Shinzo Abe, do Japão e Theresa May, do Reino Unido).
Contudo, é difícil alcançar o
consenso se o chefe da Casa Branca abandonou o acordo de Paris porque nunca
acreditou na mudança climática; saiu do pacto sobre o programa nuclear iraniano
e acaba de entrar em guerra comercial devido às fortes tarifas alfandegárias
sobre as exportações de aço e alumínio dos seus aliados.
Como quem deixa uma janela
aberta, Macron sublinhou na quinta-feira que a cúpula "ao menos reforçará
os acordos entre os seis", em alusão ao bloco sem Washington, caso ao
final, em matéria de declaração final surja um cenário de G6+1 em vez de G7.
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