O presidente do Parlamento do
Iraque, Mohammed al Halbusi, enfatizou a necessidade de combater a corrupção da
mesma forma que o terrorismo.
O político anunciou a necessidade
de "acabar com os confrontos entre manifestantes e serviços de segurança",
prometendo que se juntaria aos protestos "se o Estado não puder atender às
demandas dos manifestantes".
"A corrupção deve ser
combatida tão seriamente quanto o terrorismo", disse Al Halbusi em seu
discurso transmitido nos canais de televisão árabes.
Ele também anunciou que chefiará
um novo comité de reforma criado para ajudar as autoridades a atender às
demandas do povo iraquiano.
A maior coligação do parlamento
iraquiano Al Mihwar Al Watani anunciou em 4 de outubro a suspensão de sua
participação na legislatura em apoio aos manifestantes no país.
Por sua parte, o líder religioso
do Iraque, o grande aiatolá Ali al Sistani, condenou o uso da violência durante
manifestações no país e pediu às autoridades que tomassem "medidas práticas e claras" para combater a corrupção.
Horas antes, o primeiro-ministro
iraquiano, Adil Abdul Mahdi, afirmou em um discurso transmitido na televisão
que não há solução "mágica" para todos os problemas, mas que ele
tentará aprovar uma lei sobre o pagamento de benefícios a famílias de baixa
renda.
Ele também anunciou a criação de
um comité para libertar manifestantes que haviam sido detidos anteriormente, e
que aqueles que morreram durante as manifestações seriam reconhecidos como
"mártires".
O diretor do Observatório
Iraquiano de Direitos Humanos, Mostafa Sadoun, disse à Sputnik que 50 pessoas
morreram e quase 2 mil ficaram feridas durante os protestos no Iraque.
Uma onda de protestos eclodiu no
dia 1 de outubro em Bagdad, quando cerca de 1.500 pessoas se reuniram na Praça
Tahrir, no centro da capital iraquiana, em frente à ponte Al Jumhuriya, que leva
à zona verde, uma área fortificada onde estão localizados os prédios governamentais e missões diplomáticas.
Manifestações por falta de
serviços básicos, desemprego e corrupção se espalharam no dia seguinte para
outras províncias como Najaf, Di Car, Wasit e Babil.
O primeiro-ministro iraquiano
decretou um toque de recolher a partir das 5 horas do dia 3 de outubro em
Bagdá, assim como em outras províncias.
Sputnik | Foto: © AFP 2019 /
Haidar Mohammed Ali
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