Mariano Nhongo, tenente-general
da RENAMO, diz que confronto armado desta sexta-feira (06.09), envolvendo
guerrilheiros da autoproclamada Junta Militar e forças de segurança, não
provocou baixas entre membros do grupo.
O confronto
armado que na sexta-feira (06.09) envolveu guerrilheiros da
autoproclamada Junta Militar da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO)
e forças de segurança, segundo anunciado pelo seu líder, Mariano Nhongo, não
provocou baixas entre os membros do grupo.
Mariano
Nhongo descreveu um ataque que tinha como alvo uma base em
Chipindaumwe, distrito de Gôndola, no centro de Moçambique, e atribuiu a sua
responsabilidade a forças de defesa e segurança moçambicanas.
"Os meus homens
[guerrilheiros] estão bem", precisou Mariano Nhongo, tenente-general da
RENAMO, que não reconhece a liderança do partido, nem os acordos de paz.
A autodenominada Junta
Militar, desde que se rebelou, em junho, ameaça usar as armas para se
fazer ouvir.
"Os meus homens foram
atacados na base e responderam", disse Mariano Nhongo, adiantando que
o confronto durou até ao princípio da tarde, numa mata distante da povoação.
A base fica perto do local onde,
na quinta-feira, um autocarro de passageiros foi alvo de tiros por
desconhecidos, provocando três feridos, junto ao rio Pungue, entre os distritos
de Nhamatanda e Gorongosa.
A agência de notícias Lusa tentou
obter esclarecimentos junto do porta-voz da Polícia da República de Moçambique
(PRM) na província de Manica, mas até agora não recebeu qualquer informação.
O confronto foi
confirmado por outras fontes, nomeadamente um residente no distrito de
Gôndola.
Paz
Apesar de as hostilidades entre
Governo e RENAMO terem cessado em dezembro de 2016 e de a paz ter sido
formalmente subscrita através de acordos assinados há um mês, um grupo liderado
por Mariano Nhongo permanece "entrincheirado nas matas".
A autodenominada Junta Militar da
RENAMO não reconhece o líder do partido, Ossufo Momade, nem os acordos
assinados por este, nomeadamente os que regulam o desarmamento e reintegração
dos guerrilheiros na sociedade, ameaçando usar as armas se os seus pedidos não
forem ouvidos.
O presidente da RENAMO já
classificou o movimento liderado por Nhongo como um grupo de desertores e
indisciplinados.
"Mariano Nhongo é um cidadão
moçambicano e membro da RENAMO e o que podemos fazer agora é pedir para que
Nhongo volte à razão", disse Ossufo Momade, na quarta-feira, durante uma
intervenção pública.
Deutsche Welle | Agência Lusa
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