O PRA-JA ainda não está
legalizado pelo Tribunal Constitucional, mas já surgiram suspeitas em relação
ao financiamento do partido com alguns críticos a dizerem que foi Isabel dos
Santos ajudar esta nova força política.
O Partido de Renascimento dos
Angolanos – Juntos por Angola (PRA-JA), novo projeto político de Abel
Chivukuvuku continua a gerar debate e polémica em Angola. Apesar de não estar
ainda legalizado, muito já se se fala sobre o futuro partido. Lançado no passado
dia 2 de agosto, o projeto já tem uma agenda bem definida.
"2019, o ano do PRA-JA,
2020, o PRA-JA nas eleições autárquicas, 2021 crescer e afirmar-se em todo país
e 2022, alternativa para Angola”, referiu Chivukuvuku.
Polémicas à nascença
A polémica inicial relacionada
com o PRA-JA é facto deste partido político ainda não estar legalizado, pois o
Tribunal Constitucional ainda não deu o seu parecer em relação à constituição
deste novo partido político.
Associa-se a isso, o facto de ter
surgido informação segunda a qual Isabel dos Santos, empresária angolana e
filha do ex-Presidente da República, José Eduardo dos Santos, teria financiado
o partido. Entretanto, a informação já foi desmentida pelo próprio Abel
Chivukuvuku num encontro mantido com jornalistas e fazedores de opinião no
último fim-de-semana.
Então, quem financia o PRA-JA?
Perguntam alguns cidadãos. O político Xavier Jaime, um dos futuros rostos da
nova formação política angolana, diz que todas as despesas estão a ser cobertas
pelos cidadãos envolvidos na sua criação.
"Não vale a pena alimentar a
ideia de que a Isabel (dos Santos) é que está alimentar isso. Ela não deu
nenhum tostão e não vai dar nenhum tostão até onde eu sei. Ninguém precisa do
financiamento da Isabel no PRA-JA. Somos suficientemente capazes, o PRA-JA é
suficientemente capaz para avançar com os seus projectos vivendo a custa dos
seus poucos recursos”, esclareceu Xavier Jaime.
Nova vida
Abel Chivukuvuku foi destituído
da Convergência Ampla de Salvação de Angola- Coligação Eleitoral- CASA-CE por
suposta quebra de confiança. O político tenta agora surgir com uma nova força,
que, ainda está em fase de recolha de assinaturas. Face a várias informações,
Xavier Jaime sem citar nomes, diz que há segmentos da sociedade que conspiram
contra a carreira política de Chivukuvuku.
"Tentar fazer uma ligação
entre Isabel dos Santos, o seu suposto financiamento e o PRA-JA capitaneado
hoje pelo Abel Chivukuvuku não esconde essa ideia maquiavélico de quererem
atingir mortalmente, do ponto de vista político, o cidadão Abel Chivukuvuku”, afirmou
Xavier Jaime.
Mas se a empresária Isabel dos
Santos quiser fazer parte do projecto, perguntou a DW África, Xavier Jaime foi
peremptório.
"Aqueles que quiserem
entrar, ao abrigo dos próprios estatutos do PRA-JA, da própria lei dos partidos
políticos e da Constituição da República não terão absolutamente nenhum
impedimento”, respondeu Xavier Jaime.
Os seguidores de Abel Chivukuvuku
dizem que as informações como a que dá conta de que a empresária angolana
Isabel dos Santos teria financiado o novo partido é uma das manifestações de
conspiração contra o político.
Manuel Luamba | Deutsche Welle
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