segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Grevistas ameaçam desobediência: Sem serviços mínimos será o caos em Portugal


A partir das 8 horas desta manhã trazemos ao PG a descrição da situação da chamada crise energética por via dos motoristas de transporte de matérias perigosas dos combustíveis em greve.

Neste momento, pouco mais das 10 horas da manhã, podemos dizer que a situação é normal dentro da anormalidade mas está já confirmado que o sindicato ordenou a suspensão dos serviços mínimos. No Jornal de Notícias pode inteirar-se sobre a situação ao minuto, de onde extraímos parcialmente informação que encontrará a seguir.

Certo é que a negação à prestação dos serviços mínimos vai acontecer e uma vez decretada a requisição civil pelo governo os motoristas incorrerão em crime de desobediência. Porque o “ruído” (boatos) à volta deste assunto é enorme aconselhamos a que filtrem com incidência as informações que a média nos faculta e saibam esperar as devidas confirmações ou desmentidos.

Redação PG

Motoristas vão deixar de cumprir serviços mínimos

A greve que arrancou esta segunda-feira, por tempo indeterminado, foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas SNMMP) e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM).

Antram rejeita subornos e pede afastamento de Pardal Henriques (09.52)

A Antram rejeitou ter subornado motoristas de matérias perigosas para furarem a greve, tendo o porta-voz da associação acusado o sindicato nacional dos motoristas de mentir descaradamente.

O advogado e porta-voz do sindicato nacional dos motoristas, Pardal Henriques, disse hoje de manhã que a Antram subornou os primeiros motoristas que saíram de Aveiras de Cima, Lisboa, para iniciarem funções no primeiro dia de greve.

"Este representante [Pardal Henriques] tem uma agenda pessoal e tem de sair imediatamente deste conflito porque nunca será possível chegar acordo com quem procura o conflito", referiu André Matias.

Segundo este representante da associação patronal, o sindicato "alimenta-se e vive do conflito", única situação que considera justificar uma greve em 2019 "relativamente a reivindicações para 2021 e 2022".

Polícia, aplausos e grevistas a trabalhar. Imagens de uma greve sem fim marcado (09.46)

Um motorista escalado para os serviços mínimos recusou-se a trabalhar e foi aplaudido e abraçado pelos colegas em greve presentes na Companhia Logística de Combustíveis (CLC), em Aveiras.

Pelas 8.45 horas, eram já mais de 20 os camiões de abastecimento que tinham partido desta central, a maioria com destino ao Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.

Alguns circulam lentamente, em protesto, apesar da escolta da GNR. 

Além destes militares, estão ainda de prevenção na CLC elementos das Forças Armadas.

Serviços mínimos vão deixar de ser cumpridos

"Vamos deixar de cumprir os serviços mínimos", disse ao jornalistas o vice-presidente do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas, em Aveiras, concelho da Azambuja, distrito de Lisboa.

Pardal Henriques acusou o Governo e as empresas de não estarem a respeitar o direito à greve.

"Os trabalhadores estão a ser subornados. Há polícia e Exército a escoltar os camiões. Não foi o sindicato que quebrou os serviços mínimos, mas sim as empresas e o Governo que violaram o direito à greve.

Questionado pelos jornalistas sobre a possibilidade de esta medida provocar a requisição civil, o vice-presidente do sindicato diz que na prática isso já está a ocorrer.

Mais de 430 postos sem combustível às 8.30 horas desta segunda-feira

Mais de 430 postos de combustível de Portugal estavam, cerca das 9 horas, sem gasolina ou gasóleo, o que representa 15% do total de postos do país, de acordo com informação divulgada pelo site "Já não dá para abastecer".

Segundo esta fonte, há 435 postos no país sem qualquer combustível, enquanto 394 têm só algum tipo de combustível, gasolina ou gasóleo.

A maior parte (71%) do total dos 2.928 ainda tem, segundo este "site", combustível para normal abastecimento.

O "site" foi criado em conjunto pelo Waze e pela rede Vost Portugal (Voluntários Digitais Em Situações de Emergência) para criar um site especial, onde é possível consultar os locais onde há - ou já não há - gasolina ou gasóleo.

Os consumidores podem colaborar na partilha de informação, através de um questionário onde informam quais os postos que encerraram por falta de combustível.

Os primeiros camiões que estão cumprir serviços mínimos começaram a sair da refinaria de Leça, em Matosinhos.

Saiba onde e quanto pode abastecer durante a greve

O mapa da Rede de Emergência de Postos de Abastecimento (REPA) abrange 54 postos prioritários e 320 postos de acesso público, nos quais o volume máximo permitido é de 15 litros.

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