Bernardo Chirinda, antigo
embaixador de Moçambique na Rússia, está a ser acusado de desvio de fundos,
entre 2003 e 2012, num valor total de mais de 167 mil dólares (150 mil euros).
Um "verdadeiro saque", segundo o juiz.
Bernardo Chirinda, que esteve na quinta-feira (08.08) no Tribunal Judicial da Cidade de Maputo para uma
primeira sessão, é acusado de ter orquestrado um "verdadeiro saque",
de acordo com o juiz de causa Rui Davane, na leitura dos autos.
Segundo a acusação, além de
gastos excessivos em viagens, o antigo embaixador terá desviado durante três
anos o 13.º salário dos trabalhadores, além de forjar pagamentos a funcionários
sem vínculos com a embaixada.
As ações de corrupção foram
facilitadas pelo seu adido financeiro na época, Horácio Matola, segundo os
autos.
O embaixador lança parte das
acusações aos seus antigos superiores hierárquicos, no caso os antigos
ministros dos Negócios Estrangeiros e Cooperação Leonardo Simão e Oldemiro
Baloi.
A justiça ouviu Leonardo Simão e
Oldemiro Baloi, que negaram ter autorizado pagamentos indevidos. O antigo
dirigente e o seu adido financeiro voltam ao tribunal no dia 16 de agosto para
mais uma sessão.
Em caso de se provar os crimes
pelos quais são acusados, podem ser condenados a penas que variam de 8 a 12 anos.
Este é o segundo
caso em que um antigo embaixador moçambicano está envolvido em
corrupção. Em março, Amélia
Sumbana, antiga embaixadora de Moçambique nos Estados Unidos, foi condenada
a 10 anos pelos crimes de abuso de cargo, peculato e branqueamento de capitais.
Agência Lusa | Deutsche Welle
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