domingo, 6 de outubro de 2019

Angola | Repatriamento voluntário de congoleses para a próxima semana


O Governo angolano, a partir da próxima semana, inicia um novo processo de repatriamento voluntário dos restantes 10 mil refugiados da República Democrática do Congo, no centro de acolhimento do Lóvua.

"Dos mais de 36 mil refugiados que entraram, em março de 2017, até ao mês passado contabilizavam-se no banco de dados cerca de 24 mil. Desse número mais de 14 mil já regressaram de forma espontânea, com todo o apoio do Governo angolano e a partir da próxima semana iniciaremos mais um processo de repatriamento voluntário", disse esta quinta-feira (03.10) Alfredo Leite, consultor do gabinete do secretário de Estado angolano para a Ação Social.

O processo de repatriamento voluntário organizado dos refugiados da RDC, que se encontram desde 2017 no centro de acolhimento do Lóvua, na província angolana da Lunda Norte, decorre de um acordo tripartido assinado entre os governos de Angola e da RDCongo, juntamente com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os refugiados (ACNUR).

Regresso espontâneo

Em agosto passado, mais de 16.000 refugiados da província congolesa de Cassai manifestaram desejo de regressar ao seu país e milhares já regressaram "espontaneamente" ao seu país.

O responsável falava esta quinta-feira, em Luanda, durante a segunda conferência sobre a "Política Migratória e de Refugiados em Angola", realizada pela Rede de Proteção ao Migrante e Refugiado em Angola.

Apresentando as medidas socioeconómicas para refugiados e migrantes em Angola, referiu que um dos desafios das autoridades é "destrinçar o refugiado do imigrante", porque, sublinhou, "muitos que hoje ostentam o estatuto de refugiado se calhar são imigrantes". Também lembrou que Angola tem vários dispositivos legais para proteção e salvaguarda dos direitos dos refugiados e migrantes no país.

Agência Lusa, tms | Deutsche Welle

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