O primeiro-ministro de Portugal chegou hoje a Angola, Luanda
esperava-o com um calor da época e uma chuva de sorrisos das comitivas
oficiais, facto indesmentível se olharmos as capturas do enxame de fotógrafos.
Prolifera na comunicação social
de Portugal a matéria sobre a visita de Costa a Angola, não nos cabe no PG ter
a pretensão de fazer mais que isto à boleia da Agência Lusa numa peça integrada
no Expresso, a que segue.
Antes de terminar salientamos que
Costa está em Angola a falar “economês”, dizendo mesmo, de outra forma, que o
que lá vai, lá vai. Que o resto é passado e “o passado vai para o museu”. Uma “tirada”
à Costa, diferente de Passos, que neste caso diria muito provavelmente: “o
passado que se lixe”. Ora vejam lá como Portugal está tão diferente. Está?
A seguir uma prosa sobre Costa em
Angola. “Economês” quanto baste. (PG)
António Costa anuncia aumento da
linha de crédito às exportações para Angola
O primeiro-ministro anunciou que
o Governo português vai aumentar a linha de crédito de apoio às exportações
para Angola de 1.000 para 1.500 milhões de euros, medida que considerou
enquadrar-se na "solidez" das relações políticas luso-angolanas
O primeiro-ministro anunciou esta
segunda-feira que o Governo português vai aumentar a linha de crédito de apoio
às exportações para Angola de 1.000 para 1.500 milhões de euros, medida que
considerou enquadrar-se na "solidez" das relações políticas luso-angolanas.
António Costa falava no início de
uma reunião com empresários portugueses com investimentos no mercado angolano,
num discurso marcadamente económico, mas em que também falou de
"emoção" e "paixão" sempre presente nas relações luso-angolanas.
"Vamos aumentar a linha de
crédito de apoio às exportações dos atuais 1.000 para os 1.500 milhões de
euros. Esta linha de crédito ampliada a renovada é um sinal muito importante da
vontade dos dois países continuarem a estreitar as suas relações económicas",
declarou o primeiro-ministro.
Perante os empresários
portugueses, o líder do executivo defendeu a tese sobre a necessidade de novos
objetivos e, por outro lado, de os diferentes agentes no terreno "não se
cingirem ao que têm feito" em termos de cooperação.
"Há ainda muito para fazer
no futuro. Com a assinatura do novo acordo estratégico para a cooperação
(2018/2022) vamos além dos domínios tradicionais da saúde e da educação.
Alargaremos a cooperação a áreas de soberania como a defesa, a colaboração
técnica policial ou a administração tributária", especificou.
Para António Costa, os passos
agora dados "traduzem que as relações políticas entre Portugal e Angola
não só estão boas, como estão sólidas e com grande perspetiva de se poderem
aprofundar ao longo dos próximos anos".
"Da parte de Portugal, creio
que não há com nenhum outro país, em qualquer continente, uma relação tão
intensa como temos com Angola, assente nos laços individuais que se foram
estabelecendo. Como todas relações intensas marcadas pela paixão, muitas vezes
essas relações são também emotivas. Mas, como sabemos, sem emoção não há uma
boa relação", advogou.
Ainda neste capítulo da sua
intervenção, o primeiro-ministro defendeu que, no âmbito da relação entre
África e União Europeia, Portugal e Angola encontram-se em posição privilegiada.
"As relações políticas são essenciais, mas é absolutamente indispensável que o relacionamento humano, com a presença constante de quem aqui trabalha e investe, continue a construir a aprofundar as nossas relação com Angola", afirmou, numa nova mensagem dirigidas à comunidade empresarial portuguesa radicada em Luanda.
Lusa | em Expresso | Foto:
Laurent Gillieron
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