A partir das 8 horas desta manhã
trazemos ao PG a descrição da situação da chamada crise energética por via dos
motoristas de transporte de matérias perigosas dos combustíveis em greve.
Neste momento, pouco mais das 10 horas da manhã,
podemos dizer que a situação é normal dentro da anormalidade mas está já
confirmado que o sindicato ordenou a suspensão dos serviços mínimos. No Jornal
de Notícias pode inteirar-se sobre a situação ao minuto, de onde extraímos
parcialmente informação que encontrará a seguir.
Certo é que a negação à prestação
dos serviços mínimos vai acontecer e uma vez decretada a requisição civil pelo
governo os motoristas incorrerão em crime de desobediência. Porque o “ruído” (boatos) à
volta deste assunto é enorme aconselhamos a que filtrem com incidência as
informações que a média nos faculta e saibam esperar as devidas confirmações ou
desmentidos.
Redação PG
Motoristas vão deixar de cumprir
serviços mínimos
A greve que arrancou esta
segunda-feira, por tempo indeterminado, foi convocada pelo Sindicato Nacional
dos Motoristas de Matérias Perigosas SNMMP) e pelo Sindicato Independente dos
Motoristas de Mercadorias (SIMM).
Antram rejeita subornos e pede
afastamento de Pardal Henriques (09.52)
A Antram rejeitou ter
subornado motoristas de matérias perigosas para furarem a greve, tendo o
porta-voz da associação acusado o sindicato nacional dos motoristas de mentir
descaradamente.
O advogado e porta-voz do
sindicato nacional dos motoristas, Pardal Henriques, disse hoje de manhã que a
Antram subornou os primeiros motoristas que saíram de Aveiras de Cima, Lisboa,
para iniciarem funções no primeiro dia de greve.
"Este representante [Pardal
Henriques] tem uma agenda pessoal e tem de sair imediatamente deste conflito
porque nunca será possível chegar acordo com quem procura o conflito",
referiu André Matias.
Segundo este representante da
associação patronal, o sindicato "alimenta-se e vive do
conflito", única situação que considera justificar uma greve em 2019
"relativamente a reivindicações para 2021 e 2022".
Polícia, aplausos e grevistas a
trabalhar. Imagens de uma greve sem fim marcado (09.46)
Um motorista escalado para os
serviços mínimos recusou-se a trabalhar e foi aplaudido e abraçado pelos
colegas em greve presentes na Companhia Logística de Combustíveis (CLC), em
Aveiras.
Pelas 8.45 horas, eram já mais de
20 os camiões de abastecimento que tinham partido desta central, a maioria com
destino ao Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.
Alguns circulam lentamente, em
protesto, apesar da escolta da GNR.
Além destes militares, estão
ainda de prevenção na CLC elementos das Forças Armadas.
Serviços mínimos vão deixar de
ser cumpridos
"Vamos deixar de cumprir os
serviços mínimos", disse ao jornalistas o vice-presidente do Sindicato
Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas, em Aveiras, concelho da
Azambuja, distrito de Lisboa.
Pardal Henriques acusou o Governo
e as empresas de não estarem a respeitar o direito à greve.
"Os trabalhadores estão a
ser subornados. Há polícia e Exército a escoltar os camiões. Não foi o
sindicato que quebrou os serviços mínimos, mas sim as empresas e o Governo que
violaram o direito à greve.
Questionado pelos jornalistas
sobre a possibilidade de esta medida provocar a requisição civil, o
vice-presidente do sindicato diz que na prática isso já está a ocorrer.
Mais de 430 postos sem
combustível às 8.30 horas desta segunda-feira
Mais de 430 postos de combustível
de Portugal estavam, cerca das 9 horas, sem gasolina ou gasóleo, o que
representa 15% do total de postos do país, de acordo com informação divulgada
pelo site "Já não dá para abastecer".
Segundo esta fonte, há 435 postos
no país sem qualquer combustível, enquanto 394 têm só algum tipo de
combustível, gasolina ou gasóleo.
A maior parte (71%) do total dos
2.928 ainda tem, segundo este "site", combustível para normal
abastecimento.
O "site" foi criado em
conjunto pelo Waze e pela rede Vost Portugal (Voluntários Digitais Em Situações
de Emergência) para criar um site especial, onde é possível consultar os locais
onde há - ou já não há - gasolina ou gasóleo.
Os consumidores podem colaborar
na partilha de informação, através de um questionário onde informam quais os
postos que encerraram por falta de combustível.
Os primeiros camiões que estão
cumprir serviços mínimos começaram a sair da refinaria de Leça, em Matosinhos.
Saiba onde e quanto pode
abastecer durante a greve
O mapa da Rede de Emergência de
Postos de Abastecimento (REPA) abrange 54 postos prioritários e 320 postos de
acesso público, nos quais o volume máximo permitido é de 15 litros .
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