Recente balanço do Banco Central
revela falácia da austeridade: R$ 50 bilhões, só em agosto, foram pagos em
juros da dívida. Feito tigres, rangem os dentes para cortar serviços públicos;
para o mercado, são meros gatinhos…
O Estado brasileiro está sendo
sucateado como nunca aconteceu antes em nossa História. A cada dia que passa
temos uma nova notícia dando conta de mais uma atrocidade cometida pela equipe
de Bolsonaro contra a administração federal e contra as políticas públicas de
responsabilidade do governo.
Paulo Guedes jamais escondeu seu
projeto estratégico: destruir a estrutura de nosso aparelho estatal, com a
missão de reduzi-lo à dimensão microscópica do Estado mínimo. Para isso, conta
com duas linhas de ação. De um lado, estrangula a dotação orçamentária da União
para as áreas sociais e para os investimentos. De outro, opera no campo da
privatização, da entrega e da concessão do conjunto das empresas estatais e das
áreas que cabem ao governo tocar por excelência.
O período de Michel Temer foi
marcado pela presença de Henrique Meirelles como o todo-poderoso no Ministério
da Fazenda. Como bom representante explícito do financismo na Esplanada, o
ex-presidente internacional do Bank of Boston abriu o caminho para que o
processo de desmonte fosse colocado em marcha. Assim, encaminhou ao Congresso
Nacional a proposta que ficou conhecida como a PEC do fim do mundo. A medida
foi aprovada no apagar das luzes de 2016 e converteu-se na atual EC 95, que
estabelece o congelamento criminoso das despesas orçamentárias pelo prazo de
duas longas décadas.