Doze mil enfermeiros de nível
superior, médio e básico, com as respectivas carteiras profissionais,
encontram-se desempregados em todo o país, revelou quinta-feira, em Malanje, o
bastonário da Ordem dos Enfermeiros de Angola.
Paulo Luvualu fez este
pronunciamento na cerimónia de outorga de diplomas aos 73 novos licenciados em
Ciências de Enfermagem e nove em Ciências Farmacêuticas
pelo Instituto Superior Politécnico de Malanje.
Segundo o bastonário,
actualmente, a ordem controla 28 mil enfermeiros empregados. Paulo Luvualu
disse ser notório o investimento que o Executivo e as famílias têm feito para
formar técnicos de saúde, mas sublinhou que as dificuldades em inseri-los no
mercado de trabalho acaba por os frustrar.
A resposta do Executivo para o
enquadramento dos técnicos no mercado de trabalho, sublinhou, ainda não é a
desejada, não obstante a realização periódica de concursos públicos de
ingresso, nos quais o número de vagas para enfermeiros tem sido,
invariavelmente, inferior que o dos médicos.
“Exige-se muito dos profissionais
de enfermagem, mas não se presta a devida atenção aos mesmos, pois continuam a
trabalhar em condições difíceis, associando-se as precárias condições de
habitabilidade, sobretudo nos municípios”, salientou. Acrescentou que estes
factores têm dado azo à falta de humanização dos serviços de saúde.
Por sua vez, o bastonário da
Ordem dos Farmacêuticos de Angola, Boaventura Moura, afirmou que os nove novos
licenciados em
Ciências Farmacêuticas , que se vão juntar aos outros 657
técnicos controlados pela ordem, vão ajudar a elevar o nível de prestação de
cuidados farmacêuticos aos cidadãos.
Sublinhou que os quadros ora
formados podem servir para o fomento das indústrias farmacêutica e laboratorial
para o controlo de qualidade a serem instalados no país. Além disso, podem
prestar contributo nos futuros serviços de homologação.
A cerimónia de outorga de
diplomas culminou com a entrega de carteiras profissionais.
Jornal de Angola | Foto: Edições
Novembro
Sem comentários:
Enviar um comentário