A polícia federal brasileira
aprendeu na sexta-feira (14.09) mais de 13,7 milhões de euros, em dinheiro e
joias, à delegação que acompanhava o filho do Presidente da Guiné-Equatorial
num aeroporto do Brasil.
Segundo a edição online do jornal
brasileiro "Estadão", a polícia federal apreendeu quase 1,5 milhões
de dólares (1,3 milhões de euros) em notas numa mala e cerca de 20 relógios de
luxo noutra. No total, as autoridades brasileiras estimam a apreensão no valor
de 13,7 milhões de euros.
Teodoro Nguema Obiang Mangue,
conhecido como Teodorin, vice-presidente da Guiné-Equatorial e filho de Teodoro
Obiang Nguema, no poder há 39 anos, integrava uma delegação de 11 pessoas que
chegou na sexta-feira (14.09), a bordo de um avião privado, ao aeroporto de
Viracapos, em Campinas, perto de São Paulo.
Segundo a também brasileira
"TV Globo", a delegação não estava em missão oficial, pelo que apenas
Teodorin beneficiava de imunidade diplomática.
A bagagem da restante delegação
foi inspecionada e as pessoas interrogadas, enquanto o vice-presidente esperava
num automóvel, no exterior do aeroporto.
Segundo a lei brasileira, a
entrada no país de dinheiro em espécie está limitada a 10.000 reais, que
correspondem a cerca de 2.400 dólares ou 2.000 euros.
Dinheiro serviria para pagar
tratamento médico
Fonte diplomática
equato-guineense citada pelo Estado de São Paulo explicou que Obiang
transportava aquela quantidade de dinheiro para pagar um tratamento médico e
custear a hospedagem num hotel de luxo e que os relógios são de "uso
pessoal" do vice-presidente, tendo as suas iniciais gravadas.
A delegação
do vice-presidente da Guiné-Equatorial terá informado às autoridades
brasileiras que seguiria depois para Singapura em missão oficial.
Segundo o jornal brasileiro,
Teodorin viaja frequentemente para o Brasil, onde é "conhecido por
promover festas extravagantes e até por patrocinar uma escola de samba no
Carnaval carioca".
Teodoro Nguema Obiang Mangue foi
condenado em França em outubro de 2017 a três anos de prisão, com pena suspensa,
por branqueamento e desvio de fundos públicos.
Agência Lusa, nn | em Deutsche Welle
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