Joaquim Jorge acusa o Governo de
estar a “dar e tirar” esperança aos docentes só para “ganhar tempo”.
O fundador do Clube dos
Pensadores, Joaquim Jorge, descreve de “inqualificável” a postura do Governo,
perante o impasse negocial com os professores.
O também biólogo garante que o
Executivo de António Costa tem “dado e tirado” a esperança aos docentes apenas
para ganhar tempo.
“Este jogo do ‘tu cá – tu lá’, do
‘gato e do rato’ do Governo de António Costa procurando humilhar os
professores, dando e tirando esperança e protelando o mais que puder este
impasse para ganhar tempo é inqualificável”, refere num artigo de opinião
enviado ao Notícias ao Minuto.
E, para Joaquim Jorge, a reunião
desta segunda-feira foi apenas para “cumprir calendário” porque o Governo não
pretende aumentar a recuperação do tempo de serviço dos professores.
“Na reunião desta segunda-feira,
o Governo de António Costa veio para cumprir calendário e com a lição estudada.
Houve uma coisa boa nesta reunião, o Ministro da Educação que andava fugido
apareceu. Os professores já sabem há muito tempo que Governo mantém –
recuperação de 2 anos 9 meses e 18 dias. Os professores querem o tempo todo de
recuperação que trabalharam - 9 anos, 4 meses e 2 dias”, explica.
Joaquim Jorge diz ainda que a
recuperação do tempo de serviço proposto pelo Executivo “é uma falácia” que
pode custar a maioria a António Costa nas próximas eleições.
“Os professores devem mostrar a
sua dignidade e personalidade. Não estão a pedir nada a que não tenham direito:
trabalharam esse tempo todo e fizeram descontos do salário. Os docentes não
deveriam se sentar mais com o Governo. Este diálogo de surdos vai custar caro
ao Executivo. O PS pode vencer as próximas eleições, mas será rés-vés”, aponta.
Em jeito de conclusão, Joaquim
Jorge aposta que, devido a este impasse negocial, “na próxima geração ninguém
vai querer ser professor” porque esta classe foi sempre “uns licenciados de
segunda que os diversos governos fizeram gato-sapato”.
Natacha Nunes Costa | Notícias ao
Minuto
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