Apesar de haver muitos reclusos
no país, a percentagem de mulheres presas diminuiu, a par da taxa de presos
estrangeiros
A população prisional em Portugal
aumentou 12% entre 2005 e 2014/2015. A conclusão é do relatório “Prisões na
Europa 2005-2015” ,
publicado ontem pelo Conselho da Europa e que analisa o panorama penitenciário
de 47 países europeus.
Mas esse não foi o único
indicador a piorar: as penas longas e o número de dias de reclusão aumentaram
13%, a sobrelotação/densidade prisional cresceu 11 %, assim como o ratio de
presos por guardas prisionais, que revelou um aumento com os mesmos pontos
percentuais. Mas também há boas notícias: o orçamento total
destinado à administração prisional aumentou 9%, enquanto a média de idades dos
reclusos por cá subiu 4%. A percentagem de mulheres presas diminuiu 11% e a
taxa de presos estrangeiros baixou 5%. Por outro lado, a taxa de libertação
diminuiu 2%.
Segundo o estudo, a par de
Portugal, Inglaterra, País de Gales, Escócia e Espanha afirmam-se pela
negativa, sendo ainda assim superados pela Albânia, Geórgia, Lituânia, antiga
República Jugoslava da Macedónia, Montenegro e Turquia, que registaram as
maiores taxas de crescimento de reclusos.
Entre as conclusões do documento
é ainda dito que, em 2005, a
população prisional estava a decrescer na maioria dos países – excluindo
territórios como Inglaterra, País de Gales, Escócia, Espanha e Portugal.
Quanto à distribuição geográfica
das taxas de reclusão por 100 mil habitantes na Europa, o estudo revela que se
manteve estável ao longo dos dez anos tidos em conta.
Do grupo dos países com melhores
números destaca-se a Alemanha, a Holanda, a Estónia e a Letónia – que no
período dos dez anos conseguiram baixar a taxa de reclusão, respetivamente, de
95,7 para 77,4, de 94 para 53, de 327,4 para 210,3 e de 313 para 223,4.
Beatriz Dias Coelho | Jornal i |
Foto: Dreamstime
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