Aristides Gomes (na foto) pede
"atenção e vigilância" perante uma tentativa de golpe de Estado para
tentar impedir a realização de eleições presidenciais. Chefe do Governo
guineense aponta o dedo a Umaro Sissoco Embaló.
"O momento exige de cada um
a máxima atenção e vigilância porque o país está a ser empurrado para uma
situação de subversão da ordem constitucional por pessoas que querem a todo o
custo chegar ao poder. Está em preparação um golpe de Estado com vista a
interromper o processo da preparação das eleições presidenciais de 24 de
novembro", pode ler-se numa publicação dirigida aos guineenses e com o
título de "urgente" publicada na segunda-feira (21.10) à noite na
página do Facebook do primeiro-ministro guineense, Aristides Gomes.
Segundo o primeiro-ministro, o
ato "conduziria à prisão do primeiro-ministro, assim como de alguns
ministros" do Governo e iria ser concretizado no seguimento de "ações
de vandalismo também em preparação para as próximas horas".
"As provas materiais dos
preparativos para a efetivação do crime estão seguramente guardadas para serem
exibidas na altura devida", salientou Aristides Gomes.
Umaro Sissoco Embaló é o
responsável, diz PM
Na publicação, o
primeiro-ministro revela também que o autor daqueles atos "está
devidamente identificado de forma inequívoca e chama-se Umaro Sissoco
Embaló".
Umaro Sissoco Embalo (na foto), antigo
primeiro-ministro guineense e dirigente do Movimento para a Alternância
Democrática (Madem-G15), é candidato às eleições presidenciais, marcadas para
24 de novembro.
"Não obstante essas manobras
que vão claramente contra o espírito da democracia, reafirmamos a nossa
determinação em continuar a garantir todas as condições necessárias para que as
eleições presidenciais tenham lugar a data marcada", referiu o
primeiro-ministro, que está ausente do país, segundo fonte do seu gabinete.
A Guiné-Bissau realiza eleições
presidenciais a 24 de novembro, estando a segunda volta, caso seja necessária,
marcada para 29 de dezembro.
A campanha eleitoral, na qual vão
participar 12 candidatos aprovados pelo Supremo Tribunal de Justiça, vai
decorrer entre 01 e 22 de novembro.
Deutsche Welle | Agência Lusa
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