O Paquistão voltou a alertar a
comunidade internacional sobre uma possível guerra nuclear com a Índia diante
das crescentes tensões na Caxemira, disse Masood Khan, presidente da Azad
Kashmir, setor administrado pelo Paquistão.
"Mesmo um conflito militar limitado
pode levar à guerra nuclear", declarou Khan à Sputnik.
Ele acrescentou que seu país não está tentando iniciar uma guerra.
"Estamos prevendo um cenário
realista para a comunidade internacional agir e pressionar a
Índia a interromper seus atos ilegais", prosseguiu Khan.
Na opinião da liderança
paquistanesa, na fase aberta de um conflito hipotético "outros países não
estarão diretamente envolvidos".
"Se houver uma guerra entre
a Índia e o Paquistão, será muito rápida e mortal. Será o armagedão. Centenas
de milhões de pessoas morrerão no sul da Ásia, a radiação afetará 2,5 biliões
de pessoas em todo o mundo", alertou.
Khan pediu ao Conselho de
Segurança da ONU que se envolva na situação para canalizá-la através dos canais
diplomáticos.
No início de agosto, a Índia aboliu a autonomia do estado de Jammu e Caxemira e aprovou a divisão dessa entidade em dois territórios a partir de 31 de outubro.
O Paquistão alertou que fará de
tudo para combater uma mudança unilateral no status de Jammu e Caxemira,
reconhecido internacionalmente como território em disputa.
As tropas dos dois países da
Caxemira são separadas por uma fronteira militar, a chamada "linha de
controle", que carece de reconhecimento internacional e na qual incidentes
frequentes são registados.
Sputnik | Foto: © AP Photo/ Anjum Naveed
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