“Não há dúvida. Partido
Socialista… Como é que é? Da Alemanha. Partido Nacional Socialista da
Alemanha”, disse Bolsonaro depois de ter sido questionado se concordava que o
nazismo foi um movimento de esquerda.
Após uma visita ao Museu do
Holocausto em Jerusalém, nesta terça-feira, o Presidente brasileiro
Jair Bolsonaro sublinhou “não ter dúvidas” de que o nazismo foi
um movimento de esquerda.
Carlos Alberto
Brilhante Ustra”, ex-chefe do órgão de repressão política da ditadura,
condenado por tortura.
Questionado sobre o facto de ter
recordado esse momento numa altura em que o Brasil debate a celebração
dos 55 anos do golpe militar de 1964 – e após uma tentativa de
ignorar o tema –, Bolsonaro irritou-se com os jornalistas
presentes no local, afirmando que “essas perguntas menores só dão manchetes
negativas em jornais”, cita o jornal Folha de S. Paulo.
“Não há dúvida”
Porém, momentos mais tarde,
questionado pelos jornalistas sobre se concordava com as declarações do
ministro das Relações Exteriores brasileiro Ernesto Araújo que, dias antes,
tinha voltado a associar o nazismo a um movimento de esquerda, Jair Bolsonaro disse
“não haver dúvida”, ecoando as palavras do ministro.
“Não há dúvida. Partido
Socialista… Como é que é? Da Alemanha. Partido Nacional-Socialista da
Alemanha”, respondeu Bolsonaro, referindo-se ao nome oficial do partido
nazi (Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães).
A visita de Jair Bolsonaro
ao memorial do Holocausto (Yad Vashem), em Jerusalém, foi divulgada nas redes
sociais, desencadeando uma discussão pública sobre a posição que o
movimento nazi ocupa no espectro político, com a palavra Holocausto a ser
mencionada várias vezes no Twitter, de acordo com o site do
jornal O Estado de S. Paulo.
Filipa Almeida Mendes | Público
| Foto: Sultan/Lusa
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