Segundo Caracas, membros da
oposição pediram auxílio a Iván Duque para facilitar pagamento por quebra de
contrato com mercenários; Guaidó pede 'investigação colombiana'
O ministro de Comunicação da
Venezuela, Jorge Rodríguez, apresentou nesta segunda-feira (17/06) evidências
do que o governo venezuelano chama de "esquema de corrupção"
envolvendo o deputado de direita e autoproclamado presidente venezuelano, Juan
Guaidó, e outros membros da oposição.
De acordo com as provas
apresentadas, Guaidó e outros opositores estão envolvidos em um esquema de
desvio de dinheiro proveniente das supostas "ajudas humanitárias" que
ONGs queriam enviar à Venezuela.
As provas apresentadas por
Rodríguez, em sua maioria capturas de telas dos telefones celulares dos
envolvidos, mostram o opositor Roberto Marrero conversando com "Rossana de
Cúcuta" sobre o cancelamento da contratação de "sicários"
(agentes armados) de outros países da América Latina para causar focos de
violência e desestabilização na Venezuela.
Ainda segundo as conversas
divulgadas, Marrero se compromete a pagar valores de 500 mil e 700 mil dólares
pela quebra dos contratos com os mercenários. Sobre isso, o opositor também
teria conversado com Juan Guaidó e pedido que o deputado fizesse um apelo ao
presidente da Colômbia, Iván Duque, para que o mandatário indicasse alguma ONG
que lhes permitisse "manejar" esses pagamentos.
Roberto Marrero, que é considerado
pelos opositores como "chefe de gabinete" do autoproclamado
presidente Guaidó, está preso há mais de um mês por envolvimento em episódios
violentos durante a tentativa de golpe de Estado contra Maduro no dia 30 de
abril. Segundo o governo, "Rossana de Cúcuta" é Rossana Barrera, membro
do partido Vontade Popular - o mesmo de Guaidó - que foi designada para atender
desertores venezuelanos em Cúcuta, cidade colombiana na fronteira com a
Venezuela.
O ministro venezuelano ainda
afirmou que "Rossana de Cúcuta" estava encarregada pelos opositores
de levar ao território colombiano pessoas com antecedentes criminais que se
passavam por militares desertores para obter "fundos humanitários".
Ainda de acordo com Rodríguez, os
deputados opositores Gaby Arellano e José Manuel Olivares foram responsáveis
por fomentar atos violentos na fronteira do país com a Colômbia no dia 23 de
fevereiro, quando o governo de Duque enviou caminhões de suposta "ajuda
humanitária".
'Inteligência colombiana'
Em sua conta no Twitter, Juan
Guaidó afirmou que a "delegação colombiana" - como se refere aos
membros de seu partido que estão na Colômbia - "manejou com muita
austeridade e limitações econômicas a situação de militares no país".
O deputado ainda pediu que a
"inteligência colombiana" investigue o caso.
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