Martinho Júnior | Luanda
5- Os nexos de Paul Manafort
enquanto submarino republicano vocacionado para o repasto do após Pacto de
Varsóvia estão aí plasmados (pode-se ver ainda “How Trump's mob ties
led to Paul Manafort in Ukraine” – https://www.reddit.com/r/RussiaLago/comments/8rrnkx/how_trumps_mob_ties_led_to_paul_manafort_in/),
mas como África e o vassalo Portugal são irrelevantes para os jogos inerentes
às disputas do poder do instrumento que é para a aristocracia financeira
mundial a Casa Branca nos Estados Unidos, foram precisos 18 anos após o
Relatório Fowler para colocar Paul Manafort no actual campo de visibilidade
relativamente restrito e “ancorado” sob detenção, com o objectivo
lógico na preparação do “impeachment” de Donald Trump (https://www.newyorker.com/magazine/2018/05/28/will-the-fervor-for-impeachment-start-a-democratic-civil-war).
Repare-se que continua a ser a
partir da Ucrânia e da Bulgária cujos arsenais do Pacto de Varsóvia continuam a
estar à venda, que têm sido armados muitos dos circuitos do caos e do
terrorismo onde quer que seja, mesmo que o cartel dos diamantes, por via do
processo Kimberley, se tenha desligado desses tenebrosos ofícios.
Pode-se, a título de exemplo,
avaliar uma investigação que desvendou este circuito neste texto: “ROUTE
of Bulgarian Weapon Deliveries to the US-backed Syrian Islamists EXPOSED” – http://www.4thmedia.org/2017/05/route-of-bulgarian-weapon-deliveries-to-syrian-islamists-exposed/.
Relembre-se a propósito algumas
das pistas da Rede Voltaire:
- “The Pentagon is following
through on arms agreements that Obama made with Jihadists – Voltaire
Network | 30 May 2017 – The Pentagon is still trafficking arms from the
port of Burgas (Bulgaria) to the port in Jeddah (Saudi Arabia). Thus the
Pentagon is delivering to jihadist groups in Syria — including Daesh— arms
manufactured in the former Soviet Union, which have not been not registered by
Nato. Such arms are produced by Vazovski Machine Building Factory (VMZ)
(Bulgaria) and Tatra Defense Industrial Ltd. (Czech Republic).
On 5 May 2017, the Marianne
Danica left Bulgaria. On 20 May it arrived in Saudi Arabia just as
the Hanne Danica was making its way back from Jeddah to Burgas.
According to Yörük Işık and Alper
Beler, these cargo ships were illegally transporting Grad multiple rocket
launchers and OT-64 SKOT armoured vehicles (see photo).
These deliveries appear to
execute obligations under the final contracts that the Obama Administration
entered into at the beginning of January — i.e. at the end of the transition
period —, with the company, Orbital ATK. The contracts are worth 200 million
dollars. Orbital subcontracted delivery to Chemring, which in turn, rented out
cargo ships to the Danish company, H. Folmer & Co.
While the Trump Administration has
discontinued with this line of contract, it has not cancelled contracts of this
type that were entered into by the previous administration.” – http://www.voltairenet.org/article196518.html;
- Concentração na base EUA
de Camp Darby (Itália): Basta de isto ser território de guerra - Manlio Dinucci – 09.Jun.17 – Enquanto
decorria em Roma a parada militar do Forum Imperial, realizou-se frente a Camp
Darby uma importante concentração promovida pela Campagna territoriale di
resistenza alla guerra, lançada na área Pisa-Livorno, uma das zonas mais militarizadas
de Itália. Camp Darby – esclarece o documento do grupo promotor (ao qual se
adere individualmente) – é a base logística do Exército dos EUA que reabastece
as forças terrestres e aéreas estado-unidenses na região mediterrânea,
africana, meridional e outras. Nos seus 125 búnqueres encontra-se a totalidade
do equipamento necessário para dois batalhões blindados e dois de infantaria
mecanizada. São aí armazenadas também enormes quantidades de bombas e mísseis
para a aviação. Não se exclui que aí possam também existir bombas nucleares.
Daqui partiram as armas
utilizadas nas guerras EUA/NATO contra Iraque, Jugoslávia e Líbia, a ligação
entre a base EUA e o porto de Livorno, através do Canal dei Navicelli
recentemente alargado, será ulteriormente reforçada com a construção de uma
linha ferroviária que permitirá o tráfego de maiores carregamentos de armas e
explosivos, colocando ainda mais em risco os habitantes da zona. As armas são
sobretudo enviadas para o Médio Oriente – para as guerras na Síria, Iraque e
Iémen – agora também por meio de grandes navios EUA que todos os meses fazem
escala em Livorno. Livorno é um porto nuclear, onde podem aportar unidades
militares a propulsão nuclear e também com armas nucleares a bordo.
A estas infra-estruturas junta-se
o Hub aéreo nacional das forças armadas, no aeroporto militar de Pisa, através
do qual transitam pessoal e meios para missões militares no estrangeiro. O
aeroporto, que inicialmente desempenhava um papel táctico limitado, assumiu um
papel estratégico que se projecta nos teatros operacionais fora do território
nacional. Pelo Hub áéreo de Pisa transitam também materiais militares da base
limítrofe de Camp Darby. Ainda em Pisa encontra-se o comando das forças
especiais do exército (Comfose) instalado na caserna Gamerra, sede do centro de
treino de pára-quedismo. Através do Hub aéreo nacional, os comandos das forças
especiais e o seu armamento são enviados para os diferentes teatros de guerra
por meio de operações secretas, conduzidas por forças especiais EUA/NATO” – http://www.odiario.info/concentracao-na-base-eua-de-camp/;
- “A partir da Europa, armas
estado-unidenses para a guerra contra Síria e Iémen – Manlio Dinucci 26.Abr.17 –
Supostamente, o regime dos EUA está a lutar contra os jihadistas.
Mas continua enviando armas a esses terroristas a partir da democrática Europa.
Chama-se Liberty Passion, ou seja
Paixão pela Liberdade. É um moderníssimo e enorme navio estado-unidense do tipo
Ro/Ro – concebido para transportar veículos e carga sobre rodas – de 200 metros
de comprimento, com 12 conveses e uma superfície total de mais de 50 000 metros
quadrados, capaz de transportar o equivalente a 6 500 automóveis.
Esse navio, propriedade da
companhia estado-unidense Liberty Global Logistics, fez a sua primeira escala –
em 24 de Março de 2017 – no porto de Livorno, Itália. Iniciou-se assim
oficialmente uma ligação regular entre Livorno e os portos de Aqaba, na
Jordânia, e de Jeddah, na Arabia Saudita, garantida mensalmente pelo Liberty
Passion e outros dois navios similares, o Liberty Pride (Orgulho de Libertar) e
o LIberty Promise (Promessa de Liberdade). A abertura desse serviço de
transporte foi celebrada como uma festa para o porto de Livorno.
Mas ninguém disse porque escolheu
precisamente esse porto italiano a companhia estado-unidense. Um comunicado da
administração marítima estado-unidense explica – em 4 de Março de 2017 – que o
Liberty Passion e os outros dois navios que asseguram a linha
Livorno-Aqaba-Jeddah integram o Programa de Segurança Marítima que, no quadro
de uma associação entre interesses privados e estatais assegura ao Departamento
de Defesa uma poderosa frota móvel de propriedade privada, com bandeira e
tripulações estado-unidenses.
Isso esclarece o motivo que levou
a companhia estado-unidense a escolher o porto italiano de Livorno para abrir
essa linha de transporte marítimo para dois portos do Médio Oriente. O porto de
Livorno está ligado com Camp Darby, a base logística dos EUA (em Itália), que
assegura o aprovisionamento das forças terrestres e aéreas estado-unidenses na
área mediterrânica, o Médio Oriente, África e mais além.
Camp Darby é a única instalação
das forças armadas dos EUA em que o material de guerra preposicionado (tanques,
carros de assalto, etc.) se armazena no mesmo lugar que as munições. Os 25
búnkers de Camp Darby contêm todo o equipamento necessário para 2 batalhões
blindados e 2 batalhões de infantaria mecanizada”… – http://www.odiario.info/a-partir-da-europa-armas-estado/.
Entre as medidas protecionistas e
os termos de maturação dos expedientes neoliberais, as tensões poderão
acarretar não só outros graus de detenção, ou destituição, mas também a
obrigação de se fazer uma ampla “reavaliação das matérias dadas”, pois os
sinais de degradação interna, que passam pelas tensões de que Paul Manafort é
actual exemplo, podem começar a multiplicar-se!
É evidente que em relação a
Portugal e Angola os focos a continuar a estudar a partir de Paul Manafort, vão
trazer à luz do dia mananciais da actuação do que deu continuidade à
internacional fascista, desde quando se manifestou por via do Exercício Alcora,
bem como das redes spinolistas que “alimentaram” clandestinamente os
vínculos do “Arco de Governação” e seus múltiplos enredos, sobretudo
para com a África Austral.
Fim
Martinho Júnior - Luanda, 16 de Junho de 2018.
Imagens:
- Paul manafort e Roger Stone,
dois “submarinos republicanos”, treinados para serem “lobistas de
sangue”;
- O pequeno navio Marianne Danica é
um transportador de material de guerra com origem na Bulgária, para os portos
da Jordânia e Arábia Saudita, a fim de serem colocados nas mãos dos terroristas
(Estado islâmico e redes da Al Qaeda);
- A Silkway, do Azerbeijão, é uma
das companhias aéreas que fazem o transporte de material de guerra para os
terroristas;
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