domingo, 8 de setembro de 2019

EUA | Congresso está a investigar gastos militares em resort de Trump na Escócia


Equipa da Força Aérea ficou alojada no Trump Turnberry, complexo do Presidente na Escócia, em Março de 2019. Investigação incide também sobre despesas no aeroporto de Prestwick que serve o resort e está em dificuldades financeiras.

O Congresso norte-americano abriu uma investigação a Donald Trump, por suspeitas de conflitos de interesse. Estão a ser analisados os gastos militares dos Estados Unidos no aeroporto de Prestiwck, perto de Glasgow, mais usado pelos hóspedes do resort de luxo Trump Turnberry, que fica a cerca de 30 quilómetros.

A investigação garante que dados recolhidos pela Agência Logística de Defesa mostram que os EUA fizeram 629 compras de combustível no aeroporto de Prestwick, no valor de 11 milhões de dólares (aproximadamente 9,9 milhões de euros). As autoridades investigam ainda a suspeita de que foram oferecidos quartos na propriedade de Donald Trump “a preços reduzidos” aos militares norte-americanos, bem como descontos nos campos de golfe da propriedade.

Público

França diz "não" a possível adiamento do Brexit


Ministro francês do Exterior quer que britânicos assumam responsabilidade por suas decisões. Renúncia de ministra do Trabalho aumenta pressão sobre premiê Boris Johnson, mas ele garante que seu governo vai até o fim.

O ministro do Exterior da França, Jean-Yves Le Drian, afirmou neste domingo (08/09) que seu país deverá rejeitar qualquer adiamento do prazo dado ao Reino Unido para formalizar a saída da União Europeia (UE), que se encerra no dia 31 de outubro.

A declaração de Le Drian surge após a renúncia da ministra britânica do Trabalho Amber Rudd, que acusou primeiro-ministro Boris Johnson de não realizar esforços suficientes para buscar um acordo com a UE a fim de evitar um cenário caótico após o Brexit.

Ao ser questionado por jornalistas se a França concordaria com um possível adiamento do prazo final do divórcio, Le Drian, respondeu que "nas circunstancias atuais, digo que não". "Não vamos passar por essa situação a cada três meses", acrescentou, se referindo aos pedidos anteriores feitos pelos britânicos.

Inicialmente, o Reino Unido iria deixar a UE no dia 29 de março, mas com a rejeição do Parlamento britânico ao acordo fechado entre a ex-primeira-ministra Theresa May e Bruxelas, Londres já teve de renegociar dois adiamentos, sendo que no último deles, o prazo foi ampliado até o final de outubro. A França foi um dos países que mais se opuseram aos pedidos.

"Eles dizem que querem propor outras soluções, fórmulas alternativas", disse o Le Drian, em referência aos esforços de Johnson para encontrar um meio de remover o mecanismo do chamado backstop irlandês – uma solução encontrada para evitar uma fronteira dura entre o território britânico da Irlanda do Norte e a República da Irlanda, que integra o bloco europeu.

A próxima crise de governo na Itália é previsível


A estranha coalizão entre populistas e social-democratas enfrentará dificuldades. A economia italiana vai mal, e a direita já começou a atacar. Mas tudo é melhor que Salvini, opina o correspondente Bernd Riegert.

A Itália tem um novo governo. O 66º desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Esperança, risco, experimento ou uma nova chance? De tudo um pouco.

Para a União Europeia (UE), brota a esperança de que, com um ministro das Finanças sensato, seja possível evitar um confronto em torno do orçamento italiano e um endividamento excessivo do país. A tagarelice do líder de extrema direita do partido Liga, Matteo Salvini, sobre uma moeda paralela, que equivaleria ao abandono do euro, por enquanto deixou de ser um tema. A Itália conseguiu um pouco de ar para respirar.

O risco de que o novo governo colapse após alguns meses ou, o mais tardar, em um ano é, porém, grande. O populista Movimento Cinco Estrelas (M5S) e os estabelecidos social-democratas são simplesmente muito diferentes, tanto no estilo quando no conteúdo. Eles permaneceram unidos somente por medo do poltergeist ultradireitista Salvini, que, se não tivesse havido uma coalizão, e sim novas eleições, teria triunfado e se tornado primeiro-ministro.

Espanha | Utopia concreta em vila anarco-comunista


Terra e trabalho para todos. Jornadas de 6 horas. Salários igualitários. Casa por cem reais. Mobilização permanente. Como o cooperativismo transformou a pequena Marinaleda num oásis, em meio à Europa em regressão social e política

Timothy Ginty e Gabriel Bayarri | Entrevista e trabalho de campo: Timothy Ginty e Scott Arthurson | em Outras Palavras

No sul da Espanha, uma pequena vila de 2626 habitantes organiza-se há décadas para administrar comunalmente a propriedade da terra, do trabalho e das casas. A pequena aldeia andaluza de Marinaleda, que se dedica principalmente à agricultura, revelou-se ao mundo com o seu sistema de cooperativas como um exemplo de como este modelo de gestão pode reduzir de forma absolutamente eficaz os níveis de desigualdade e alcançar o pleno emprego. 

Tim Ginty e Scott Arthurson conversaram com o prefeito e líder carismatico do movimento, Juan Manuel Sanches Gordillo, sobre seu papel na organização, educação e agitação da cidade de Marinaleda. 

Entre os olivais do sul espanhol, pedimos aos trabalhadores rurais com seus velhos tratores e vans que nos levassem a Marinaleda. Francisco abre um lugar para nós em seu carro, e enquanto dirige ao longo da estrada local, conta os principais pontos da aldeia: a Casa do Povo, onde o Sindicato dos Trabalhadores do Campo realiza tarefas comuns de educação, ativismo e organização; os serviços públicos como a piscina, as escolas e os centros esportivos.

Marinaleda, coberta de cal branca como qualquer outra vila da serra sevilhana, tem vários murais pintados nos seus prédios: os olhos escuros de Che Guevara observam-nos a partir dos edifícios municipais. As bandeiras de uma Andaluzia vermelha, uma Catalunha independente, um País Basco e uma Palestina livre pintam a cidade de vermelho, verde e azul. Os pombos voam sobre as palavras de paz, rebelião e esperança.

Guiné-Bissau | Sissoco diz que quer ser Presidente para resgatar soberania


Ex-primeiro-ministro da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló afirmou neste sábado que pretende ser o próximo Presidente para resgatar soberania do país. Domingos Simões Pereira, do PAIGC, pediu reconciliação aos guineenses.

Umaro Sissoco Embaló, ex-primeiro-ministro da Guiné-Bissau, afirmou neste sábado (07.09) que pretende ser o próximo Presidente do país para resgatar a soberania do país que, segundo o mesmo, está fora das mãos dos guineenses. 

Investido formalmente numa cerimónia solene como candidato oficial do Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G15), Umaro Embaló considerou, no seu discurso, que "não era este o sonho dos combatentes da liberdade da pátria".

Segundo Embaló, a Guiné-Bissau "está hoje mal, ao ponto de um ministro de qualquer pequeno país estrangeiro pretender dar ordens aos governantes guineenses".

O coordenador do MADEM, Braima Camará, foi mais claro quanto à questão, ao afirmar que não faz sentido que alguns dirigentes guineenses estejam a receber proteção e segurança por "parte de forças militares armadas, estrangeiras". "E ainda andam a pedir ao povo que vote neles", sublinhou Braima Camará.

O atual Presidente guineense, José Mário Vaz, e o antigo primeiro-ministro Domingos Simões Pereira, ambos candidatos às eleições presidenciais de 24 de novembro, são, entre outros, alguns dirigentes que são guardados por soldados da força de interposição de países da Africa Ocidental (ECOMIB).

Doentes acusam enfermeiros de vender medicamentos no Hospital Sanatório de Luanda


Vários pacientes e familiares internados no Hospital Sanatório de Luanda acusam pessoal do estabelecimento de comercializar os medicamentos aos pacientes internados.

O hospital com uma capacidade para 250 camas e com mais de 300 pacientes internados tem-se debatido com a falta de medicamentos.

“Há enfermeiros que vendem medicamentos aos internados”, disse um dos pacientes.

Outros falaram da falta de condições e de medicamentos que, segundo disseram, resulta na morte de pacientes.

Rodrigues Leonardo, director do Hospital Sanatório de Luanda, nega as acusações e diz que as denúncias devem ser feitas em canais internos do hospital para se detectar a rede dos comerciantes.

“No hospital não se vende medicamento e se há qualquer denúncia é importante que se faça formalmente para que se possa aferir quem vende os medicamentos”, disse.

O Hospital Sanatório de Luanda, localizado no bairro Palanca, foi construído há mais de 50 anos e conta com 25 médicos, sendo 18 angolanos e sete cubanos, bem como 215 enfermeiros.

Estima-se que o sanatório precisa de um total de 87 médicos para poder responder às necessidade.

Sem consenso responsabilização de ex-dirigentes angolanos suspeitos de corrupção


A eficácia das politicas de combate à corrupção continua a revelar sinais imprevisíveis, a julgar pelos obstáculos impostos pela própria Constituição da República e a responsabilidade das entidades acusadas de terem praticado crimes que lesaram o estado angolano.

Na sua maioria foram auxiliares do antigo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, que à luz da actual lei magna do paíss, não podem ser responsabilizados civil e criminalmente, por terem exercido cargos públicos por delegação de poderes.

Em causa está o facto de muitos antigos governantes estarem a se refugiar na Constituição da Republica para manifestarem a sua inocência sobre as acusações de crimes que pesam sobre eles.

África do Sul | São já cinco as lojas de portugueses alvo de ataques em Joanesburgo


Subiu para cinco o número de lojas de comerciantes portugueses identificados pela Lusa que foram alvo de saques e destruição material, durante a alegada violência xenófoba popular em Joanesburgo e cidades vizinhas, mas o balanço é ainda provisório.

Segundo o levantamento feito pela Lusa, os prejuízos materiais ascendem agora a 11,3 milhões de rands (cerca de 691 mil euros).

Ângelo Agostinho, 77, proprietário do supermercado Pick'n'Buy, na Western Road, em Germiston South, Ekhuruleni (Leste de Joanesburgo), relatou hoje à Lusa que o estabelecimento foi alvo de "repetidos saques" na noite de segunda-feira, 02 de setembro, e as primeiras horas da madrugada do dia seguinte, por mais de uma centena de populares.

"Eram mais de uma centena a andar para cá e para lá a roubar. Pareciam formigas para cá e para lá porque arrombaram o estabelecimento por dois lados, pela frente e por trás e aquilo era só a acartar", descreveu este comerciante português que acredita ter sido "saqueado também pelos meus próprios clientes".

Portugal | O museu Salazar nunca existiu

Salazar, entre nazi-fascistas, ladeado do PR de então, Carmona
Não sei se os historiadores de Coimbra têm dado conta, mas o regresso do fascismo não se fará de botas cardadas, com marchas militares e mecanismos repressivos como os do passado.

Pedro Adão e Silva | Jornal Tornado | opinião

Uma coisa que agradeço é que não me contem historietas. Pois em relação à proposta do autarca de Santa Comba Dão para a criação de um “centro interpretativo” dedicado a Salazar, na terra natal do ditador, sintomaticamente a situar na cantina-escola Salazar, convenientemente sediada na avenida dr. António de Oliveira Salazar, não só nos querem contar uma historieta como, enquanto o fazem, tomam-nos por parvos.

Não faltam bons motivos para promover exercícios interpretativos do Estado Novo. Na transição para a democracia, descurou-se esta vertente, perpetuando uma certa invisibilidade da natureza ditatorial do regime, explicável pela ausência de um movimento social fascista e por uma passividade bucólica, traço marcante da sociedade. Até com uma rutura política seguida de revolução social, o país preferiu não interpretar o passado, remetendo-o para o mesmo lugar silencioso.

De certa forma, o museu Salazar, proposta que afinal nunca existiu, representa o regresso desta invisibilidade crónica do salazarismo enquanto regime repressivo e autocrático. Sintomaticamente, num artigo trôpego, o historiador Luís Reis Torgal – a quem é atribuída alguma responsabilidade científica na proposta autárquica – tentou promover uma “reflexão séria e calma” sobre o tema. E o que nos propõe (enquanto referenciava um rol de dissertações que orientou sobre os mais diversos assuntos)? Que ajudemos a autarquia a resolver o problema que é “manter em ruínas” a casa do ditador, garantindo que o que está em causa é a criação de um centro interpretativo, a partir do “espólio” de Salazar, articulando-o com outros projetos de musealização a criar na região (António José de Almeida em Penacova; Tomás da Fonseca em Mortágua; Afonso Costa em Seia e, cereja no topo do bolo, Aristides de Sousa Mendes em Carregal do Sal).

Cinco incêndios ocupam mais de 600 operacionais em Portugal Continental


Cinco incêndios de maiores dimensões estavam hoje ativos em Portugal Continental pelas 9h00, embora um deles em fase de resolução, ocupando mais de 600 operacionais, segundo a Proteção Civil.

Segundo informação do site da Proteção Civil, há cinco incêndios considerados como "ocorrências importantes", quatro deles no distrito de Viseu e um no distrito de Coimbra.

No distrito de Coimbra, o incêndio em Condeixa-a-Nova, que deflagrou na madrugada de hoje na localidade de Casal dos Balaus, está a ser combatido por mais de 230 operacionais, apoiados por 68 meios terrestres e dois meios aéreos.

Três incêndios estão a ser combatidos no concelho de Castro Daire, distrito de Viseu, embora um deles esteja dado como dominado.

Um dos incêndios no concelho de Castro Daire deflagrou durante a madrugada em Moledo e está a ser combatido por mais de 160 operacionais, 47 meios terrestres e seis meios aéreos. O fogo tem duas frentes ativas.

Notícias ao Minuto | Lusa | Foto: Global Imagens

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Portugal | AVENÇAS A POLÍTICOS NOS PANAMA PAPERS – a jornalistas… e outros


Ao fim de três anos, não foram ainda revelados os nomes dos políticos

Estão identificadas, neste escândalo, 246 entidades com ligações ao nosso país – mas, ao fim de três longos anos, não foram ainda revelados os nomes dos políticos portugueses envolvidos.  Exigem-se explicações. Já se ultrapassaram todos os limites!

O Expresso prometia, há três anos, "a divulgação da lista do SACO AZUL DO GES (de Ricardo Salgado) COM AVENÇAS A POLÍTICOS", que constituem a maioria dos envolvidos nos PANAMA PAPERS.

A opinião publicada amedrontou-se e apostou no esquecimento da Opinião Pública. Mas nem todos esquecem. Continuamos à espera, ao fim de três anos!

Exigimos que alguém nos esclareça. Exigimos uma explicação a Ricardo Salgado ou à Direcção de Informação responsável pelo Expresso (há três anos e ainda hoje, na foto).

Com o Regime em decadência acelerada, Ricardo Salgado continua à solta, os políticos beneficiários do Saco Azul continuam na Política e os Jornalistas silenciosos e, por isso mesmo, nos seus locais de trabalho, já não para informar, mas para silenciar!

Paulo de Morais, em Portugal Glorioso – Junho 2019

20 anos depois | Aprenda português em Timor-Leste: devagar, devagarinho... e muito parado



Protocolo para ensino de português em Timor-Leste

Portugal e Timor-Leste assinaram na quinta-feira um protocolo que marca o arranque de um novo projeto de formação contínua em língua portuguesa de professores do ensino não superior, com um custo de 16,28 milhões de euros até 2022.

O protocolo do projeto Pró-Português foi assinado esta quinta-feira pelo presidente do Camões, Instituto de Cooperação e da Língua, Luís Faro Ramos — que está em visita a Timor-Leste — e a ministra da Educação, Cultural, Juventude e Desporto, Dulce Soares.

“O investimento de Portugal com Timor-Leste na área da educação é sólido e tem dado resultados muitos concretos. Iniciamos agora uma nova fase na nossa cooperação. Representa um salto qualitativo e quantitativo para outro patamar”, explicou Luís Faro Ramos.

O Projeto Pró-Português de formação contínua de professores, engloba várias atividades destinadas à “consolidação do sistema educativo e melhoria da qualidade do ensino em Timor-Leste, através do apoio ao setor da formação profissional e contínua do pessoal docente do sistema educativo do ensino não superior timorense“.

O projeto prevê ainda o desenvolvimento das competências e proficiência em Língua Portuguesa — Nível B2 de todos os professores, de todos os ciclos de ensino (Educação Pré-Escolar, Ensino Básico e Secundário) do sistema educativo do ensino não superior timorense, de escolas dos 65 Postos Administrativos.

Anualmente haverá cerca de “520 horas de formação para uma média de 4 300 professores“, permitindo que “num prazo de três anos, que todos os professores do sistema educativo nacional atinjam o nível B2 de proficiência linguística em língua portuguesa.

Moçambique | "Junta Militar" diz que confronto junto a base de guerrilheiros não teve baixas


Mariano Nhongo, tenente-general da RENAMO, diz que confronto armado desta sexta-feira (06.09), envolvendo guerrilheiros da autoproclamada Junta Militar e forças de segurança, não provocou baixas entre membros do grupo.

confronto armado que na sexta-feira (06.09) envolveu guerrilheiros da autoproclamada Junta Militar da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) e forças de segurança, segundo anunciado pelo seu líder, Mariano Nhongo, não provocou baixas entre os membros do grupo.

Mariano Nhongo descreveu um ataque que tinha como alvo uma base em Chipindaumwe, distrito de Gôndola, no centro de Moçambique, e atribuiu a sua responsabilidade a forças de defesa e segurança moçambicanas.

"Os meus homens [guerrilheiros] estão bem", precisou Mariano Nhongo, tenente-general da RENAMO, que não reconhece a liderança do partido, nem os acordos de paz.

Angola | Jovens desempregados questionam políticas do Governo


Em Luanda, jovens desempregados questionam políticas do Governo e desejam oportunidades. Na sexta-feira (06.9), desmaios marcaram evento destinado a milhares de jovens em busca do primeiro emprego.

Jovens angolanos desempregados questionaram na sexta-feira (06.9) as políticas do Governo para a promoção do emprego, referindo que sua situação "é precária e dramática", e desejando apenas oportunidades para apresentar as suas "habilidades e competências".

"Estou aqui com objetivo de conseguir uma vaga, e com crença e fé em Deus, por isso vim cá tentar. Há aqui uma grande enchente, o dia-a-dia é precário e a alternativa é tentar abrir um negócio para sobreviver", conta à Lusa Virgínia Jacinto, desempregada há três anos.

A técnica de recursos humanos, de 30 anos, falava no meio de milhares de jovens que acorreram à Feira de Oportunidades de Emprego, Estágio e Formação Profissional (FOEEFP), considerando não haver interesse do Governo em responder ao clamor dos jovens.

A FOEEFP, organizada pelo Instituto Angolano da Juventude (IAJ), abriu nesta sexta-feira, no município do Talatona, sul de Luanda. Entretanto, ficou marcada por desmaios e ferimentos ligeiros devido à ânsia dos milhares de jovens que ali acorreram em busca pelo primeiro emprego.


Guiné-Bissau | Polícia Judiciária pede verbas para combater narcotráfico


Diretora da PJ guineense alerta para urgência de condições de trabalho no combate ao narcotráfico. Para primeiro-ministro, Aristides Gomes, país precisa de "limpeza" para deixar de ser "santuário" do crime organizado. 

A diretora da Polícia Judiciária (PJ) da Guiné-Bissau, Filomena Mendes, alertou neste sábado (07.9) para a urgência de criar-se condições para que aquela força de investigação criminal possa combater o narcotráfico, que ameaça a soberania do país.

"Num ambiente de crescente expansão do tráfico de drogas a nível sub-regional, a Guiné-Bissau continua a registar fortes fragilidades sendo urgente a criação de condições materiais e o reforço das verbas à Polícia Judiciária para fazer face a este fenómeno, que ameaça a nossa soberania e põe em causa o bom nome e dignidade do povo", afirmou Filomena Mendes.

A diretora da PJ falava aos jornalistas momentos antes da incineração de quase duas toneladas de cocaína, que decorreu nos arredores de Bissau.

Facebook “alimenta” páginas pró-racismo


Há dois anos, uma página do Facebook de "orgulho branco" – seja lá o que isso for – ostenta um mapa-múndi com a porcentagem de pessoas brancas em cada país na linha do tempo. Nos comentários, os seguidores lamentam a "queda" no percentual da população branca no mundo. "Portugal está até bem", conforma-se um. "O número de brancos está diminuindo </3", lamenta outro. "Coincidência as regiões com maior concentração branca (com exceção de Japão e Coreia do Sul) serem desenvolvidas, e os restantes subdesenvolvidos, não é mesmo?", ironiza um terceiro.

Nada disso é considerado problemático pelo Facebook, que mantém o conteúdo no ar há dois anos.

Depois da denúncia de um leitor, encontrei pelo menos cinco páginas do tipo na rede social, que somam cerca 30 mil de seguidores. Escondidas sob a denominação do orgulho – "branco", "eurodescendente" ou "caucasiano" –, elas proliferam conteúdo supremacista, racista e xenofóbico feito sob medida para ser tolerado pelo Facebook. Não divulgaremos os nomes, os links das páginas e nem prints para evitar que o conteúdo se espalhe ainda mais.

A página mais antiga que encontrei existe desde 2013. Apesar de já ter tido alguns posts removidos pelo Facebook, continua funcionando normalmente. O objetivo dela é defender e exaltar a "raça branca", expondo o suposto "racismo reverso" das outras raças e criticando a miscigenação.

Nas páginas, posts relativizando a escravidão são comuns. Também proliferam notícias sobre crimes cometidos somente por pessoas negras – não preciso nem comentar o teor dos comentários que esses posts despertam. Fingindo que não são brasileiros e, portanto, latinos, os criadores das páginas exaltam a Polônia de hoje e os feitos da Alemanha do passado – onde provavelmente seriam vítimas da supremacia xenofóbica que pregam – e as cidades de colonização europeia do sul do país.

Uma sociedade apenas é tão livre quanto o for o seu mais problemático dissidente político


As razões da perseguição, do exílio e da prisão de Julian Assange dizem muito sobre a real natureza da sociedade, e sobre o aparelho mediático dominante. Assange é perseguido porque revelou a verdade sobre crimes. Por isso também é atacado por poderosos meios de comunicação cuja especialidade é fazer o contrário.


Você não o saberia agora por nenhuma notícia publicada em qualquer meio de comunicação de massa ocidental, mas o músico Roger Waters vai interpretar a icónica música dos Pink Floyd “Wish You Were Here” em frente ao gabinete da secretária do Interior britânico Priti Patel, para chamar a atenção para a perseguição do fundador de WikiLeaks, Julian Assange.

No início deste ano, o bilionário Richard Branson realizou um concerto ao estilo “Live Aid” na Colômbia, perto da fronteira com a Venezuela, com o objectivo de “ajudar o povo venezuelano”. Na realidade, a encenação não passou de uma manobra para engendrar as inteiramente falsas narrativas de que o presidente Maduro estava a bloquear pontes e a recusar toda a ajuda estrangeira, e os fundos arrecadados acabaram por ser desviados pelo grupo - apoiado por Trump - de opositores pela “mudança de regime”, liderado pelo fantoche dos EUA Juan Guaidó. Os meios de comunicação britânicos, no entanto, ficaram absolutamente alucinados com a história. Só nos meios de comunicação de massa do Reino Unido, cada palavra nesta frase está hiper-linkada a uma história diferente sobre o concerto. E esse foi um concerto no outro lado do planeta, enquanto o evento de Assange acontece em Londres, em frente ao escritório de uma proeminente autoridade britânica, e tem em palco um dos maiores músicos de rock britânico de todos os tempos.

Essa discrepância diz-lhe tudo o que precisa saber sobre a chamada “imprensa livre” na sociedade ocidental e, de facto, sobre a própria sociedade ocidental.

Uma sociedade é tão livre quanto o for o seu dissidente político mais problemático, o que hoje significa que você é tão livre quanto Julian Assange o for. Enquanto você vive numa sociedade que pode dar origem a uma campanha multi-governamental coordenada para prender um jornalista pelo resto da vida com base em acusações falsas, porque ele expôs crimes de guerra dos EUA, você não é livre e não deve aceitar fingir que o é.

Rússia e Ucrânia completam troca de 35 prisioneiros para cada lado


O avião que partiu do Aeroporto Internacional de Kiev-Borispol transportando 35 cidadãos russos, pousou no Aeroporto Internacional de Vnukovo, em Moscou, como parte da troca de prisioneiros.

O avião que partiu do Aeroporto Internacional de Kiev-Borispol transportando 35 cidadãos russos, pousou no Aeroporto Internacional de Vnukovo, em Moscovo, como parte da troca de prisioneiros.

Dentre os passageiros a bordo do avião estava o chefe do portal RIA Novosti Ucrânia, o jornalista Kirill Vyshinsky.

O Kremlin saúda a troca de prisioneiros entre a Rússia e a Ucrânia, informou o assessor de imprensa do presidente russo, Dmitry Peskov, que também confirmou a concretização da libertação de cidadãos russos e ucranianos.

"Sim, a troca ocorreu. Saudamos e estamos felizes por os cidadãos russos terem regressado a casa", afirmou Peskov.

"Há [o jornalista] Vyshinskyy. A lista [de prisioneiros] virá mais tarde. No momento, é esta a nossa avaliação", disse.

Espião americano libertado por Pyongyang confessa ter trabalhado para a CIA


O ex-prisioneiro, que esteve condenado por espionagem na Coreia do Norte e saiu em liberdade em 2018, disse à mídia alemã que espiava para a CIA, procurava obter segredos nucleares, tirando fotografias com uma câmera escondida no seu relógio de pulso.

Em uma reportagem da televisão pública alemã NDR, Kim Dong-chul, de 67 anos e nascido na Coreia do Sul, posteriormente naturalizado cidadão dos EUA, relata suas antigas operações de espionagem, a detenção, abuso e torturas que sofreu atrás das grades.

"Eu abordava oficiais militares e cientistas sabendo que eles precisavam de dinheiro", disse Kim durante a entrevista, mostrando dedos deformados que, segundo ele, foram esmagados pelas botas de soldados durante seu interrogatório.

Kim Dong-chul foi um dos três prisioneiros americanos libertos por Pyongyang na véspera da cúpula histórica que decorreu em maio de 2018 entre Donald Trump e líder da Coreia do Norte Kim Jong-un, em sinal de boa vontade do governo norte-coreano.

Tirania das dívidas: a saída é cancelar


Ocidente vive nova crise de endividamento. Populações empobrecem e se devastam; muito poucos ganham. Anular os passivos e tornar sistema financeiro público – como fizeram os mesopotâmicos e chineses – pode ser alternativa

Ellen Brown | Outras Palavras | Tradução: Antonio MartinsI| Imagem: Mathew Kurian

Estamos novamente atingindo, no Ocidente, o ponto chamado, nos ciclos económicos, como “pico de endividamento”. Nele, as dívidas acumulam-se ao ponto de que seu total já não pode ser pago. Dívidas com cartões de crédito, empréstimos para compra de automóveis, débitos empresariais, de estudantes e a dívida do Estado são todas maiores do que nunca. Como escreve o economista Michael Hudson em seu provocativo livro de 2018, “…and forgive them their debts” [“e perdoai-lhes as dívidas”]1, as dívidas impagáveis não serão pagas. A questão, diz ele, é como elas não serão pagas.

Os modelos econômicos do mainstream abandonam este problema à “mão invisível do mercado”, assumindo que as distorções irão se autocorrigir ao longo do tempo. Mas embora o mercado possa de fato corrigir, ele o faz às custas dos endividados, que tornam-se cada vez mais pobres, enquanto os ricos enriquecem. Os bancos apossam-se das garantias dos devedores quebrados, privando-os de suas casas e de seu meio de vida. As casas são compradas pelos ricos a preços módicos e alugadas de novo, a preços inflados, a outros devedores – obrigados à servidão assalariada para sobreviver. Quando os próprios bancos quebram, os Estados os resgatam. Portanto, os mercados corrigem, mas não sem intervenção governamental. Esta intervenção vem ao final do ciclo para socorrer os credores, cuja capacidade de corromper políticos lhes dá a última palavra. Segundo os defensores do “livre” mercado, é um ciclo natural semelhante ao do clima, que remonta ao nascimento as economias modernas na Grécia e Roma antigas.

Hudson contraargumenta que a origem de nosso sistema financeiro não está nestas sociedades clássicas, e que o capitalismo não evoluiu a partir da troca, como os ideólogos afirmam. Ele, ao contrário, involuiu de um sistema de crédito mais funcional, sofisticado e igualitário, que se manteve por dois milênios na antiga Mesopotâmia (partes dos atuais Iraque, Turquia, Kuwait e Irã). O dinheiro, os bancos, a contabilidade e a empresa moderna não se originaram a partir do ouro e do comércio privado, mas no setor público dos palácios e templos da Suméria, no terceiro milênio a.C. Como tudo isso baseava-se em crédito emitido pelo governo local, e não em empréstimos privados de dinheiro, as más dívidas podiam ser periodicamente perdoadas, ao invés de se acumularem até levar o sistema ao colapso. Esta característica especial assegurou a notável longevidade do modelo.

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