sexta-feira, 1 de novembro de 2019

A Alemanha busca envolver-se militarmente no Próximo-Oriente Alargado

Delegação alemã quando chegou ao Cairo
A Conferência sobre Segurança de Munique organizou, nos dias 25 e 26 de Outubro, no Cairo e, nos dias 27 e 28 de Outubro, em Doha, dois seminários entre dirigentes árabes e alemães.

O Egipto está — com a Síria e a Arábia Saudita — empenhado contra os Irmãos Muçulmanos, enquanto o Catar — com a Turquia e o Irão — apoia esta sociedade secreta.

O Presidente egípcio, Abd al-Fattah al-Sissi, o seu Ministro dos Negócios Estrangeiros (Relações Exteriores-br) Sameh Hassan Shoukry, e o Secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Aboul-Gheit, participaram na reunião do Cairo com umas outras quarenta personalidades, entre as quais os Ministros dos Negócios Estrangeiros do Níger, do Uganda e do Djibuti.

O Emir do Catar, Xeque Tamim bin Hamad Al-Thani, o seu Ministro dos Negócios Estrangeiros, Mohammed bin Abdulrahman Al-Thani, devem participar na reunião de Doha com umas quarenta outras personalidades, entre as quais o Ministro de Negócios Estrangeiros do Irão, o Presidente do Curdistão iraquiano e o enviado especial da ONU para o Iémene, Martin Griffiths. A laureada de 2011 do Prémio Nobel da Paz, a Iemenita Tawakkol Karman, representará a Confraria dos Irmãos Muçulmanos.

O governo alemão será representado nas duas reuniões pelo Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, Niels Annen, que foi pesquisador no Fundo Marshall Alemão, depois deputado socialista.

Esta iniciativa da Conferência sobre Segurança de Munique dá-se quando ela, desde há dois anos, não havia organizado eventos fora da Alemanha e quando a Chancelerina Angela Merkel deseja aplicar as recomendações do Fundo Marshall Alemão e da Stiftung Wissenschaft Polítik : implicar-se militarmente no Médio-Oriente Alargado ao lado dos Estados Unidos.

Voltaire.net.org | Tradução Alva

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