domingo, 29 de setembro de 2019

Portugal eleiçoeiro | SÃO SÓ PROMESSAS, TUDO O RESTO SÃO “TANGAS”


Mário Motta | opinião

Estamos exatamente a uma semana de 6 de outubro, dia de Eleições Legislativas em Portugal. A perspetiva é a de que o Partido Socialista seja o mais votado e o PSD no segundo lugar do pódio eleitoral, afastado por talvez menos de 10 pontos percentuais do PS. E eis como tudo está na mesma...

Se excetuarmos a talvez pouco maior votação do BE - que mais coisa menos coisa - vai dar também no mesmo. O PCP está a descer, dizem as sondagens. É a tal coisa: ser honesto não compensa. O povinho adora ser dirigido por vigaristas para depois poder aliviar a bílis nos ladrões, nos corruptos, nos antidemocráticos e anti-interesses legítimos dos trabalhadores, em conluio com os grandes do patronato e da banca, do grande capital nacional estrangeiro, que lhes oferecem pela socapa algumas migalhas do que roubam, do que exploram com o suor dos contidos e mal pagos. Ou isso, ou poleiros nas empresas ou na UE e similares do areópago mundial, a ONU.

O que se pode esperar de Costa, do PS, em novo governo? O mesmo de sempre, nada ou quase nada para a maioria dos portugueses. Talvez piores serviços públicos e mais benesses para aqueles a que se vergam e se vendem, de acordo com o neoliberalismo fascista que vinga pela UE e pelo mundo. A perspetiva é a de que vêm aí piores anos para a maioria dos portugueses, mais exploração, mais horas e horas em filas de espera e menos desemprego porque os esclavagistas até podem contratar mais escravos a pagar-lhes menos por mais horas de trabalho, além de poderem despedir sem encargos quando lhes der na vontade. Criação da autoria do PS com legislação em vigor e aprovada po via do Bloco Central, que não está morto mas somente a fazer de conta que é esse o seu estado. Legislação que em nada mereceu a concordância da famigerada Geringonça Ilusória em tantos temas e aspetos.

Quem esperar outra "geringonça" para nos enganar no que é primordial interesse dos portugueses sem nada ou menos abastados, e mais explorados, desengane-se. O PS está em casa e virou ainda mais à direita - se é que alguma vez fez algo verdadeiramente de esquerda desde que existe?! Olhai o passado, o historial, os "socialistas" que por nós se têm governado, e saberão com o que podem contar a sair das próximas eleições de domingo, 6 de outubro.

A chamada Geringonça conta para si com alguns pontos positivos, mas graças à pressão do PCP e do BE. De resto assistimos a um PS que se diz de esquerda mas está-se pelando por poder governar à direita, que é onde possui o seu sustentáculo, nos grandes empresários e etc. Muitos da classe média-alta, que conta bastante, são Marias vai com o PS, indiferentes à pobreza que continua a grassar, a que chamam pobrezinhos e coitadinhos – para agrado da maioral do chamado Banco de Fome e outras organizações que têm por objetivo serem o tampão da revolta de mais de metade dos portugueses carenciados. O que não é difícil se considerarmos o Salário Mínimo Nacional de Miséria e as pensões/reformas do mesmo jaez.

São só promessas nesta campanha eleitoral e nas anteriores. Tudo o resto são "tangas", são só aparências, são mentiras, são promessas que nunca veremos cumpridas a favor dos mais desprotegidos - a maioria, os que são explorados, oprimidos e que mais parecem zumbis ao serviço de máfias partidárias com poderes decisórios estranhos ao país mas a quem obedecem cegamente.

Como sempre, as migalhas que sobram e são distribuídas à maioria dos portugueses surgem de vez em quando para calar a revolta, abortá-la, quando a indignação popular cresce além dos parâmetros calculados por aqueles que dominam e reprimem de modo "democrático" os portugueses que sustentam a catrefada de parasitas que põem e dispõem em sintonia com as máfias partidárias, empresariais, da banca e de ilhargas similares.

Do PS, PSD, CDS e de certos e incertos pequenos partidos que nunca obtiveram representação parlamentar significativa - salvo raras exceções - o que se pode esperar é miséria, pobreza envergonhada, remediados assim-assim, e muitas mentiras e cambalachos. É ponto assente da atualidade e histórico.

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