quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Brasil | Bolsonaro & Guedes, uma história de tigres e gatos


Recente balanço do Banco Central revela falácia da austeridade: R$ 50 bilhões, só em agosto, foram pagos em juros da dívida. Feito tigres, rangem os dentes para cortar serviços públicos; para o mercado, são meros gatinhos…


O Estado brasileiro está sendo sucateado como nunca aconteceu antes em nossa História. A cada dia que passa temos uma nova notícia dando conta de mais uma atrocidade cometida pela equipe de Bolsonaro contra a administração federal e contra as políticas públicas de responsabilidade do governo.

Paulo Guedes jamais escondeu seu projeto estratégico: destruir a estrutura de nosso aparelho estatal, com a missão de reduzi-lo à dimensão microscópica do Estado mínimo. Para isso, conta com duas linhas de ação. De um lado, estrangula a dotação orçamentária da União para as áreas sociais e para os investimentos. De outro, opera no campo da privatização, da entrega e da concessão do conjunto das empresas estatais e das áreas que cabem ao governo tocar por excelência.

O período de Michel Temer foi marcado pela presença de Henrique Meirelles como o todo-poderoso no Ministério da Fazenda. Como bom representante explícito do financismo na Esplanada, o ex-presidente internacional do Bank of Boston abriu o caminho para que o processo de desmonte fosse colocado em marcha. Assim, encaminhou ao Congresso Nacional a proposta que ficou conhecida como a PEC do fim do mundo. A medida foi aprovada no apagar das luzes de 2016 e converteu-se na atual EC 95, que estabelece o congelamento criminoso das despesas orçamentárias pelo prazo de duas longas décadas.

Alexandrópolis, a nova base USA contra a Rússia


Manlio Dinucci*

Geoffrey R. Pyatt exerceu a função de Embaixador dos EUA, na Ucrânia, de 2013 a 2016. Organizou com Victoria Nuland, o golpe EuroMaidan. Nomeado por Barack Obama Embaixador dos EUA, na Grécia, em 2016, elaborou um cisma dentro da Igreja Ortodoxa e agora está encarregado de bloquear o fornecimento de gás natural russo à União Europeia.

"Acabei de voltar de Alexandrópolis, uma visita estrategicamente importante que se concentrou nas relações militares excepcionais entre os Estados Unidos e a Grécia e no investimento estratégico que o governo dos EUA está a fazer em Alexandrópolis": declarou, em 16 de Setembro, o Embaixador dos EUA na Grécia, Geoffrey Pyatt (nomeado em 2016, pelo Presidente Obama).

O porto de Alexandrópolis, no nordeste da Grécia, confinante com a Turquia e a Bulgária, está localizado no mar Egeu, perto do Estreito de Dardanelos, que, ligando o Mediterrâneo e o Mar Negro ao território turco, constitui uma rota de trânsito marítimo fundamental, sobretudo para Rússia. Qual é a importância geoestratégica deste porto, que Pyatt visitou, juntamente com o Ministro da Defesa grego, Nikolaos Panagiotopoulos, explica a Embaixada dos EUA em Atenas: "O porto de Alexandrópolis, graças à sua localização estratégica e infraestrutura, está bem posicionado para apoiar exercícios militares na região, como demonstrado pelo recente Sabre Guardian 2019 ".

O "investimento estratégico", que Washington já está a realizar nas infraestruturas portuárias, tem como objectivo tornar Alexandrópolis uma das bases militares americanas mais importantes da região, capaz de bloquear o acesso dos navios russos ao Mediterrâneo. Isto é possível pelas "relações militares excepcionais" com a Grécia, que há muito tempo disponibilizam as suas bases militares para os EUA: em particular Larissa, para os drones armados Ripers e Stefanovikio para os caças F-16 e para os helicópteros Apache. Esta última, que será privatizada, será comprado pelos EUA.

EUA | Plano de Trump para parar imigrantes: Tiros nas pernas e lagos com crocodilos


Um livro publicado por jornalistas do jornal "The New York Times" revela algumas das ideias que o presidente Donald Trump defende para controlar o fluxo de imigrantes que tentam entrar nos EUA.

"Build the wall" - "construa o muro", é uma das frases mais ouvidas nos comícios em que Donald Trump é a personagem principal. A construção de um muro entre os EUA e o México, com a justificação de impedir que os migrantes cheguem a solo americano, foi um das medidas de Trump durante a campanha que lhe deu a vitória nas eleições de 2016.

Primeiro, disse que era o México quem ia suportar os custos. Mas tal não aconteceu. A construção arrancou agora, com o Pentágono a ser obrigado a desbloquear 3,6 mil milhões de euros para o projeto. São 280 quilómetros que passam em Estados como a Califórnia, o Arizona e o Texas.

Mas, de acordo com um livro publicado por jornalistas do "The New York Times", a estratégia do presidente norte-americano vai ainda mais longe. Entre as ideias sugeridas está a colocação de redes eletrificadas em parte do muro ou a construção de fossos infestados de cobras ou crocodilos. A Casa Branca, segundo escreve a BBC, não respondeu a qualquer questão sobre o caso.

A questão nuclear iraniana em ponto de inflexão

Combined Air an Space Operations Center
M. K. Bhadrakumar

O inesperado movimento do Pentágono de retirar o Combined Air and Space Operations Center (CAOC) da Base Aérea al-Udeid no Qatar, mudando-o para a Base Aérea Shaw na Carolina do Sul, a 11 mil quilómetros do Médio Oriente, verificou-se contra o pano de fundo das tempestades que se acumulam no ambiente regional. Isto injecta uma atmosfera de crise na política regional.

Para colocar o movimento do Pentágono em perspectiva, além de abrigar forças qataris a base também abriga a 379th Air Expeditionary Wing da US Air Force. Outros militares dos EUA também têm estado activos no país, incluindo os SEALS da US Navy. A instalação é igualmente utilizada pela Royal Air Force britânica. A base al-Udeid é uma das poucas bases aéreas além mar em que bombardeiros B-52, o maior avião de guerra dos EUA, podem aterrar devido a pistas longas.

Não é a primeira vez que os EUA relocalizam temporariamente o CAOC. A última vez que isto aconteceu foi há 13 anos atrás. Quando irromperam tensões entre o Qatar e a Arábia Saudita, houve mesmo conversas acerca da relocalização do Comando Central fora do Qatar.

Contudo, no cenário actual, o movimento do Pentágono está sem dúvida relacionado à subida de tensões com o Irão. Se surgisse uma pressão e um conflito pleno entre os EUA e o Irão, o CAOC seria um dos alvos prioritários do Irão. O CAOC é tão crítico para fornecer poder de fogo às forças americanas que operam na região que o Pentágono não pode assumir riscos. O comandante estado-unidense do 609º Centro de Operações Aéreas e Espaciais foi citado a dizer: "O Irão indicou múltiplas vezes, através de várias fontes, sua intenção de atacar as forças dos EUA".

Portugal | Outra vez as sondagens

Rui Sá* | Jornal de Notícias | opinião

Decidiram o JN, a TSF e a TVI apresentar diariamente os resultados de sondagens baseadas no conceito de "tracking poll".

Esta expressão não tem uma tradução direta para português mas, no fundo, estamos a falar de uma sondagem que é feita diariamente, com amostras muito pequenas (150 pessoas!), cujos resultados se vão juntando aos anteriores, ao mesmo tempo que são retirados da amostra os resultados mais antigos (o que significa que a amostra total nunca é superior a 600 entrevistas).

Estas sondagens, feitas ao longo do período eleitoral, visam, essencialmente, aferir a evolução de tendências e, principalmente, medir o efeito que factos relevantes ocorridos durante a campanha eleitoral podem ter na tendência de voto dos eleitores (como, por exemplo, a decisão do Ministério Público sobre os roubos de Tancos).

Apesar destes objetivos, que até podem parecer positivos, e da "cientificidade" com que esta metodologia é apresentada, confesso que olho para os seus resultados com muito ceticismo. Mantendo a posição de que, mais do que estudar comportamentos do eleitorado, as sondagens, e principalmente a forma como os respetivos resultados são "interpretados" e divulgados, visam influenciar os eleitores.

Sendo que esta metodologia dá títulos diários que mais parecem de quem acompanha as provas de ciclismo... Vejamos os títulos de 1ª página aqui no JN: "Rio encurta distância para Costa" (22/9); "PS perde dois pontos de um dia para o outro" (23); "PS, Bloco e CDU sobem, PS continua a descer" (24); "Rui Rio recupera sete pontos em quatro dias" (25); "PSD quebra e a distância para o PS volta a aumentar" (26); "Depois da queda do PSD, o novo fôlego dos socialistas" (27); "Pequenos partidos recuperam terreno" (28); "PS fragilizado com PSD à espreita" (29).

Justiça à portuguesa: Cidadania cega e surda, com cassete no lugar do cérebro


Um pouco fora de horas, eis o Expresso Curto… que dá sempre jeito aso que têm sede de atualidade (retardada-ou-nem-por-isso). Consuma-se sem perder pitada. Filipe Garcia é quem hoje manuseia o teclado que lhe espelha a alma, o saber e a inspiração, pegando aqui e ali no que já lá vai e no que aí vem. Um bom exercício, certamente que por muitos apreciado.

Abrir com campanha eleitoral é a receita. Costa e o armamento de Tancos está no miolo da meta que já foi ganha pela justiça portuguesa e pela média corporativa quando lançou novamente Tancos em plena campanha eleitoral para dar um empurrão ao PSD radical neoliberal e tramar o PS armado em socialista. Há os que dizem que não é bem assim… Claro que essa coisa de justiça (que até nem é justa, em inúmeros exemplos à vista) é unha com carne com a direita mais ao estilo do sistema “Às vezes democracia, mas nem sempre, nem a sério”, que é tantas vezes injusta e desprezível para os portugueses. Aos que assim não se apercebem, depois de tantos anos de “coincidências” aplica-se aquele dito do “tem pai que é cego”. No caso referido é certo e recomendável afirmar que “tem cidadão que é cego, surdo e usa cassete no lugar do cérebro”. Com o acrescento de que nas falas… bale.

Assim sendo e tomado por certo, vamos de seguida dar espaço ao Curto e deixemos para o lado os carneirinhos que teimam em nos adormecer, mesmo aos que não os contam para “chamar” a dormência, o sono, a ignorância das tramas que nos rodeiam e nos azedam a vivência. Mas no Curto há muito mais temas, felizmente. Convém é estaremos muito atentos... Porque, na maioria dos casos, o que parece, não é.

Bom dia de tarde, e à noite, neste 2 de Outubro. Pule para o Curto, é de ler e pensar.

SC | Redação PG

Portugal | Furacão Lorenzo. Nos Açores as tempestades só dizem até já


Às três da madrugada, eram cinco as ocorrências registadas, agora o número já ultrapassa as 120 e são 39 os desalojados. A reportagem durante as horas que antecederam a chegada do furacão Lorenzo e, agora que o pior passou, na sua despedida. Será? Nos Açores as tempestades nunca dizem adeus, apenas até já

Melissa Canhoto tem 34 anos e está há nove em São Miguel. Nasceu nos Estados Unidos, na Califórnia, mas tem “toda a família” nas Flores – “pai, mãe, primos, tios”. “Falei agora com os meus pais e está muito escuro mas nada diferente de um dia normal de inverno nas Flores”, dizia-nos pouco depois das 20h dos Açores desta terça-feira, mais uma hora em Portugal continental. Melissa e a irmã, que mora em Aveiro, estão preocupadas com os pais e à partida tinham razão para isso: o “Lorenzo” chegaria madrugada dentro e embora viesse no nível 1 na escala que mede a intensidade dos furacões, chegou a ser 5 (o máximo) mas oscilou regularmente entre o nível 3 e 4 nos dias que antecederam a sua chegada ao arquipélago português.

O pai de Melissa tem apenas 8% de visão e a mãe tem “problemas de locomoção”. “Mesmo com estas dificuldades estiveram a preparar tudo ontem para a chegada do furacão, estiveram na limpeza do quintal e a reforçar as janelas com trancas”, conta, orgulhosa, a filha.

Na ilha em frente, o Corvo – a mais pequena do arquipélago, com cerca de 450 habitantes -, Rosa é figura conhecida: é ela que prossegue a tradição das típicas barretas do Corvo, o produto mais genuíno da ilha, que lhe foi ensinado pela sua mãe, falecida já este ano, e que tem no cineasta e músico Gonçalo Tocha, por exemplo, um dos seus mais reconhecidos promotores. O contacto na terça-feira foi diferente e Rosa já sabia que o motivo era o “Lorenzo”: “O dia foi tranquilo. Neste momento [22h dos Açores] o vento já dá ares da sua graça, mas por enquanto nada de preocupante. Vamos esperar pelo período entre as 04h e as 08h”.

OS QUATRO GATILHOS DA NOVA CRISE GLOBAL


Trump investe contra China e Irão; Boris Johnson ameaça um Brexit devastador: a ultradireita chantageia para impor seu projeto. Mas um país do Sul, oprimido pelo FMI e breve com novo governo, terá meios para apavorar a oligarquia financeira

Noriel Roubini | Outras Palavras | Tradução: Antonio Martins

No clássico jogo de quem vai morrer primeiro [game of chicken], dois pilotos aceleram um contra o outro e o primeiro a desviar está derrotado. Se nenhum desvia, os dois colidem de frente e provavelmente morrerão. No passado, tais cenários foram estudados para apontar os riscos produzidos por rivalidades entre grandes potências. No caso da crise dos mísseis cubanos, por exemplo, os governantes norte-americanos e soviéticos estavam diante da escolha de perder a credibilidade ou arriscar um choque catastrófico. A questão, sempre, é encontrar um compromisso que poupe as vidas e as faces de ambas as partes.

Há, nesse momento, diversos jogos geoeconómicos de quem vai morrer primeiro em curso. Em cada caso, a ausência de um compromisso pode levar a uma colisão, muito provavelmente seguida de uma recessão global e uma crise financeira. A primeira e mais importante disputa é entre os EUA e a China, sobre comércio e tecnologia. A segunda é a disputa crescente entre os EUA e o Irão. Na Europa, ocorre uma provocação crescente entre o primeiro ministro inglês Boris Johnson e a União Europeia, sobre o Brexit. Por fim, há a Argentina, que pode entrar em rota de colisão com o Fundo Monetário Internacional após a provável vitória do peronista Alberto Fernández nas eleições presidenciais do próximo dia 27.

No primeiro caso, um conflito aberto – comercial, monetário, tecnológico e “guerra fria” – entre os EUA e a China aprofundaria o declínio já em curso na produção da indústria, no comércio e nos gastos de capital, expandindo-o para o setor de serviços e o consumo privado. Os EUA e a economia global entrariam em severa recessão. De modo parecido, um confronto militar entre os EUA e o Irã levaria os preços do petróleo acima dos 100 dólares por barril, deflagrando estagflação (uma recessão combinada com inflação em alta). É o que ocorreu em 1973 durante a guerra do Yom Kippur; em 1979, na sequência da revolução iraniana; e em 1990, depois da invasão do Kuwait pelo Iraque.

Irão diz que 'passo importante' foi dado para reunião sobre acordo nuclear com os EUA



O presidente do Irão, Hassan Rouhani, comentou nesta segunda-feira (30) sobre a preparação de uma reunião com os Estados Unidos para discutir o acordo nuclear do país persa.

"Os ministros [das relações exteriores dos Estados-membros do acordo nuclear iraniano] do formato 4 + 1 [Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha] discutiram; os lados fizeram os preparativos para a reunião no formato 5 + 1 [incluindo os Estados Unidos]", disse Rouhani.

O presidente iraniano acrescentou que a estrutura para realizar a reunião nesse formato foi acordada por sete países, mas não os nomeou.

"Na minha opinião, um passo importante foi dado... [esse passo] pode ser desenvolvido em outra forma [de negociações]", disse Rouhani em comunicado.

O líder supremo do Irão, Ali Khamenei, havia declarado anteriormente que os Estados Unidos deveriam mudar seu comportamento e retornar ao acordo nuclear com o Irão — só então seria possível o encontro entre Washington e Teerão.

Na sexta-feira, Rouhani disse que o Irão estava pronto para participar imediatamente de conversas no formato 5 + 1 sobre o acordo nuclear, mas somente depois de Washington suspender as sanções que aplicou contra Teerão.

Em maio de 2018, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, retirou unilateralmente seu país do acordo nuclear com o Irã e impôs sanções contra o país persa. Um ano depois, o Irão decidiu deixar de cumprir as obrigações do acordo nuclear e pediu que os outros membros do pacto agissem para salvar o acordo. 

Sputnik | Foto: © Sputnik / Sergei Guneev

EUA não devem ditar à Índia a quem comprar armamentos, declara Nova Deli


Nenhum país no mundo, incluindo os EUA, tem o direito de dizer à Índia se ela pode ou não comprar armamentos da Rússia, declarou ministro indiano.

Quando indagado sobre a recente aquisição do sistema de mísseis antiaéreos russo S-400, o ministro de Relações Exteriores, Subrahmanyam Jaishankar, foi claro: "Nós não admitimos que país algum nos dite o que comprar ou não comprar da Rússia, tanto quanto nos ditem o que comprar ou não comprar dos EUA".

O ministro fez a declaração a jornalistas, antes de encontrar-se com o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, em Washington, reportou o canal de televisão indiano NDTV.

O ministro indiano ressaltou que as decisões acerca da compra de equipamentos militares, assim como a escolha dos fornecedores, estão entre os "direitos soberanos" do seu país: "Nós temos liberdade de escolha, e acreditamos que é do interesse de todos reconhecer isso", acrescentou o ministro.

Paquistão adverte o mundo sobre uma possível guerra nuclear com a Índia


O Paquistão voltou a alertar a comunidade internacional sobre uma possível guerra nuclear com a Índia diante das crescentes tensões na Caxemira, disse Masood Khan, presidente da Azad Kashmir, setor administrado pelo Paquistão.

"Mesmo um conflito militar limitado pode levar à guerra nuclear", declarou Khan à Sputnik.

Ele acrescentou que seu país não está tentando iniciar uma guerra.

"Estamos prevendo um cenário realista para a comunidade internacional agir e pressionar a Índia a interromper seus atos ilegais", prosseguiu Khan.

A maior e mais profunda mudança da história do povo chinês


O jornalista José Reinaldo Carvalho, dirigente comunista e editor da Página da Resistência homenageia neste artigo o povo chinês e o Partido Comunista da China pela passagem do 70º aniversário do triunfo da Revolução democrática e popular e fundação da República Popular da China, em 1º de Outubro de 1949 

Neste Primeiro de Outubro transcorre o aniversário de um feito histórico da maior significação. Nesta data, há 70 anos, ocorreu o fato mais importante até aqui da história da multimilenar nação chinesa, com grande repercussão também para os destinos da humanidade, que segue com interesse e alegria compartilhada o impetuoso renascimento e rejuvenescimento da grande nação asiática como fator de desenvolvimento e paz mundiais.

Nesta data, em 1949, perante 300 mil pessoas, entre militares e civis, reunidos na Praça Tianamen, em Pequim, o líder comunista Mao Tsetung proclamou a fundação da República Popular da China, depois de constituído o Governo Popular Central do País.

A nova revolução democrática teve caráter nacional e social, por seus objetivos anticoloniais e antifeudais. Seu triunfo resultou na criação da Nova China, a maior e mais profunda mudança da história do povo chinês.

Foi o marco inicial fundamental para que o povo se tornasse dono do próprio país, o construtor do Estado nacional, o senhor do próprio destino.

A revolução vitoriosa e a proclamação da República Popular Democrática foi o corolário da luta heroica de três décadas conduzida pelo Partido Comunista Chinês, o coroamento da guerra patriótica contra a ocupação japonesa.

A trajetória concreta desta revolução beneficiou-se da herança da luta pela República conduzida em 1911 pelo líder nacional e democrata, o Dr. Sun Yatsen. A vitória da nova revolução democrática de 1949 levou a China a proclamar de uma vez para sempre o fim do sistema de monarquia absoluta feudal e, sucessivamente, fundar um sistema democrático-popular, unificar o país e suas distintas etnias, dar um ponto final à sociedade semicolonial e semifeudal, atirar na lixeira da história os tratados desiguais e humilhantes impostos pelas potências estrangeiras, extinguir todos os privilégios do imperialismo na China.

Em Primeiro de Outubro de 1949, na imagem de Mao Tsetung proclamando a fundação da República Popular da China, a humanidade passava a conhecer a China de pé, altaneira, com seu povo unido sob a direção do Partido Comunista numa frente democrática, nacional e popular.

70 anos | China abraça nova era de construir forte exército com grande parada militar


Pequim, 1º out (Xinhua) -- Um grande desfile militar, como parte das celebrações do Dia Nacional, foi realizado em Beijing nesta terça-feira para mostrar os êxitos da China na construção de uma defesa nacional e forças armadas modernas e fortes nas últimas décadas.

A parada marcou a primeira apresentação pública geral das forças armadas da China após uma reforma massiva nos últimos anos.

Todos os armamentos apresentados no desfile foram produzidos na China. Ao todo, 40% das armas, incluindo mísseis nucleares estratégicos intercontinentais Dongfeng-41, mísseis convencionais Dongfeng-17, bombardeiros estratégicos de longo alcance H-6N, aviões de caça furtivos J-20 e novos tipos de drones de combate, foram apresentadas pela primeira vez.


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