No seu espaço semanal de
comentário, o ex-dirigente do Bloco do Esquerda analisou a estipulação do
Salário Mínimo Nacional nos 635 euros.
Francisco Louçã considerou,
esta sexta-feira, que o aumento do Salário Mínimo Nacional tinha "margem
para ir mais além" e que teria sido "útil". No seu
espaço de análise na SIC Notícias, o antigo líder do Bloco de Esquerda
frisou que, contudo, a estipulação neste valor é expectável e
coincide até com a previsão que tinha apontado noutras análises
anteriores.
Em direto de
Matosinhos, o comentador referiu que os 635 euros são "coerentes com
750 euros que chegarão no final da legislatura, se os aumentos
forem sempre na mesma cadência", porém, Louçã recordou que
"não há essa certeza".
De qualquer forma, o antigo
dirigente partidário reforçou que este aumento "resolve um problema
para o Governo": A uniformização do salário mínimo da Função Pública
e dos privados.
"Esta desigualdade criada
pelo Governo no ano passado era uma pedra no sapato muito complicada para
o Executivo. Era inexplicável e injustificável", acrescentou.
Por outro lado, Louça apontou que
este aumento é também benéfico para o Governo pois "custa zero aos
cofres do Estado", uma vez que nenhum funcionário público será aumentado
devido ao novo valor do Salário Mínimo Nacional.
O economista reiterou que "impulso"
no salário mínimo deveria ter sido maior "porque este ano
há uma certeza de confluência e de unanimidade sobre um aumento
do Salário Mínimo Nacional", uma realidade que nos
próximos anos pode ser mais complicada devido "à crise da
Alemanha".
Louçã argumentou ainda que "era
vantajoso que fosse um bocado mais" pois este ano é
possível depreender que "associações patronais sentem que é preciso
subir um pouco os salários" pois "há falta de trabalhadores em alguns setores que
pagam pouco".
Notícias ao Minuto
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