Decisão é tomada no Congresso do
partido marcado para este fim de semana em Aveiro. O Notícias ao Minuto
entrevistou quatro dos cinco candidatos ao lugar deixado livre por Assunção
Cristas. Resta saber qual será o novo líder do CDS.
O CDS prepara-se para eleger
o seu próximo líder. O 28.º Congresso Nacional do partido é este fim de
semana - 25 e 26 de janeiro -, em Aveiro. São cinco os candidatos que
estão na corrida à sucessão de Assunção Cristas: Abel Matos Santos, João
Almeida, Filipe Lobo d'Ávila, Francisco Rodrigues dos Santos e Carlos Meira.
Após os maus resultados nas
eleições Legislativas de 6 de outubro, a líder centrista decidiu deixar o
cargo. E o CDS 'fruto' dos apenas 4,2% obtidos nas urnas
tem, atualmente, apenas cinco deputados.
Esse é também o número
de candidatos à liderança. O Notícias ao Minuto entrevistou
quatro dos cinco no decorrer desta semana. Apenas Carlos Meira não se
mostrou disponível para responder às nossas questões.
Abel Matos Santos foi
peremptório a assumir que se for líder do CDS "não apoiará a recandidatura de Marcelo".
O porta-voz da corrente interna do partido Tendência Esperança em
Movimento (TEM), quer tornar o CDS "a grande casa da
direita" e "a partir daí reconquistar o centro".
O combate à pobreza, a desertificação do
Interior, do aborto, ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, à eutanásia ou
ao ensino da ideologia de género, são algumas das “principais linhas de ação”
defendidas na moção 'Portugal TEM Esperança', referiu ao Notícias ao Minuto.
Por sua vez, João Almeida quer
recuperar um "conjunto de questões que sempre fizeram a primeira linha da
agenda do CDS" e que "nunca deviam ter deixado de fazer",
entendendo também que tem de haver espaço para "causas mais contemporâneas",
como o ambiente ou as alterações climáticas.
Em conversa com o Notícias
ao Minuto, garantiu que tem como objetivo "recuperar a representatividade do CDS" e disse
saber "muito bem" o que é preciso para o partido neste ciclo
que atravessa. Apresenta-se sem medo e "bastante confiante" de que
irá vencer.
Já Francisco Rodrigues dos
Santos lança-se à conquista do partido, defendendo que - "depois do
pior resultado eleitoral da sua história" -, cabe ao CDS "recuperar a credibilidade e
coerência" perdidas nos últimos anos.
"Se não se assumir descomplexadamente como
um partido de Direita, assente no personalismo e no humanismo, tributário da
democracia cristã, o CDS não terá uma marca distintiva no espaço
político, e não passará de um partido de meias tintas", disse em
entrevista ao Notícias ao Minuto, afirmando ter "orgulho em ser
conservador".
Por fim, Filipe Lobo D'Ávila garantiu
levar a candidatura até ao fim, dizendo que há condições para reerguer o
partido. Sabe bem que, para isso, é preciso reconquistar a confiança dos portugueses. Sem
apontar exclusivamente o dedo à mulher a quem quer suceder - "porque não
andou sozinha" -, o antigo secretário de Estado critica a opção tomada
pelo partido de "querer agradar a toda a gente".
Além disso, "houve muito
Lisboa e pouco país", sinalizou em conversa com o Notícias ao Minuto,
aludindo ao resultado autárquico na capital que conduziu o CDS à
"ambição máxima" de querer liderar o centro-direita em
Portugal.
Catarina Correia Rocha | Notícias
ao Minuto | Imagem: © Global Imagens
Leia aqui na íntegra as
entrevistas:
Abel Matos Santos: "Se for líder no CDS não apoiarei a recandidatura de
Marcelo"
Francisco Rodrigues dos Santos: "O CDS não pode ser a Direita de que a Esquerda
gosta"
Filipe Lobo D'Ávila: "A minha candidatura vai até ao fim. Não procuro um acordo
ou arranjinho"
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