De acordo com o estatuto da PSP,
os polícias não podem fazer declarações que violem a isenção ideológica e
partidária.
A direção nacional da PSP abriu um
processo disciplinar contra Manuel Morais, ex-dirigente sindical e agente do
Corpo de Intervenção, por ter criticado a presença de André Ventura na
manifestação de polícias, no passado dia 21 de novembro.
Manuel Morais, cinco dias depois da manifestação confessou ao Expresso que "sentiu nojo... porque que André Ventura discursou durante o protesto dos policias". O agente do corpo de intervenção considera que o líder do partido chega assaltou a manifestação para promover a ideologia do partido Chega.
Manuel Morais, cinco dias depois da manifestação confessou ao Expresso que "sentiu nojo... porque que André Ventura discursou durante o protesto dos policias". O agente do corpo de intervenção considera que o líder do partido chega assaltou a manifestação para promover a ideologia do partido Chega.
Manuel Morais justificou estas
declarações na qualidade de um cidadão preocupado por ver André Ventura vestido
com a T-Shirt do Movimento Zero a discursar no palco da organização, sem ser
convidado pelos sindicatos que organizaram o protesto a defender ideias que
promovem o castigo.
De acordo com o estatuto da PSP,
os polícias não podem fazer declarações que violem a isenção ideológica e
partidária.
Ao Diário de Notícias, a PSP
confirma que está em curso um processo disciplinar contra Manuel Morais para
perceber se estas declarações desrespeitam o estatuto da Policia de Segurança
Publica.
Não é a primeira vez que este
agente do Corpo de Intervenção está envolvido numa polémica acesa. Em maio,
Manuel Morais denunciou que existe racismo e xenofobia nas forças de segurança.
Na altura, Manuel Morais era
vice-presidente da Associação Sindical de Profissionais de Polícia de onde
acabou por ser expulso, apesar ser membro da associação há 30 anos.
Francisca Van Dunem, a Ministra
da Justiça, saiu em defesa de Manuel Morais este agente de 53 anos que deixou o
ativismo sindical, mas que continua a pertencer à Associação "100
Violência".
Beatriz Morais Martins com Sara
Beatriz Monteiro | TSF
Imagem: © Jorge
Amaral/Global Imagens (arquivo)
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