sábado, 20 de abril de 2019

Angola | País tem 12 mil enfermeiros desempregados


Doze mil enfermeiros de nível superior, médio e básico, com as respectivas carteiras profissionais, encontram-se desempregados em todo o país, revelou quinta-feira, em Malanje, o bastonário da Ordem dos Enfermeiros de Angola.

Paulo Luvualu fez este pronunciamento na cerimónia de outorga de diplomas aos 73 novos licenciados em Ciências de Enfermagem e nove em Ciências Farmacêuticas pelo Instituto Superior Politécnico de Malanje.

Segundo o bastonário, actualmente, a ordem controla 28 mil enfermeiros empregados. Paulo Luvualu disse ser notório o investimento que o Executivo e as famílias têm feito para formar técnicos de saúde, mas sublinhou que as dificuldades em inseri-los no mercado de trabalho acaba por os frustrar.



A resposta do Executivo para o enquadramento dos técnicos no mercado de trabalho, sublinhou, ainda não é a desejada, não obstante a realização periódica de concursos públicos de ingresso, nos quais o número de vagas para enfermeiros tem sido, invariavelmente, inferior que o dos médicos.

“Exige-se muito dos profissionais de enfermagem, mas não se presta a devida atenção aos mesmos, pois continuam a trabalhar em condições difíceis, associando-se as precárias condições de habitabilidade, sobretudo nos municípios”, salientou. Acrescentou que estes factores têm dado azo à falta de humanização dos serviços de saúde.

Por sua vez, o bastonário da Ordem dos Farmacêuticos de Angola, Boaventura Moura, afirmou que os nove novos licenciados em Ciências Farmacêuticas, que se vão juntar aos outros 657 técnicos controlados pela ordem, vão ajudar a elevar o nível de prestação de cuidados farmacêuticos aos cidadãos.

Sublinhou que os quadros ora formados podem servir para o fomento das indústrias farmacêutica e laboratorial para o controlo de qualidade a serem instalados no país. Além disso, podem prestar contributo nos futuros serviços de homologação.

A cerimónia de outorga de diplomas culminou com a entrega de carteiras profissionais.

Jornal de Angola | Foto: Edições Novembro

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