Mário
Motta | opinião
Estamos exatamente a uma semana
de 6 de outubro, dia de Eleições Legislativas em Portugal. A perspetiva é a de
que o Partido Socialista seja o mais votado e o PSD no segundo lugar do pódio
eleitoral, afastado por talvez menos de 10 pontos percentuais do PS. E eis como
tudo está na mesma...
Se excetuarmos a talvez pouco
maior votação do BE - que mais coisa menos coisa - vai dar também no mesmo. O
PCP está a descer, dizem as sondagens. É a tal coisa: ser honesto não compensa.
O povinho adora ser dirigido por vigaristas para depois poder aliviar a
bílis nos ladrões, nos corruptos, nos antidemocráticos e anti-interesses
legítimos dos trabalhadores, em conluio com os grandes do patronato e da banca,
do grande capital nacional estrangeiro, que lhes oferecem pela socapa algumas
migalhas do que roubam, do que exploram com o suor dos contidos e mal pagos. Ou
isso, ou poleiros nas empresas ou na UE e similares do areópago mundial, a ONU.
O que se pode esperar de Costa,
do PS, em novo governo? O mesmo de sempre, nada ou quase nada para a maioria
dos portugueses. Talvez piores serviços públicos e mais benesses para aqueles a
que se vergam e se vendem, de acordo com o neoliberalismo fascista que vinga
pela UE e pelo mundo. A perspetiva é a de que vêm aí piores anos para a maioria
dos portugueses, mais exploração, mais horas e horas em filas de espera e menos
desemprego porque os esclavagistas até podem contratar mais escravos a
pagar-lhes menos por mais horas de trabalho, além de poderem despedir sem
encargos quando lhes der na vontade. Criação da autoria do PS com legislação em
vigor e aprovada po via do Bloco Central, que não está morto mas somente a
fazer de conta que é esse o seu estado. Legislação que em nada mereceu a
concordância da famigerada Geringonça Ilusória em tantos temas e aspetos.
Quem esperar outra
"geringonça" para nos enganar no que é primordial interesse dos
portugueses sem nada ou menos abastados, e mais explorados, desengane-se. O PS
está em casa e virou ainda mais à direita - se é que alguma vez fez algo
verdadeiramente de esquerda desde que existe?! Olhai o passado, o historial, os
"socialistas" que por nós se têm governado, e saberão com o que podem
contar a sair das próximas eleições de domingo, 6 de outubro.
A chamada Geringonça conta para si com alguns pontos positivos, mas graças à pressão do PCP e do BE.
De resto assistimos a um PS que se diz de esquerda mas está-se pelando por
poder governar à direita, que é onde possui o seu sustentáculo, nos grandes
empresários e etc. Muitos da classe média-alta, que conta bastante, são Marias
vai com o PS, indiferentes à pobreza que continua a grassar, a que chamam
pobrezinhos e coitadinhos – para agrado da maioral do chamado Banco de Fome e
outras organizações que têm por objetivo serem o tampão da revolta de mais de metade
dos portugueses carenciados. O que não é difícil se considerarmos o Salário Mínimo
Nacional de Miséria e as pensões/reformas do mesmo jaez.
São só promessas nesta campanha eleitoral
e nas anteriores. Tudo o resto são "tangas", são só aparências, são
mentiras, são promessas que nunca veremos cumpridas a favor dos mais
desprotegidos - a maioria, os que são explorados, oprimidos e que mais parecem
zumbis ao serviço de máfias partidárias com poderes decisórios estranhos ao
país mas a quem obedecem cegamente.
Como sempre, as migalhas que sobram e são distribuídas à maioria dos portugueses surgem de vez em quando para calar a revolta, abortá-la, quando a indignação popular cresce além dos parâmetros calculados por aqueles que dominam e reprimem de modo "democrático" os portugueses que sustentam a catrefada de parasitas que põem e dispõem em sintonia com as máfias partidárias, empresariais, da banca e de ilhargas similares.
Do PS, PSD, CDS e de certos e incertos pequenos partidos que nunca obtiveram representação parlamentar significativa - salvo raras exceções - o que se pode esperar é miséria, pobreza envergonhada, remediados assim-assim, e muitas mentiras e cambalachos. É ponto assente da atualidade e histórico.
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