Segundo o apuramento provisório
do STAE, o Presidente da República de Moçambique e candidato à reeleição tem a
maioria dos votos em todo país. A FRELIMO segue na liderança na disputa na
Assembleia da República.
Dados provisórios do Secretariado
Técnico de Administração Eleitoral (STAE) dão vitória clara ao Presidente da
República de Moçambique e candidato à reeleição pela Frente de Libertação de
Moçambique (FRELIMO), Filipe Nyusi.
Segundo o apuramento provisório,
já foram processadas mais de 13.600 das 20.554 mesas de voto. Filipe Nyusi está
na frente com 74,56% dos votos, seguido de Ossufo Momade (20,29%), Daviz
Simango (4,49%) e Mário Albino com 0,66%.
Em relação às votações para a
Assembleia da República, e numa altura em que estão apuradas 78,96% das mesas,
a FRELIMO está com uma vantagem de 79,89% dos votos. Segue-se a Resistência
Nacional Moçambicana (RENAMO) com 17,22%, o Movimento Democrático de Moçambique
(MDM), com 1,78%, e a Ação do Movimento Unido para a Salvação Integra (AMUSI),
com 0,20%.
Na província da Zambézia, centro
do país, o STAE adiou o anúncio dos resultados, que estava marcado para este
domingo (20.10), para a manhã de segunda-feira (21.10). Segundo uma fonte
daquele órgão, o adiamento deveu-se a questões organizacionais.
No entanto, nas ruas da capital
Quelimane, membros e simpatizantes da FRELIMO já cantam vitória, informa o
nosso correspondente, Marcelino Mueia. Os vogais dos partidos da oposição
fizeram já saber que não vão assinar atas ou editais.
Resultados provinciais
A vantagem de Filipe Nyusi e da
FRELIMO sobre os outros candidatos e partidos é ampla em todas as províncias de
Moçambique. Com 100% das urnas apuradas, a província de Gaza, sul de
Moçambique, elegeu Filipe Nyusi com 94,74% dos votos. Ossufo Momade obteve
2,86% dos votos e Daviz Simango teve 2,03%.
A contagem dos votos está quase
concluída na província de Tete, onde Filipe Nyusi tem 77,3% dos votos, seguido
de Ossufo Momade, com quase 20%, e Daviz Simango, com 2,19%.
Em Inhambane, com quase 90% dos
votos apurados, o atual Presidente da República segue na frente na disputa, com
quase 81% dos votos, seguido do líder da RENAMO, com quase 14% dos votos, e o
líder do MDM, com 4,4%.
Oposição contesta resultados
Na manhã deste sábado (19.10), o
maior partido da oposição moçambicana, a RENAMO, fez saber que não
aceitará os resultados e pediu a repetição do sufrágio. Também o MDM
já havia anunciado que não aceitaria os resultados daquelas que foram, na sua
opinião, as eleições "mais violentas da história do país".
Em Nampula, o AMUSI contestou os
resultados provisórios por considerar que o apuramento distrital está
"viciado" a favor da FRELIMO. Também a RENAMO, segundo informações da
Plataforma Sala da Paz, solicitou a anulação das eleições nesta cidade por
causa da ocorrência de "várias irregularidades".
Na província do Niassa, o MDM
submeteu uma reclamação à Comissão Distrital de Lichinga, na qual denuncia a
falta de 40 editais no apuramento dos dados eleitorais ao nível distrital,
informa a "Sala da Paz".
No passado dia 15 de outubro, os
eleitores moçambicanos foram chamados a escolher o Presidente da República, 250
deputados do parlamento e, pela primeira vez, dez governadores provinciais e
respetivas assembleias.
Karina Gomes, Marcelino Mueia
(Quelimane) | Deutsche Welle
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