domingo, 1 de dezembro de 2019

Cidades da Alemanha testam transporte público gratuito


Münster e Karlsruhe estão entre os municípios que promovem ação voltada a incentivar mudança no trânsito. Em Hannover, prefeitura disponibiliza mais opções de transporte para evitar superlotação.

Diversas cidades da Alemanha testam neste sábado (30/11) o transporte público gratuito. Hannover, Münster e Karlsruhe estão entre os municípios que participam da ação para promover uma mudança no trânsito ao incentivar cidadãos a deixarem de lado o carro e utilizarem ônibus, metrôs e bondes.

"Se quisermos levar a proteção do clima a sério e alcançar uma mudança no trânsito, é necessário também coragem para experimentar", afirmou o chefe da Üstra, empresa de transporte público de Hannover, Volkhardt Klöppner.

Na cidade localizada no noroeste da Alemanha, a prefeitura disponibilizou ônibus e trens extras para evitar a superlotação. Além disso, em algumas linhas foram oferecidos mais horários de partida. Partes do centro de Hannover foram ainda bloqueadas para a circulação de carros. O dia de experimento deve custar aos cofres públicos 600 mil euros, mais de 2,8 milhões de reais.

"Queremos encarar tudo que já foi dado como desculpa para não usar o transporte público", disse o chefe do departamento de transportes de Hannover, Ulf-Birger Franz.

Ele destacou o caráter de teste da ação, que pretende observar "como cidadãos reagem a esse tipo de oferta" e se aqueles que não usam o transporte público estariam dispostos a mudar de comportamento. A iniciativa está sendo acompanhada cientificamente.

Ações semelhantes ocorrem em Münster e Karlsruhe, onde, porém, o transporte público gratuito será oferecido em todos os próximos sábados até o Natal. Outras cidades dos estados de Baden-Württemberg e da Baviera também participam do movimento.

Em janeiro deste ano, Luxemburgo foi o primeiro país europeu a anunciar que passará a oferecer transporte público gratuito. A medida faz parte do novo conceito de mobilidade do país, voltado para reduzir emissões que causam o aquecimento global.

Deutsche Welle | CN/afp/ots                      

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