Ana Alexandra Gonçalves* |
opinião
O que dizer quando parte da
mediocridade salta fora do barco? O resto da mediocridade fica mais pobre ou
mais rica sem essa parcela de mediocridade que a abandonou? Estas questões
retóricas servem para se pensar a saída de Santana Lopes do PSD. Sim, ele por
ali ainda andava, apesar de andar a ameaçar a criação de um outro partido
liberal há muito tempo, há demasiado tempo.
Assim, o ex-candidato à liderança
do PSD, em carta, crítica a aproximação do PSD ao PS e deixa-se de ameaças,
saltando fora do partido.
Este abandono terá provavelmente
como consequência a tal criação de um novo partido liberal que, segundo algumas
sondagens, conta com menos 2 por cento das intenções de voto dos eleitores.
Santana Lopes é um resistente:
resiste às derrotas, resiste à mudança dos tempos, mas não resiste à tentação
de criar um partido que tenha o seu rosto, apenas o seu rosto.
Em resumo, a notícia não
surpreende nem constituí sequer motivo de preocupação na perspectiva da actual
liderança do PSD. Ele anda por aí – isso já todos sabemos. Ele é um animador
desta silly season – isso ficámos agora a saber.
*Ana Alexandra Gonçalves |
Triunfo da Razão
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