A China apoiou nesta quarta-feira
(14) o pedido do Paquistão para que o Conselho de Segurança da ONU discuta a
decisão da Índia de revogar o status especial de Jammu e da Caxemira, pedindo
que o órgão se reúna a portas fechadas na quinta ou sexta-feira, disseram
diplomatas.
No entanto, a França respondeu ao
pedido propondo que o Conselho discutisse a questão de uma maneira menos formal
na próxima semana. Caberá à Polônia, presidente do Conselho em agosto, mediar
um horário e formato acordados entre os 15 membros.
A região do Himalaia tem criado
tensão entre os paquistaneses e a Índia, dois países que contam com armas
nucleares.
Em 5 de agosto, a Índia bloqueou o direito dos estados de Jammu e
Caxemira de criarem suas próprias leis e permitiu que não-residentes comprem
propriedades na região. Linhas telefônicas, internet e redes de televisão
foram bloqueadas e há restrições de movimento.
"O Paquistão não provocará um conflito. Mas a Índia não
deve confundir nossa restrição com fraqueza", disse o ministro das
Relações Exteriores do Paquistão, Shah Mahmood Qureshi, em uma carta ao
Conselho de Segurança. "Se a Índia decidir recorrer novamente ao uso da
força, o Paquistão será obrigado a responder, em autodefesa, com todas as suas
capacidades."
O secretário-geral da ONU,
António Guterres, pediu à Índia e ao Paquistão que se abstenham de qualquer
medida que possa afetar o status especial de Jammu e da Caxemira. Guterres
também disse estar preocupado com relatos de restrições no lado indiano da
Caxemira.
O Conselho de Segurança da ONU
adotou várias resoluções em 1948 e na década de 1950 sobre a disputa entre a
Índia e o Paquistão pela região, incluindo uma que diz que um plebiscito
deveria ser realizado para determinar o futuro da maioria muçulmana da Caxemira.
Soldados da ONU observam desde 1949 o cessar-fogo entre a
Índia e Paquistão em Jammu e na Caxemira.
Sputnik | Foto: © Reuters / Mike Segar
Sem comentários:
Enviar um comentário