terça-feira, 27 de novembro de 2018

A Marinha Ucraniana viola o espaço marítimo russo


Marinha Ucraniana violou deliberadamente o espaço marítimo russo na Crimeia em 25 de novembro de 2018.

Considerando a entrada das vedetas blindadas de artilharia Berdyansk e Nikopol e do rebocador Yani-Kapou nas suas águas territoriais como um acto hostil, a Rússia capturou-os. O Conselho de Segurança e Defesa da Ucrânia propôs ao Presidente Petro Poroshenko a introdução da lei marcial “durante 60 dias”. O Conselho de Segurança da ONU deve-se reunir urgentemente a pedido de ambas as partes.

A Ucrânia não reconhece a anexação da Crimeia à Federação da Russia após o referendo de autodeterminação em 2014. Por conseguinte, considera que o território terrestre e marítimo da Crimeia é seu. Desde a abertura da ponte russa entre os dois lados do Estreito de Kerch, a Marinha Ucraniana está a militarizar o Mar de Azov, transferindo para lá o que resta da Marinha nacional.

A Rússia não reconhece o golpe de Estado efectuado em Kiev com a ajuda dos Estados Unidos, a favor dos grupos nazis. Considerando que os golpistas tomaram várias medidas contra a minoria russa na Ucrânia, inclusive a remoção do estatuto da língua russa, a Federação da Rússia aceitou o referendo da autodeterminação da Crimeia e acolheu-a no seu seio. No entanto, não se pronunciou sobre o estatuto da região separatista de Donbass, que também pediu a sua adesão à Federação e onde prosseguem combates.

Entrando em conflito com o bloqueio levado a cabo pela Ucrânia, à península da Crimeia, Moscovo construiu uma ponte entre as duas margens do Estreito de Kerch. Em face da militarização ucraniana do Mar de Azov, o FSB instituiu um procedimento de busca dos navios mercantes, tanto ucranianos como russos, ao entrar e ao sair do canal Kerch-Enikal. Essas buscas, geralmente de 3 horas, por vezes duraram até 36 horas, provocando desordens nos portos ucranianos de Berdyansk e Mariupol e nos portos russos.

Em 21 de Novembro, a Rússia emitiu um comunicado contra a militarização do Mar de Azov [1].

Voltaire.net.org | Tradução Maria Luísa de Vasconcellos

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