O líder do Movimento para
Alternância Democrática (MADEM-G15), Braima CAMARÁ, revelou este sabádo, 22 de
junho de 2019, que a missão intermenisterial da Comunidade Económica dos
Estados da África Ocidental (CEDEAO) terá sugerido às partes desavindas no Parlamento
que ele, Braima Camará, enquanto candidato apresentado pelo seu partido,
deveria ocupar o lugar do segundo vice-presidente da Assembleia Nacional
Popular.
Camará fez esta revelação durante
a sua intervenção na conferência promovida pelo seu partido para os secretários
regionais e setoriais com o intuito de informá-los das razões que motivaram o
Coordenador Nacional a desistir de concorrer para o posto do segundo
vice-presidente, decisão considerada pela Comissão Permanente do movimento
para indicar a segunda vice-coordenadora para o referido posto.
Braima Camará disse na sua
comunicação que o partido que dirige pretende ser coerente na política e
consequente no cumprimento de todos os instrumentos legais que balizam a
democracia guineense, em particular a Constituição e o regimento da Assembleia
Nacional Popular.
“O povo guineense decidiu mudar o
sentido de voto e atribuiu o poder a cada formação política no sentido de
forçá-los a unirem-se para dirigir o país na base do entendimento e na paz,
tolerância e diálogo inclusivo para que que este país possa progredir. Não
podemos desvirtuar esse sentimento popular e aceitamos, por isso decidimos
viabilizar todas as propostas do PAIGC no Parlamento”, observou o político para
de seguida assegurar que o partido liderado por Nuno Gomes Nabian (APU-PDGB) em
nenhuma circunstância podia assumir o lugar de primeiro vice-presidente do
parlamento, mas decidiram viabilizar aquela proposta em nome do consenso
político.
Revelou que tinham recebido a
garantia dos libertadores (PAIGC) através do seu primeiro vice-presidente,
Cipriano Cassamá, que na qualidade de presidente do parlamento, tem a obrigação
de procurar consensos para a constituição completa da Mesa da ANP, sobretudo a
de buscar consensos para completar a mesa e que estabeleceria contatos com os
partidos para pedir os nomes para construir uma única lista.
Realçou neste particular que a
comunidade internacional fez “muito esforço” para a mediação das partes sobre a
constituição da mesa do Parlamento, lembrando que a direção do PAIGC terá
garantido à Comunidade Internacional que iria pemitir que o MADEM assumisse o
lugar de segundo vice-presidente na Assembleia Nacional Popular, mas acabaram
por ser surpreendidos pela posição dos libertadores e seus aliados que decidiram
que mil uma vezes reprovariam a candidatura de Braima Camará.
Informou neste particular que na
busca de solução para a saída da crise, a Comissão Política aceitou a sua
decisão de abdicar daquele lugar e decidiu-se unanimamente escolher Satu
Camará, em representação do partido. Acrescentou que a Comunidade Internacional
(CEDEOA e a União Africana) na sua última missão ao país, mostrou-se
descepcionado com as partes envolvidas em diferendo no Parlamento, dado que as
partes tinham lhes garantido que seriam capazes de entender-se e que
viabilizariam as candidaturas umad dos outros.
“A CEDEAO diz que vieram desta
vez para tomar uma decisão e a decisão é que ao MADEM seja dado o seu direito,
porque tudo aquilo que se diz contra o MADEM é contrário. A missão da CEDEAO
antes da sua partida ouviu a comunicação do MADEM que o seu líder abdicou de
ocupar o lugar do segundo vice-presidente da ANP. E disseram que tinham
decidido que ninguém não poderia ocupar o cargo de segundo vice-presidente do
parlamento, a não ser o proprio Coordenador Nacional do MADEM”, contou.
Assana Sambú | O Democrata | Foto: A.S.
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