A Embaixada de Angola em Portugal
reconheceu, em comunicado, tornado público na noite de terça-feira, que o “uso
excessivo da força” por parte da Polícia de Segurança Pública foi consequência
de uma situação de “desrespeito e agressão às autoridades”.
A representação diplomática de
Angola em Portugal reagia pela primeira vez aos incidentes que envolveram, no
domingo último, no Bairro da Jamaica, concelho de Seixal, distrito de Setúbal,
cinco membros de uma família angolana e um grupo de agentes da PSP, que terá
usado violência na abordagem policial naquele bairro social, aonde se deslocou
para pôr fim a uma rixa entre duas mulheres.
O comunicado acentua que as
imagens divulgadas nas redes sociais, sobre o incidente, foram acompanhadas de
“apelos à exacerbação dos ânimos e atitudes incontidas e de intolerância de
vária índole”. Depois de ter tomado conhecimento dos factos, o Consulado-Geral
de Angola em Lisboa deslocou-se de imediato ao local e prestou apoio aos
membros da família “nos termos da lei e das suas atribuições, inclusive junto
das instâncias policiais e judiciais portuguesas, no âmbito das quais foram e
estão a ser feitas as averiguações necessárias e apuradas as devidas
responsabilidades”, salienta o comunicado.
A Embaixada declara estar atenta
ao apuramento de responsabilidades no caso que ocorreu no Bairro da Jamaica e
apela aos angolanos que “se abstenham de acções negativas”.
Quanto aos incidentes registados
em Setubal e Lisboa, um dia depois do incidente no Bairro da Jamaica, a
Embaixada diz reprovar os actos e garante que vai denunciar “quaisquer
tentativas de aproveitamento ou a intenção de ligação desses desacatos que põem
em causa a tranquilidade e ordem pública”.
“Assim, apela aos cidadãos
angolanos a assumir uma atitude de serenidade e civismo, respeitando as leis e
a ordem pública do país de acolhimento, abstendo-se de acções negativas e de
participar em actos que mais não são do que aproveitamentos alheios com fins
inconfessos”, salienta o comunicado.
A PSP contabilizou 24 ocorrências
relacionadas com o incêndio de caixotes do lixo na Grande Lisboa e em Setubal,
entre a noite de terça-feira e a cerca das 2h30 da madrugada de ontem.
Presidente de Cabo Verde
O Presidente de Cabo Verde disse,
terça-feira, a propósito do incidente ocorrido no Bairro da Jamaica, em
Portugal, estar à procura de “informações concretas” sobre o caso que envolveu
cidadãos angolanos e agentes da PSP.
Jorge Carlos Fonseca escolheu a
sua página pessoal do Facebook para anunciar que está a seguir os
acontecimentos ocorridos no Bairro da Jamaica, onde, por sinal, vivem vários
cidadãos cabo-verdianos.
“Acompanho e procuro informações
concretas relativas ao sucedido no bairro da Jamaica, em Seixal, Portugal”,
lê-se na mensagem.
Jornal de Angola
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