Pouco antes de encerrar prazo
dado por juiz para união de famílias separadas na fronteira com o México,
governo americano apresenta resultados e alega impossibilidade de cumprir
medida com mais de 700 menores.
O governo dos Estados Unidos
afirmou nesta quinta-feira (26/07) que entregou a familiares mais de 1,8
mil crianças entre 5 e 18 anos que foram separadas de seus pais na
fronteira com o México.
O anúncio foi feito poucas horas
antes do fim do prazo dado por juiz à administração do presidente Donald Trump
para união das 2,5 mil crianças que foram afetadas pela política de tolerância
zero com migrantes.
De acordo com o governo, 1.442
crianças foram entregues aos seus pais que estavam em centros de detenção, outras
378 foram devolvidos a familiares e pais que não estavam sob custódia. Outros
711 menores não estariam elegíveis por diversos motivos. Destes em mais de 400
casos, os pais já não estão mais nos EUA.
Ativistas de direitos humanos
disseram que alguns imigrantes podem ter sido coagidos ou enganados para voltar
para seus países de origem, acreditando que essa seria a única maneira de rever
seus filhos. Autoridades negam essa acusação e alegam que todos os detidos
foram informados sobre seus direitos.
A política de tolerância zero a
migrantes ilegais levou à separação de cerca de 2,5 mil crianças de seus
familiares na fronteira do país com o México entre 5 de maio e 9 de junho.
Anunciada em abril pelo
procurador-geral Jeff Sessions, a medida previa que todos aqueles que tentassem
cruzar ilegalmente a fronteira em direção aos EUA, inclusive requerentes de
refúgio, fossem indiciados. A política resultou na separação das crianças, que
não foram alvo de uma acusação criminal, dos adultos, sem que houvesse procedimentos
claros para a reunificação entre os familiares.
A medida gerou indignação nos
Estados Unidos e no exterior. Diante da enxurrada de críticas, Trump assinou em
junho uma ordem executiva para impedir que crianças fossem separadas de seus
familiares na fronteira com o México.
Poucos dias depois, o juiz Dana
Sabraw, de San Diego, ordenou que o governo reunisse as crianças que já haviam
sido separadas até o fim desta quinta-feira. O magistrado chegou a criticar
alguns aspectos do processo de reunificação adotado pela administração Trump,
porém, nos últimos dias elogiou os esforços governamentais.
CN/efe/rtr/ap | Deutsche Welle
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