domingo, 1 de setembro de 2019

Hong Kong: Os EUA e a diplomacia de bandidagem


Netizens de Hong Kong distribuíram recentemente uma foto de uma diplomata norte-americana em reunião com várias figuras da oposição radical, dentre as quais Joshua Wong, em período sensível de tumultos na cidade. Na sequência, a mídia de Hong Kong também noticiou que aquela diplomata, Julie Eadeh, chefe da unidade política do consulado geral dos EUA em Hong Kong, já estivera envolvida em “revoluções coloridas” em outros países. O artigo diz que o marido de Julie Eadeh também é diplomata norte-americano. Cita-se lá uma publicação religiosa que circula nos EUA e mencionam-se outros membros da família.

O governo dos EUA desempenhou papel central, no processo de desencaminhar as manifestações em Hong Kong. Washington apoia publicamente os protestos e jamais condena a violência organizada contra a polícia. O consulado geral dos EUA em Hong Kong está aprofundando sua interferência direta na situação na cidade. O governo dos EUA insufla os tumultos em Hong Kong, exatamente como fez em todas as “revoluções coloridas” em outros pontos do mundo.

Mesmo assim, o Departamento de Justiça dos EUA acusou os veículos de mídia em Hong Kong de “vazarem informação privada sobre um diplomata dos EUA”, e chamou a China de “regime bandido”. Mais uma vez, Washington tenta declarar o preto, branco. E distorce a verdade.

A ideia central do artigo publicado pela mídia de Hong Kong era noticiar a interferência de uma diplomata norte-americana em assuntos internos de Hong Kong, e o envolvimento dela na organização de ações subversivas em todo o Oriente Médio. A matéria absolutamente não teve qualquer objetivo de ameaçar Eadeh ou a família dela. É movimento absolutamente diferente do que faz a oposição extremista e das milícias golpistas, em Hong Kong: “Caça aos policiais de Hong Kong e respectivas famílias”, com intimidação e perseguição a funcionários do Estado.

A mídia de Hong Kong tem pleno direito de noticiar os movimentos de diplomatas dos EUA que participam ativamente, ajudam a insuflar e interferem nos tumultos em Hong Kong. É dever e ofício da mídia, e nada tem a ver com o governo. O Departamento de Estado dos EUA agride o governo chinês e violenta direitos da imprensa de Hong Kong, agindo como bandoleiro político irracional.


Os EUA mantêm laços diplomáticos com a China e portanto têm um consulado geral em Hong Kong. Esse consulado geral interfere nos assuntos de Hong Kong – o que é grave violação da lei internacional que rege o papel e a operação de missões diplomáticas. O Departamento de Estado dos EUA disse que “Esse é o trabalho diário dos diplomatas norte-americanos em todos os cantos do mundo.”

A verdade é que a diplomacia de bandidagem dos EUA incomoda, sim, gravemente muitos países. Não importa o quão poderosos sejam os EUA, nada justifica insuflar rebeliões e interferir em assuntos de outros países.

A situação em Hong Kong mostra que extremistas e grupos violentos estão destruindo o estado de direito e intimidando os cidadãos. Aqueles extremistas e aqueles grupos violentos são hoje a maioria dos que agitam as ruas e atropelam a ordem pública em Hong Kong. Há quem os compare a uma “super gangue”. Outros se referem a eles como “gangue democrática”, porque fazem o que fazem ‘em nome’ da democracia. Mas fazem o que fazem sempre contra a democracia. À frente deles, aparecem os EUA. Juntos, EUA e extremistas formaram uma “bandidagem política” que tumultua sempre mais a situação em Hong Kong.

Mas esquecem que os tumultos operam contra os interesses fundamentais do público. Hong Kong está chegando a um ponto crítico, com o povo desesperadamente necessitado de paz e de estabilidade. Uns poucos agitadores não podem, no longo prazo, sequestrar a juventude de Hong Kong.

Os EUA na ‘liderança’ dos bandidos políticos servem-se de truques sujos, mas não têm direitos de governança sobre Hong Kong. Com o apoio do governo central e dos grupos de patriotas em Hong Kong que se levantam valentemente contra os agitadores, a conspiração golpista será esmagada, os tumultos chegarão ao fim, e os agitadores serão punidos nos termos da lei.

Global Times, Pequim, 9.8.2019 | Oriente Mídia | Traduzido por Vila Mandinga

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