Bom dia, à hora do almoço. Pois. É
dia, não é? Pois. Então está correto. Cafeína após o almoço também cai bem. E
um cigarro… nas calmas. Só para contrariar os extremistas antitabágicos. Há os
que classificam tais “maduros(as)” de talibans. Puxa! Que radicalismos paranóicos…
Avançando ao que interessa. Curto
do Expresso já aqui a seguir. Pedro Candeias… ilumina a prosa. Aborda logo de
principio o Rio e o Montenegro… Mas afinal o monte está negro porquê?
Cortaram-lhe a água do rio e por isso não é verde? Houve um incêndio e estão à
vista as maleitas mascarradas, calcinadas? Querem ver que pintaram de negro o monte… Pois.
Por nós nem avançamos mais, além
de fazer notar que o Curto está bom e recomenda-se. Vá lá às letras e
consume-as. Isso. Pois. É um Curto na hora do almoço. Uma curtição.
Até amanhã. Talvez. Fiquem bem.
(PG)
Bom dia este é o seu Expresso
Curto
Sou como um Rio
Pedro Candeias | Expresso
Às vezes, tudo o que um homem
precisa é de um pequeno empurrão que o ponha na direção certa. Ou então de
um partido sui generis composto por alguma gente igualmente
idiossincrática que lhe prometa luta interna e eterna e o desafie para um
metafórico duelo de pistolas num hotel no Porto que, em política, já se sabe,
começa sempre nos bastidores com a primeira contagem de armas. Que Rui Rio
tinha a mais e Luís Montenegro a menos, após uma contabilidade secreta numa
madrugada de quinta para sexta-feira em que se percebeu de que massa um e outro
são feitos.
De tudo o que li diagonalmente, que este Expresso Curto já vai atrasado, recupero a imagem do Ricardo Costa, na sua coluna no Expresso: Montenegro quis pular para a piscina dos crescidos, mas na piscina dos crescidos só nadam os adultos.
Bom, e consequências? Apenas perceções, que podem ou não ser justas para Rio, mas são o que são: no domingo, no final do XVII Congresso do PSD/Madeira, o presidente do partido criticou abertamente o governo de uma forma inusitada até então: “O grande engano é quando nos vendem uma situação económica de quase milagre e depois todos descobrimos que não pode fazer isto e aquilo porque não tem meios”. E assim: “O Governo vende ilusões e quem vende ilusões, mais dia ou menos dia, colhe descontentamento sob a forma de greve ou de outra forma qualquer, que são os votos”. E finalmente assim: “[António Costa] Não tem estratégia de crescimento económico, porque foi um governo que ao longo de todos estes anos se preocupou fundamentalmente em pegar em todas as folgas que a conjuntura permitia e distribuir pela lista de reivindicações feitas pelo PC, pelo Bloco de Esquerda”.
Recapitulando, Rio percorreu todos os itens do manual da oposição: o Governo é populista e eleitoralista, o Governo não cumpre o que diz, o Governo está a aproveitar-se do que foi feito antes e o antes era o PSD, e o Governo está refém da Geringonça.
Muito embora a entourage de Rio já tivesse feito passar a mensagem de que o líder iria começar agora a atacar António Costa et alii e et aliae, fica sempre a dúvida: não terá sido mesmo o empurrãozinho do cisma laranja a muscular o discurso de Rio? Marques Mendes, o analista dos domingos à noite, diz nim: “As pessoas inteligentes mudam. Se não fizer isso, acho que esta foi uma vitória de Pirro”.
De tudo o que li diagonalmente, que este Expresso Curto já vai atrasado, recupero a imagem do Ricardo Costa, na sua coluna no Expresso: Montenegro quis pular para a piscina dos crescidos, mas na piscina dos crescidos só nadam os adultos.
Bom, e consequências? Apenas perceções, que podem ou não ser justas para Rio, mas são o que são: no domingo, no final do XVII Congresso do PSD/Madeira, o presidente do partido criticou abertamente o governo de uma forma inusitada até então: “O grande engano é quando nos vendem uma situação económica de quase milagre e depois todos descobrimos que não pode fazer isto e aquilo porque não tem meios”. E assim: “O Governo vende ilusões e quem vende ilusões, mais dia ou menos dia, colhe descontentamento sob a forma de greve ou de outra forma qualquer, que são os votos”. E finalmente assim: “[António Costa] Não tem estratégia de crescimento económico, porque foi um governo que ao longo de todos estes anos se preocupou fundamentalmente em pegar em todas as folgas que a conjuntura permitia e distribuir pela lista de reivindicações feitas pelo PC, pelo Bloco de Esquerda”.
Recapitulando, Rio percorreu todos os itens do manual da oposição: o Governo é populista e eleitoralista, o Governo não cumpre o que diz, o Governo está a aproveitar-se do que foi feito antes e o antes era o PSD, e o Governo está refém da Geringonça.
Muito embora a entourage de Rio já tivesse feito passar a mensagem de que o líder iria começar agora a atacar António Costa et alii e et aliae, fica sempre a dúvida: não terá sido mesmo o empurrãozinho do cisma laranja a muscular o discurso de Rio? Marques Mendes, o analista dos domingos à noite, diz nim: “As pessoas inteligentes mudam. Se não fizer isso, acho que esta foi uma vitória de Pirro”.
OUTRAS NOTÍCIAS
Ainda não há justificações nem validações estatísticas do INE, apenas números crus, frios e inquietantes: a mortalidade infantil aumentou 26% em 2018, o que quer dizer que morreram 289 crianças com menos de um ano entre janeiro e dezembro de 2018, sendo o último mês do ano e junho e maio os períodos em que há mais óbitos. A notícia é do “Correio da Manhã” desta manhã que cita números e uma fonte da Direção Geral da Saúde que diz assim: “Os dados de 2018 ainda não estão devidamente tratados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e também ainda é prematuro avançar com uma justificação e com as causas de morte, o que só será possível depois de feita a sua avaliação, mas mesmo assim são números preocupantes”.
O resgate de Julen, o menino de dois anos caído num fundo poço em Málaga, continua sem certezas absolutas e muitas indefinições. Há um túnel paralelo àquele
O tempo também foge a Theresa May que corre contra o relógio para apresentar a sua espécie de plano B para o Brexit. As anteriores tentativas têm sido violentamente rejeitadas e o Independent desta segunda-feira diz que a PM poderá estar a tentar chegar a um acordo bilateral com a Irlanda para a questão de todas as questões. A BBC, por sua vez, garante que May tentará conversar com o Tory e os Unionistas. Uma confusão. Às 15h30, May tem de apresentar-se no parlamento britânico para o debate. Outra vez.
E, agora, para algo que já não
nos surpreende: os 26 bilionários mais ricos do nosso rico planeta têm tanto
dinheiro como as 3,8 mil milhões de pessoas que fazem parte da metade mais
pobre. Isto está num relatório da Oxfam a que o Guardian teve acesso e põe em causa, novamente,
tudo aquilo que conhecemos sobre o capitalismo e a globalização: um
imposto de 1% sobre a riqueza arrecadaria cerca de 418 mil milhões de dólares
por ano, o que chegava para que todas as crianças pudessem ir à escola e três
milhões de mortes fossem evitadas.
AS MANCHETES
Correio da Manhã: “Recibos verdes arriscam multa até 500 euros”
Negócios: “A disparidade social não passa na concertação social”
Jornal de Notícias: “Fatura da água será mais cara em tempo de seca”
Público: “Socialistas pressionam Costa para nacionalizar CTT”
i: “Quanto custa criar um filho em Portugal?”
FRASES
“Já diz o povo que há meias-verdades que são piores do que mentiras”, Rui Rio a cumprir o que a sua entourage prometera: atacar o Governo
“Não votámos no Presidente da República para andar a tirar selfies”, Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional da Madeira, a enrijecer o discurso regional contra Marcelo Rebelo de Sousa.
“Esta semana, o ex-ministro de
Guterres que se portou melhor foi Sócrates”, Ricardo Araújo Pereira, no
seu novo programa na TVi, num pot-pourri político que envolve Armando Vara,
Assunção Cristas e o Conselho Nacional do PSD.
“E pronto... terminou o meu ciclo
na vida parlamentar" José Pedro Aguiar-Branco, um dos históricos do
PSD, ex-ministro da Defesa e da Justiça, num post do Facebook
O QUE ANDO A LER
O QUE ANDO A LER
Não é bem o que ando a ler, mas o que ando a ver, ou melhor, o que já vi. E esta sucessão de indefinições deve-se provavelmente ao teor da "Escape At Dannemora", uma super-mini-série de sete episódios longuíssimos realizada por Ben Stiller sobre uma fuga de uma prisão em que percebemos logo o que irá acontecer, embora não saibamos muito bem como vai acontecer. Os planos e o ritmo são cinematográficos e o casting é extraordinário. Benicio del Toro, Paul Dano e uma irreconhecível Patricia Arquette formam um estranho triângulo amoroso à volta do qual toda esta história se constrói. Uma última informação: a engenhosa fuga (e mais não digo) aconteceu mesmo.
E agora, para o fim e para lhe
desejar um bom dia, uma desmistificação: hoje é 21 de janeiro, alegadamente o
dia mais deprimente do ano há mais de dez anos. Não é verdade, escreve o Le
Monde, que atribui esta invenção ao marketing.
Portanto, bom dia e por hoje é
tudo: passe os olhos pelo Expresso e pelo Expresso Diário, releia as entrevistas a Abel Xavier na Tribuna Expresso, e
esteja atento às últimas canções e modas na Blitz e no Vida
Extra.
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